Verbo FM

Jussara Pereira (Camboja)

 

Sobre o Camboja, já faz 6 anos que eu estou lá. Nesse tempo, tenho aprendido muitas coisas com o povo. É uma nação budista que precisa ser alcançada, porque muita gente não sabe que existe essa Palavra, esse Jesus. Eu creio que o Budismo só vai ceder mesmo com Palavra de Deus! O Camboja, para mim, representa aprendizado. Sempre estamos aprendendo alguma coisa. É lá que eu tenho aprendido e crescido como pessoa e espiritualmente. Digo espiritualmente, por ser motivada pela Palavra e por ser um lugar onde não conhecem a Cristo. Então, é um lugar que me traz a consciência do quão importante é essa Palavra para o missionário, para quem sai do Brasil e vai fazer missões. É a Palavra que nos motiva! 

Quando eu cheguei no vilarejo onde estou trabalhando, as pessoas quase não sabiam nada sobre Jesus. Eu fui levantada missionária para ensiná-los, para mostrar que não existe só um tipo de vida, só o Budismo. E, hoje em dia, depois de seis anos, vejo as sementes que foram plantadas e os frutos. Há aqueles em que essa Palavra foi plantada e que ainda está lá, precisando de serem regados para crescer. E outros que já floresceram, que foram batizados e que são mais firmes na fé. Por conta de os pais ainda serem budistas, há uma dificuldade para ser firme na fé. Há sofismas, como: “Ah, meu avô foi assim. Meu pai foi assim. Então, eu vou ser assim”.

Quebrar esses sofismas exige trabalho. Muitos querem ser guiados por tais pensamentos, mas, por meio de um trabalho constante, conseguimos libertá-los. E é muito gratificante ver quem eles eram e quem são agora. Não tem dinheiro que pague isso! Eu sonho e busco vê-los firmes na fé, saindo da escola para universidade e sendo doutores na Palavra. Fazendo a diferença na nação! Eu creio que essa geração que eu estou alcançando é a geração que vai mudar o Camboja. E, no futuro, isso realmente vai explodir. Já há alguns crentes, já convertidos, que são de algumas ONGs. A gente vê que eles já trabalham como missionários. O pastor que está no vilarejo é cambojano. Ele deixou de exercer a profissão dele para estar na igreja; abdicou de muita coisa. Ele está lá, pregando a palavra. É muito gratificante ver isso acontecendo numa nação como o Camboja. 

Ainda não tive nenhum aluno que concluiu o ensino básico. Nesse ano, vamos começar o ensino médio. Então, em outubro, começará o primeiro ano. Eles estão terminando o ensino fundamental para começar o ensino médio. Essa é a nossa turma mais avançada. E essa é a turma que foi batizada, que é bem “fortinha”, estando conosco desde o início. Comigo, aqui, no Brasil, eles mandam mensagem, dizendo que estão com saudades. É realmente muito bom ver tudo isso acontecendo.

 Uma das coisas que chamou a minha atenção no Camboja é o fato de ser uma nação sofrida por conta do genocídio que houve há anos atrás. Milhares de pessoas foram mortas por um ditador da própria nação que se levantou, do próprio sangue, matando muita gente. Muitos dos que tinham, digamos, alguma formação superior foram mortos – professores, budistas, cristãos, médicos, todos. Nenhuma pessoa poderia ter uma educação melhor do que o ditador. Ele tinha uma ideia de igualdade que não existe. Muitas pessoas foram mortas e isso ainda ecoa na nação. A cidade foi totalmente destruída. Também ocorreu a Guerra do Vietnã; então, tudo isso influenciou. Tudo isso é bem visível no povo do Camboja. O que me chama atenção neles é que, mesmo com tudo que aconteceu, eles vivem sorrindo. Eles são assim! Você abre um sorriso e eles abrem um sorriso para você! Porém, por trás desses sorrisos, existem muitas coisas. Existe falta de comida. Existe falta de amor. Existem muitas coisas, mas, mesmo assim, eles preferem sorrir.

Eu tenho aprendido que, às vezes, nós, mesmo possuindo tantas coisas, por muito pouco, ficamos com a cara feia. Quando eu chego aqui no Brasil, eu vejo e escuto tanta murmuração! Eu vejo isso e penso: “Esse povo está precisando fazer um estágio no Camboja!” (risos) Podemos aprender muito com eles! A gente chega lá e vê tudo que aconteceu e, mesmo assim, vê que eles estão sorrindo.

