Verbo FM

Sínara Aguiar (Porto Alegre-RS)

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Me chamo Sinara Aguiar, tenho 37 anos e nasci em Picuí-PB. Vivi lá até os 4 anos, depois fui morar em Campina Grande-PB. Não tenho lembranças da minha cidade natal por ter vivido lá por pouco tempo. Porém, tenho muitas e boas lembranças de Campina, que é para mim quase a minha cidade natal. Lembro muito das brincadeiras com os meus irmãos e com meus pais trabalhando muito dentro de casa. Lembro da igreja e sempre deles trabalhando. Minha mãe era costureira e ela montou uma pequena fábrica em casa e, meu pai pegou junto com ela no negócio. Sempre estive junto trabalhando com eles.

Me converti aos 12 anos. Rapidamente comecei a me envolver na igreja por causa da música. Entrei inicialmente no coral das crianças, depois nos adolescentes, sempre fui muito ativa na igreja, nos acampamentos, sempre rodeada de pessoas da igreja mais do que as não crentes da escola, por exemplo.

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Meu pai… é aquele homem trabalhador que nos ajudou a vencer na vida junto com a minha mãe. Sempre foi muito carinhoso, atencioso com a gente. Com a palavra fomos crescendo e avançando. Minha mãe se converteu primeiro e demorou um pouco para meu pai se converter. Depois da conversão deles que desenvolvemos mais a convivência familiar. Eles começaram a compreender a palavra, depois de conhecer o Senhor meu pai começou a dizer “eu te amo”, por causa da cultura, dar beijo e abraço não era comum mas, depois da palavra, a afeição, o contato físico e o carinho começaram a surgir. Isso fez muita diferença.

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Perdi a minha mãe em 2012 e tenho muitas saudades dela. Ela era aquela amiga presente. Foi uma mulher que deu a vida dela por nós. Passamos por muitas privações quando criança e ela arregaçou as mangas para trabalhar e dar o melhor de si, isso acabou afetando a saúde dela, houve um desequilíbrio, mas ela sempre foi aquela mulher dedicada ao lar. Mesmo trabalhando em casa, se esforçando, dormindo de madrugada para dar o melhor que ela tinha, nunca abandonou o lar. Para mim a imagem da minha mãe é de uma mulher guerreira que batalhou, cresceu na vida, tenho muito dela, aprendi muito com ela, sou muito grata ao Senhor pela vida dela.

Ela faz muita falta, mas a palavra me sustenta. Eu digo que se eu não tivesse a palavra não sei como teria sido a minha vida após a partida dela. O que me sustenta é a certeza de que vamos nos encontrar, que ela está com o Senhor, mas faz falta… ela era criativa, excelente em tudo o que fazia. Acho que o fato de morar longe ajuda porque eu trabalho dentro de mim assim: “eu estou aqui, mas a gente vai se encontrar em algum momento. Porque a palavra nos garante”.

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Tenho dois irmãos. Um mais velho e um mais novo que eu. A distância separa-nos um pouco, nos encontramos uma vez no ano. E quando acontece, tentamos fazer o máximo de coisas juntos, saímos para comer, e no dia a dia nos falamos por mensagens, mas não é a mesma coisa do convívio. E isso a gente perde muito do crescimento das sobrinhas, por exemplo, mas vejo a fidelidade do Senhor, porque deixamos pai e mãe, família, para cuidar das coisas do Senhor, temos recebido pai e mãe no ministério. Realmente o Senhor supre.

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Eu sai de casa em 2004 pelo desejo de conhecer mais a palavra e fui para Belo Horizonte. Lá eu conheci a Palavra da Fé, depois fiz o Rhema. Essa questão de ter saído de casa me fez amadurecer muito. Porque eu vivi mais de 20 anos junto com os meus pais sem sair de casa, sem poder conhecer outras culturas e quando fui para BH tive o privilegio de conviver com outras meninas, porque morei em uma casa com 26 meninas. Elas eram de várias cidades do Brasil e, isso me fez enxergar as pessoas de forma diferente, compreendi melhor o amor de Deus e as diferenças das pessoas. Muita religiosidade saiu de mim, porque eu dependi do Senhor em relação a finanças, em relação a carências, então, me fez crescer muito.

