Verbo FM

Arthur Matos (Inglaterra)

Fui criado em São Paulo. Meus pais não são casados mais; se separaram faz um tempo. Eu cresci com eles juntos até os meus 12 anos. Minha mãe sempre foi crente; eu sempre fui com ela para a igreja desde pequeno. Antes, eu ia meio arrastado. Hoje em dia, é quase o contrário; eu que arrasto ela, mas ela continua sendo crente! (risos) Meu pai não é crente, mas ele respeita.

Minha mãe tem 53 anos. Uma coisa que eu aprendi muito com ela foi ser temente a Deus e amá-Lo de todo o meu coração. Podia acontecer o que fosse, Deus era o primeiro lugar para ela. Outro ensinamento foi sobre ser honesto. Minha mãe foi um exemplo para mim; eu sempre fui muito apegado a ela. Com 17 anos, quando eu saí do Brasil, para morar nos Estados Unidos, foi bem difícil no começo. Meu pai tem 55 anos. Sempre fomos muito amigos. Apesar dele não ir para a igreja, ele sempre foi muito presente para mim; sempre me deu tudo o que eu queria. Sempre foi um pai muito bom para mim; sempre querendo estar junto.

Minha tia, alguns primos e o meu irmão moravam nos Estados Unidos. Ele é pastor de outra denominação. Ele foi em 2002 e mora lá até hoje. Morar lá era meu sonho; desde pequeno, eu queria muito. No entanto, foi bem difícil ir para lá, pois, às vezes, achamos que vai ser de uma maneira e, quando chegamos lá, encontramos algo bem diferente. Imaginamos uma coisa por causa dos filmes, mas, quando eu cheguei lá, foi bem difícil mesmo. Eu creio que aquele foi um período de crescimento para a minha vida, em que eu deixei de ser menino para ser um rapaz, com responsabilidades de homem aos 17 anos. Foi ali que eu comecei a trabalhar. Foi ali que eu tinha momentos em que estava sozinho e que eu tive que falar: “Pai, eu estou aqui! Vamos conversar!” Eu cresci muito com Deus também. No começo, foi difícil, mas, depois, só foi melhorando. Quando eu estava em uma parte maravilhosa, depois de casar com minha esposa, com tudo maravilhoso do ponto de vista material, nós decidimos querer buscar mais ao Senhor.

A Danielle, então, foi conversar com a Juliana e com o Thiago Borba, e eles nos conectaram com o Diego e com a Ana Ticianeli. Isso mudou as nossas vidas. Eles eram missionários lá. Ele estava estudando em Tulsa, Oklahoma, no Rhema dos Estados Unidos. Por meio dele, nós escutamos a palavra Rhema; antes disso, não sabíamos o que era. Ele nos explicou sobre a Palavra falada e começou nos ensinar todas as terças-feiras pelo computador. Todas as terças-feiras à noite, esperávamos ele pregar para nós. Graças a Deus, abrimos nossos corações para receber essa Palavra. Em um natal, eles foram nos visitar, em Utah, e nos convidou para ir em uma conferência que acontecia em fevereiro, em Broken Arrow. Eles levaram alguns livros do Kenneth Hagin e falaram: “Gente, tem uma conferência em fevereiro que é maravilhosa. Vocês têm que ir!” A Dani, em um primeiro momento, já foi falando que iria. Quando eu soube que era uma semana inteira de conferência, fiquei meio pensativo. A Ana, então, me deu um livro que mudou a minha vida – era o “Autoridade do Crente”.

Fazia dois anos que eu estava trabalhando em uma empresa e não tinha folgado nenhuma vez ainda. Nesse tempo, eu comecei a ler aquele livro e comecei a entender sobre a autoridade que eu possuía em Nome de Jesus. Isso veio de encontro a muitas coisas que eu tinha dentro de mim. Eu achava que eu não podia fazer muitas coisas, pois não sabia a respeito dessa autoridade. A partir daí, comecei a declarar que eu conseguiria ir nessa conferência. Algo dentro de mim dizia que minha vida seria mudada a partir daquele momento. Se eu fosse àquela conferência, eu teria a resposta que precisava. Eu pedi uma semana de folga para o meu chefe e, em um primeiro momento, ele ficou um pouco apreensivo, pois era uma semana de folga. Porém, eu não deixava de declarar que estaria em Tulsa para a conferência. Ele acabou autorizando, e isso foi um milagre sobrenatural, pois era praticamente impossível de acontecer. Foi favor de Deus mesmo!