Eles trabalham dia a noite. No Camboja, não existe esse negócio de domingo. As escolas do governo funcionam de segunda a sábado. E, no domingo, não existe isso de parar porque é dia de lazer. Eles só param num feriado e olhe lá. Então, comércio, supermercado, cabeleireiro fica aberto de domingo a domingo. Se você precisar sair no domingo para resolver algo, você faz tranquilamente. Os bancos estarão fechados, mas a maioria estará aberto. Então, eles não param! Eles precisam trabalhar para ter alguma coisa. Eles vivem, digamos, com uma média de 1 dólar por dia. O custo de vida lá é alto. Vamos dizer que um litro de leite lá custe 2 dólares e 50 centavos. Para uma família inteira sobreviver com 1 dólar por dia, elas precisam trabalhar constantemente. E as famílias de lá são grandes. Estou falando das famílias mais pobres, que vivem em casas pequenas. São as famílias com as quais eu lido nos vilarejos. Por serem pobres, não podem pagar por médicos. Temos que dar esse suporte para eles.

Lá é um país de grandes disparidades! Ou as pessoas são muito ricas ou são muito pobres. Não existe classe média. Pode ser que, daqui a um tempo, vá surgindo, mas, atualmente, é mais ou menos isso: os ricos são ricos mesmo, e os pobres são pobres mesmo! A maioria das minhas crianças, por exemplo, vive de arroz e ovo. A gente tem até um projeto de nutrição na escola, para poder dar suporte para elas. Eles recebem uma banana e um ovo cozido todos os dias, porque são alimentos com vitaminas e proteínas. Em casa, eles comem arroz e, se tiver, alguma mistura. 

Eu sempre tive vontade de fazer Escola de Missões. Em João Pessoa, eu trabalhava como dentista, numa empresa. E eu sempre dizia que, quando abrissem uma empresa dessa em Campina Grande, poderiam me transferir para lá, pois queria de fazer Escola de Missões. Depois de um tempo, abriram a empresa em Campina, e a primeira coisa que fizeram foi me transferir de cidade. Assim, eu tive a oportunidade de fazer a Escola de Missões. Nessa época, o Senhor já falava comigo a respeito da Itália.

Na verdade, eu pedia as nações, mas a Itália foi a primeira. Eu digo que missionário tem que dizer assim: “Eis-me aqui. Envia-me”. Deve deixar as portas se abrirem. Deus me falou sobre uma nação, mas nós temos que estar abertos a todas as nações. Na época, a Itália aparecia constantemente para mim. E, quando eu terminei a Escola de Missões, uma porta foi aberta em Portugal. Larguei as coisas aqui e eu fui. Lucas ficou no Brasil, e eu fui trabalhar em Portugal. E, depois de uns dias, Deus falou claramente comigo para eu ir para Itália. Eu tive o suporte dos meus pastores e da minha família. Todas essas mudanças foram conversadas com eles. Eu costumo ser submissa aos meus líderes e obedecê-los, porque acho que existe uma benção em tudo isso.

Então, eu fui para a Itália. Quando estava terminando a Escola de Missões, fiz meu TCC sobre a Itália e sobre o ministério ao qual eu fui. Quando cheguei lá, não conhecia ninguém. Porém, uma amiga minha, daqui de João Pessoa, havia me falado de uma pessoa que poderia me receber por um tempo. Então, eu fui. Foi em uma época em que o lugar onde eu estava trabalhando, em Portugal, estava fechando. Chegando na Itália, essa pessoa estava me aguardando. Eu fiquei uns dias lá e, assim, conheci a pastora desse ministério. Ela fez uma entrevista comigo. Gostou, e eu voltei para o Brasil, para dar os passos para ir para o Camboja. Tive que traduzir documentos e dar andamento no processo para ser enviada com o Lucas. 

Eu posso dizer que tenho alguns defeitos. Se eu começar pelos defeitos, vou dizer que sou bem exigente com algumas coisas e até meio impaciente. Sou daquelas pessoas que quer ver tudo certo, tudo correto. Meio perfeccionista. Gosto de detalhes. Se você não pode fazer algo, eu vou e faço. Eu sou de “meter a cara” e fazer. De uma certa forma, isso é bom, mas, por outro lado, isso pode prejudicar.

Se eu for falar positivamente eu diria que eu sou uma pessoa determinada. Ativa demais. Dedicada a aquilo que colocam nas minhas mãos. Eu vou fazer com muito amor e zelo. Sou uma pessoa leal e respeito as pessoas. Sou uma pessoa que gosta de respeito. Sou submissa. E, acima de tudo, o mais importante é que eu amo Jesus demais. E posso dizer que eu sou louca por Jesus! É assim que eu me descreveria. Sou uma pessoa simples. Gosto de viver na simplicidade, porque eu acho que, na simplicidade, as coisas florescem mais rapidamente. 