Eu acho que todo jovem deveria ter essa experiência de passar um ano fora da casa dos pais. Conhecer outra cidade, nação, outras pessoas, eu estava em um contexto no qual haviam jovens que, como eu, queriam crescer em Deus e conhecer a palavra. Isso foi bom demais!

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Conheci lá o Paulinho em 2005 e ele assim como eu saiu de casa em busca de crescimento. Um jovem capixaba que foi para BH para conhecer mais a palavra e lá nos conhecemos, começamos a ministrar o louvor juntos, ficamos amigos e logo entendemos que tínhamos um propósito em comum e sabemos que Deus une propósitos. Nos gostávamos e não tínhamos duvidas que queríamos fazer uma aliança aprovada por Deus. Sim, havia amor, paixão, mas havia propósito que era fazer a vontade de Deus. Mas, não tínhamos ideia clara do que estava para acontecer. Queríamos apenas servir ao Senhor.

Isso foi bem na época que o pastor Manassés Guerra chegou em Belo Horizonte e enfim, casamos, e servimos lá na igreja por seis anos. Servimos em tudo, mas principalmente na área da música que era algo que já experimentamos desde a infância, tanto ele como eu.

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O primeiro ano de casamento foi pauleira, porque eu nordestina, ele sudestino, ou seja, culturas totalmente diferentes. Foi um ano de muita adaptação, porque tivemos criações diferentes e nesse ano tivemos que aprender a ceder muito em muitas coisas, isso continua até hoje, mas valeu a pena, são 11 anos de casados.

Paulinho representa um pouco o Senhor na minha vida, ele não é o Senhor, mas depois de Deus é alguém que posso me inspirar. Ele me ajuda muito a crescer. Ele realmente vive aquilo que prega. Em Porto Alegre, ele é o meu pastor, meu marido e meu amigo. Alguém que admiro demais. Vejo muito equilíbrio na vida dele. Ele é um pai e esposo maravilhoso. Dedicado, realmente fui presenteada pelo Senhor. Sou muito grata por ele, pela família dele, como a família dele me acrescenta e supre aquilo que eu sentia falta. Foi uma boa escolha. Graças a Deus.

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Digo que temos etapas na vida. Tive a etapa de solteira, depois casei, tive o primeiro e depois o segundo filho, e o foco vai mudando, quando tive a Rebeca… que experiência fantástica, nunca tinha tido experiência com crianças, porque quando as minhas sobrinhas nasceram foi na época que vim embora. Então, foi um aprendizado o trocar fraldas, o cuidar diário, Paulinho tinha mais habilidade do que eu. Foi muito crescimento, e tive a oportunidade de compreender um pouco mais o amor do tipo de Deus.

É maravilhoso ser mãe, é uma experiência fantástica, porque você vive na prática as coisas que Deus experimenta, de demonstrar o amor dEle, de corrigir, de cuidar. Para mim é um privilégio poder cuidar dos meus filhos, ter a experiência de acompanhá-los na escola, vendo o crescimento deles, podendo compreender o jeito e o temperamento deles. A diferença de um para o outro, faz 13 anos que sai de Campina Grande, sou outra pessoa, tenho outra cabeça e quero crescer ainda mais no Senhor.

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Porto Alegre é o lugar onde o Senhor nos plantou. Quando eu e Paulinho namorávamos Deus nos falou que nosso chamado não era só música (e a gente pensou que ia viver cantando e tocando), mas o Senhor falou que tinha um povo forte nos esperando. E hoje, a música não é mais a prioridade, é algo que fazemos pouco na igreja. A nossa prioridade é cuidar de pessoas. Levantar ministros, acreditar nas pessoas. Esse é o nosso principal chamado, é fazer com que elas corram a carreira e ser um pouco pai e mãe desse povo gaúcho. Amamos aquele povo, temos a impressão que nascemos lá.