Eram 16 horas de carro até Tulsa; fomos dando glória a Deus e agradecendo a Deus ao longo do caminho. Depois que o Diego começou a pregar essa Palavra para nós, não estávamos mais nos sentindo em casa em Utah; dentro de nós, era como se estivéssemos em um lugar que não fosse mais a nossa casa mesmo. Tínhamos no coração que iríamos morar em outro estado ou até em outro país. Chegando lá, foi maravilhoso! Isso foi em 2016. Íamos para três cultos pela manhã; íamos para a Escola de Oração à tarde. Cada pessoa que ia no púlpito e cada ministração tocava nossos corações. Eu já não queria mais sair de lá! Um dia, fomos comer em um lugar chamado IHOP e havia muitas pessoas da liderança do Verbo da Vida lá. Nós não possuíamos a mínima ideia de quem eles eram. E todos conversavam de forma normal, sem um se achar maior do que o outro. Nesse momento, pudemos perceber que a nossa liderança é acessível e amigável. Eles são pessoas como nós. Nós nos sentamos, conversamos e rimos com eles. No carro, voltando para a casa, Diego nos perguntou: “Vocês sabem quem eram as pessoas que estavam lá?” Nós não possuíamos dimensão do tamanho do ministério. No caminho de volta para Utah, decidimos que lá não era mais o nosso lugar. Essa conferência mudou as nossas vidas por completo. Quando voltamos, nem sabíamos para onde iríamos, mas sabíamos que precisávamos vender tudo que tínhamos. Nesse momento, começamos a crescer mais em Deus.

Eu e minha esposa começamos a pegar o mapa, para ver para onde deveríamos ir. O primeiro país que eu falei que não queria ir era o Reino Unido! (risos) Decidimos orar e sabíamos que Deus falaria a mesma coisa para nós dois. Depois de um tempo de oração, um certo dia, eu estava no trabalho e veio a resposta de Deus para mim. Eu estava navegando pelo portal do Verbo da Vida, quando vi a foto de Gleison e Marina. Quando eu olhei para aquela foto deles, eu senti uma paz e uma alegria inexplicáveis. Quando eu li a notícia, veio uma paz tão grande que eu percebi a direção de servi-los. No entanto, eu havia riscado Inglaterra do meu mapa! (risos) Eu fiquei alguns segundos sem ter o que falar. Foi uma briga intensa entre mim e o Espírito Santo que durou uns três segundos. Estávamos em um país em que as coisas eram grandes! A casa era grande; o carro era grande… tudo era grande. Tudo era muito espaçoso; na Europa, sabíamos que tudo era pequeno. No entanto, no momento em que eu vi aquilo, não tive dúvidas de que devia ir para aquele lugar. Dentro de mim, eu senti um “Vai”. Eu havia falado para o Senhor que, para onde Ele me enviasse, eu iria.

Quando eu cheguei em casa, a Dani estava toda feliz. Eu falei: “Amor, eu obtive a resposta”. E ela falou: “Eu também!” Então, eu falei: “Mostra você primeiro”. Quando ela virou a tela do computador, estava na página sobre o Gleison e a Marina. Era a mesma página que eu tinha visto! Foi algo inexplicável! Era uma alegria forte que tínhamos. Em um dos encontros que tivemos com o Diego e a Ana, falamos para eles sobre a direção de Deus de ir para a Inglaterra. Eles pularam de alegria, pois eles estavam para ir à Inglaterra, ajudar o Gleison e a Marina, mas o Apóstolo Guto os mandou para Orlando. E eles falaram: “É de Deus, pois nós conhecemos Gleison e Marina! Nós íamos ajudá-los! É gratificante saber que nós ajudamos vocês a conhecer essa Palavra, para vocês servi-los. Eles são maravilhosos! Vamos colocar vocês em contato com eles”.

Depois que aprendemos a importância de declarar a Palavra pela fé, Dani começou a escrever pela casa toda: “Nós vamos fazer o Rhema na Inglaterra”. Tinha isso no nosso banheiro, nos espelhos e em todo lugar. Ela colocou na casa inteira; nós acordávamos de manhã já declarando aquilo. Nós declarávamos juntos. Foi engraçado pois, nessa mesma época, Diego e Ana estavam saindo de Tulsa; eles tinham acabado o Rhema lá. E eles também não sabiam como iam fazer para ir para Orlando. Eles estavam empacotando as coisas também e mandavam fotos e mensagens para nós com a casa sem nada. E nós estávamos na mesma situação. Era uma alegria de ambos os lados, pois estávamos seguindo as direções de Deus. Eles eram um exemplo para nós! Vendemos e demos muitas coisas que possuíamos em casa. Não conhecíamos Gleison e Marina pessoalmente, mas o Espírito Santo já tinha falado conosco para servi-los. Estávamos alegres, pois era algo de Deus mesmo. Às vezes, as pessoas não entendem, mas o Espírito Santo falou diretamente conosco. Quando Ele nos dá uma nota, temos a convicção. É uma loucura santa! (risos)

Depois que saímos dos Estados Unidos, fomos passar uma temporada no Brasil e, depois, fomos para a Inglaterra. Chegamos lá em 2016. Quando eu vi Gleison, era como se eu o conhecesse há muito tempo. Foi algo sobrenatural! Eles nos trataram com um amor que nos conquistou. Foi um amor de Deus mesmo! Eles nos acolheram sem nem nos conhecer. Ele nos disse que éramos respostas de Deus, pois ele estava pedindo pessoas para ajudá-los lá. Realmente, nós encontramos portas abertas mesmo. Assim, que chegamos lá, ele sentiu no coração que entregar o ministério de jovens e adolescentes em nossas mãos. No primeiro ano, tivemos seis jovens batizados. Foi no quintal da casa do Gleison. Foi maravilhoso!