Minha família está toda aqui no Brasil – minha mãe e os meus irmãos. Eu tenho uma irmã que mora em João Pessoa e um irmão em Manaus. Fui com a benção deles, de todos. Saí daqui abençoada por eles e isso é muito importante na vida de um missionário. No Camboja, minha família é o Lucas. Atualmente, eu estou solteira. Sobre casamento, eu oro. Mas só caso se for alguém que for realmente somar comigo e eu somar com ele. Que seja exatamente como diz a Palavra, ou seja, que um suporte o outro. Que eu possa suportá-lo no que ele precisar e que ele possa me dar suporte naquilo que eu preciso. Então, se surgir, por que não!? Mas eu não estou desesperada, não! Não é aquela coisa: “Ah, Deus, envia aquele para mim!” (risos) Eu sei que é uma escolha. Eu costumo dizer que as pessoas, hoje em dia, se apaixonam e já dizem “eu te amo”. Na verdade, isso é paixão e não amor.

 O amor é uma escolha. Você escolhe amar. O amor não surge; quanto à paixão, você se sente atraído. Mas o amor é uma escolha. Jesus escolheu nos amar. Ele poderia não amar, porque éramos pecadores. Mas Ele escolheu! Então, assim, eu já não tenho mais idade para me apaixonar! (risos) Eu vejo assim: se é um homem de Deus, que ama a Deus sobre todas coisas e que se encaixe comigo, por que não!? Eu tenho 53 anos, mas me sinto com bem menos, porque faço coisas que muita gente mais nova que eu não faz! (risos)

Eu piloto moto, dirijo carro, faço de tudo. Como eu falei, sou bem ativa. Sempre que tenho tempo, dentro da minha rotina no Camboja, procuro sempre fazer exercícios e ter uma boa alimentação. Eu acho que, como templo do Espírito Santo, precisamos nos cuidar. As pessoas costumam dizer que eu não tenho essa idade, e eu digo que tenho. Elas dizem: “Mas você não tem uma ruga! O que é que você faz?” Eu digo: “Pois é… Nada!” (risos) Realmente nada! Eu acho que minhas forças são renovadas todos os dias e é isso. Eu vivo a Palavra e ela tem efeito. Então, eu não tenho nenhum problema de saúde. Costumo correr. Na minha rotina, eu incluo isso. Então, eu piloto moto, dirijo carro e faço tudo que for preciso. 

Meus pais se separaram quando eu tinha 8 anos e eu fiquei com a minha mãe. Foi uma separação bem difícil! Na época, eu tinha raiva do meu pai; não queria nem vê-lo. Na verdade, minha mãe representa tudo para mim, porque foi ela que se esforçou para me criar. Ela era cabeleireira. Eu digo era porque, hoje, ela está aposentada. Hoje, ela está com 83 anos. Digamos que ela trabalhou muito para dar educação a mim e ao meu irmão.

Muitas vezes, meu irmão ia ver meu pai, mas, às vezes, eu não ia. Só se fosse obrigada mesmo a ir. No entanto, depois que eu cresci, procurei ele. Procurei saber o lado dele; para mim, isso foi importante. E, hoje, temos um relacionamento bem melhor do que antes. Minha mãe representa muito para mim. Eu digo que parte do que eu sou hoje veio daquilo que ela passou para mim. Algumas coisas que eu faço ou que eu pratico foram coisas que ela passou para mim. Então, eu tenho essa herança.

São tantas lembranças com a minha mãe! Durante essa separação, eu lembro dessa coisa dela querer nos proteger. É uma coisa bem dramática, mas o meu pai estava com muita raiva. Ele queria nos matar. Então, eu tinha medo de encontrar o meu pai, porque, na verdade, eu tinha medo de morrer. Um dia, ele foi na minha casa e saímos com a polícia. Eu não esqueço nunca desse dia! Eu era pequena; devia ter por volta dos oito anos de idade e o meu irmão tinha sete. Eu lembro de nós andando no carro da polícia e ela nos protegendo, sem querer ir para casa. Eu vi uma mãe bem protetora naquele dia, não querendo voltar para casa até que ficasse tudo tranquilo. Meu pai foi na nossa casa, enquanto estávamos indo com a polícia. Ele entrou na casa e queimou todas as roupas dela e deixou um recado de que, se todos estivessem ali, todos estariam queimados.

Essa historia não é muito legal, mas têm tantas outras! Eu lembro que ela nos levava muito para a praia. Também nos levava para brincar numa praça e fez a minha festa de 15 anos. Todas essas são lembranças que eu trago e que eu não vou esquecer!