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Os conselhos que dou aos jovens hoje é poder viver o máximo para Deus, tendo experiências com outras culturas, como falei, isso é fundamental você conhecer e compreender pessoas de outros lugares. No aspecto de independência financeira isso também é de grande valia. De independência emocional também. Porque muitas pessoas saem de casa logo para casar e sofre aquele impacto emocional de cara, às vezes, cultural, geográfico, e quando você tem essa experiência de conhecer outros jovens isso ajuda. Hoje, vejo o Verbo da Vida investindo muito em missões com os jovens e isso é muito bom, produz muito crescimento e até amadurecimento para eles. O importante é se envolver na obra do Senhor. Eu nunca me desviei depois que me converti. O fato de me envolver no louvor me protegeu, isso me preservou de muitas coisas. Mergulhe nas coisas de Deus. Com certeza vai ter a oportunidade de acertar até mesmo em um casamento. Para as mulheres que querem casar, o meu conselho é procurar ver como é a vida de uma mulher casada e se interesse por isso.

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As mães o meu conselho (agora que sou mãe), se envolva com os seus filhos, porque as fases passam muito rápido. Eu tenho dois filhos. Rebeca com 6 anos e, Israel com 2 anos.

Vejo as mulheres querendo investir na parte ministerial e profissional e, isso é maravilhoso, mas isso nunca pode ocupar o lugar da casa, do marido, da criação dos filhos, vejo muitas mulheres perdendo, deixando de aproveitar desses momentos familiares e por vezes, perdendo a sua família ou por causa do ministério ou da profissão. E isso é algo que um dia vamos prestar contas ao Senhor, porque Ele nos confiou um jardim, o casamento, o marido e os filhos. Vejo mulheres querendo se ocupar mais com as coisas de fora negligenciando a casa. Podemos ser ministras e grandes profissionais sem negligenciar a nossa família, mas usufruindo do tempo com os filhos, com o marido e do tempo com a nossa casa.

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Eu sou uma mulher alegre, determinada e forte. Essas características o diabo tentou roubar de mim, mas eu sou assim, sou para cima, e isso tem me feito vencer os desafios que se levantam, tem me feito permanecer. Porque a minha força está no Senhor, não está no marido, no casamento e nem nos filhos. Eu não abro mão do Senhor por nada e por ninguém. Ele quem me levanta, me supre, Ele supre todas as minhas necessidades.

Eu sou a pessoa que Deus me criou para ser. Às vezes, as pessoas têm dificuldade de se definir e até confundem o fazer pelo ser, mas são coisas diferentes. O que eu faço não é o que eu sou, mas o que eu sou determina aquilo que eu faço.

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Na vida de uma mulher existem alguns chapéus que precisamos usar. Porque são várias tarefas, posições que ocupamos. Primeiro, acho que devemos ser intensas naquele momento que estamos vivendo, por exemplo, agora, eu tenho que colocar o meu coração no que estou vivendo ou será apenas algo vazio. Deus quer intensidade em tudo o que fazemos.

Como ministra de música amo a vida da Ana Paula Valadão e é uma referência para mim. Pela vida e testemunho dela, a Darlene Zschech também, são mulheres que me inspiraram na música.

Na área familiar tenho a minha mãe como grande exemplo. A Marizete Garcia, Zuleica Messias, são mulheres que eu digo assim: “essas mulheres têm muita coisa a me ensinar“.

Como ministra a Zuleica Messias é minha referência, ela me inspira muito, a Mizia Elian. Gosto de ouvir a ministração delas.

Ainda tenho como referências a Keziah Aguiar e a minha sogra são exemplos, sou grata ao Senhor pela vida delas.

Deus cuida de nós Ele levanta pessoas para cuidar de nós…

Sou grata a mama Jan que mulher forte! Ela não vive pelas emoções, mas pelas convicções, não teve filhos naturais, mas teve filhos espirituais, influenciou uma geração de homens e mulheres e, é um privilégio ter Guto e Suellen como exemplos a serem seguidos.

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