No começo, a adaptação na Inglaterra foi difícil, pois era totalmente diferente dos Estados Unidos. Nos EUA, tudo é muito prático e muito fácil; na Inglaterra, percebemos que tudo é mais burocrático. Para abrir uma conta no banco, para alugar o carro, tudo é mais difícil. Você precisa mostrar muito mais documentos; então, isso foi bem mais difícil para nós. Tínhamos também que dividir a casa com outros casais; cada casal tinha um quarto. Dividíamos cozinha, banheiro… então, foi bem difícil no começo, mas foi por pouco tempo, cerca de seis meses. Depois, nos mudamos para um lugar muito melhor, em que possuíamos a parte de baixo somente para nós. Agora, está muito melhor, mas cremos que vai melhorar ainda mais. Estamos em uma casa com três quartos com mais dois casais de missionários brasileiros da nossa igreja; é uma casa bem grande e bem confortável.

Conhecer a Palavra, por meio do Gleison e da Marina foi excelente. Assim como Diego e Ana, eles praticamente nos colocaram no colo. Eles passaram bastante livros para nós lermos. Eles tiveram muita paciência conosco. Eles são um sucesso! Tudo que fazem serve de exemplo para nós. Quando você quer crescer, você deve procurar uma pessoa que dê exemplos bons e chegar junto dela. Nós pegamos esse exemplo e aproveitamos todo momento vago que temos para estar perto deles e aprender. Eles mudaram nossas vidas e fazem parte da nossa história.

Atualmente, nós somos coordenadores de quatro grupos na igreja. Fazemos parte da diretoria e coordenamos os eventos. Também somos responsáveis por tudo relacionado com a comunicação da igreja. Somos os líderes dos adolescentes de 12 a 18 anos. Eles são uma benção! Tem inglês, brasileiros, francês… nossa igreja é muito multicultural. Também somos responsáveis pelos jovens de 20 a 30 anos. Além disso, nós ajudamos em outros departamentos também. Quando é preciso, nós servimos onde for necessário mesmo. Nós sempre estamos no louvor. Eu toco violão e canto; a Dani toca teclado e canta.

Quando eu conheci a Dani, eu estava na igreja. Eu tinha 21 anos. Na época, eu tocava, e o meu irmão cantava. Ela havia chegado do Brasil para estudar em Utah. No primeiro dia dela em Utah, uma mulher que não é crente a convidou para ir à igreja. Ela começou a frequentar a igreja, que era na casa de uma irmã. Era uma espécie de ponto de pregação. Depois de dois meses, começamos a namorar. Depois de três meses, eu já sabia que ela seria a minha esposa. Depois de seis meses de namoro, eu a pedi em casamento. Nós fizemos um acampamento com a igreja. Eu já tinha tudo planejado na minha mente; tinha, inclusive, contado para minha tia como seria o pedido. Passei um bom tempo pensando em diversas maneiras de fazer esse pedido: na neve, na montanha… Eu gosto de fazer surpresa. Eu fiz um cartaz bem grande, em que estava escrito “mantenha a calma e se case comigo”. Nós alugamos um jet ski, e ela queria andar comigo. Eu falei: “Você não vai andar comigo!” Ela não gostou muito da ideia, mas eu falei: “Calma, eu já volto”. Eu fui com um amigo meu e escondi esse cartaz. No meio do caminho, eu troquei de lugar com ele no jet ski e abri o cartaz na frente de todo mundo. Combinei com a minha sobrinha de três anos dela dar o anel para Dani. Foi muito legal! Graças a Deus, ela aceitou! (risos) Seis meses depois, exatamente um ano da data que começamos a namorar, nos casamos. Faz seis anos que estamos juntos – cinco anos casados. A Dani é minha companheira. Ela é quem me ajuda. É a mulher da minha vida. Ela me ajuda a avançar e me suporta.

Tenho o sonho de construir uma família. Eu quero avançar e crescer muito. Eu tenho o desejo muito grande de sempre crescer e de sempre avançar. Sou muito empreendedor. Eu também gosto muito de ajudar pessoas e de ver o crescimento em suas vidas. De referenciais, além do Gleison e da Marin, eu tenho o Diego e Ana, o apóstolo Guto e Suellen, Rafa e Manu. A liderança do Verbo da Vida em geral são referências para mim. Meus pais também são exemplos para a minha vida.

Eu sou uma pessoa que parece ser muito séria no começo, mas que é muito brincalhão. Também sou uma pessoa que ama o Senhor de todo o coração. Jesus é o centro da nossa relação. Nós temos que amar Deus em primeiro lugar, muito acima de tudo. Em qualquer situação, qualquer circunstância, onde quer que formos, nós sempre teremos o Senhor.         

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