Eu digo que o Lucas é um presente de Deus na minha vida, como uma pedra preciosa. Deus o colocou na minha vida para eu cuidar e, depois, devolver a Ele. E eu sei que esse tempo está chegando. Eu engravidei do Lucas quando eu tinha uns 32 anos e sou mãe solteira. Logo depois que Lucas nasceu, eu não quis ficar com o pai dele. De certa forma, eu fui ludibriada pelo pai dele. E passei por muitas coisas. Ele dizia que ia ficar comigo, mas, na verdade, isso nunca aconteceu. Mas eu não tenho nada contra o pai dele. Na época, ele era casado e eu não sabia. E, quando eu descobri, já era tarde demais. Se eu soubesse, não tinha me envolvido tanto assim. Então, Lucas nasceu e foi uma benção na minha vida. E, quando Lucas tinha quase 3 anos, eu me converti. Aí a minha vida mudou. Eu me converti de verdade mesmo; não foi brincadeira.

Na época em que eu me converti, eu estava namorando uma pessoa. Depois que eu me converti, quase uma semana depois, eu acabei o namoro. E, depois que fui batizada em outras línguas, fui me envolvendo mais na igreja. Entrei no Rhema. Eu me converti em 2000 e, em 2001, eu comecei a fazer o Rhema. Comecei em 2001 e terminei em 2002. Foi aí que Deus começou a me mostrar, com visões mesmo, o que ia ser o meu futuro. E, logo depois, eu fiz uma viagem missionária, e Ele me mostrou eu ensinando no Rhema. E eu realmente comecei a ensinar no Rhema. Comecei a ensinar Vida de Louvor – uma matéria que eu amo. Na época, eu era líder de louvor na igreja. Fui líder de louvor durante muitos anos. Acho que, por uns sete anos, na igreja de João Pessoa.

 As visões que o Senhor me deu para o louvor, eu cumpri todas. Eu já tocava violão na época, mas o que eu mais gostava de fazer era cantar e ministrar o louvor. Uma coisa que eu amo e faço até hoje. Faço isso dentro do meu quarto. Faço isso com meus alunos também. Mas faço mais no meu quarto. Eu acho que cantar na frente da igreja é um reflexo do que você faz no seu quarto. Eu posso tocar bateria e violão. Eu aprendo essas coisas bem rápido. Eu gosto de instrumentos musicais, gosto de fotografia e outras coisas mais. Eu gosto muito de viajar, conhecer novas culturas e outras línguas.

Eu tenho um espírito bem desbravador. Não tenho medo. Se me desafiar a ir para lugares bem desafiadores, eu vou. Não tenho problema. Mas não vou sem um treinamento. Eu acho que é muito importante um treinamento na vida de um missionário. Para aqueles que pensam em realmente sair para o campo, o treinamento é imprescindível. Eu vivo tudo o que eu aprendi na Escola de Missões. Passamos por algumas situações em que lembramos do treinamento pelo qual fomos submetidos.

Quanto a idiomas, hoje, eu falo khmer e italiano. Quanto ao espanhol, eu consigo ler e entender, mas não consigo muito falar porque eu misturo com o italiano. Eu quero muito aprender o chinês. Essas são as coisas que eu gosto de fazer. Eu amo fotografia. Quando eu tenho tempo, eu vou e tiro umas fotos. Quando eu vejo uma cena, eu já vejo uma foto. Mas é algo que precisa de treinamento e tudo mais. No entanto, o que eu amo mesmo é pregar a Palavra nas nações. Eu já passei por muitas nações, mas, quando eu tenho uma oportunidade, eu pergunto o que o Senhor quer que eu faça naquele lugar.

Então, eu não saio daquele lugar, enquanto eu não faço o que tenho que fazer. As pessoas costumam me presentear com viagens e isso é muito bom. Então, mesmo sendo uma viagem de lazer, eu pergunto o que Ele quer que eu faça naquele lugar. Eu acho que sempre temos oportunidade de falar de Jesus onde estivermos. E o tempo corre! Jesus já está voltando e eu não gosto de perder oportunidades. 

Quanto ao lazer, Phnom Penh é a capital do Camboja. Não temos muitas opçãos para nos divertir, mas eu gosto de passear. Chamamos de Riverside, que é tipo uma praia. Tem um rio também, e eu gosto de sentar na calçada do rio. Eu gosto muito de passear por lá. Eu gosto de ir para o shopping. Isso é geralmente o que eu mais faço lá. E cinema, eu gosto muito de filme! Acho que é coisa de quem gosta de fotografia e de vídeo. Porém, eu não gosto de filme de terror! Não gosto de jeito nenhum! Eu gosto de assistir filmes com uma boa história, um bom enredo.

Eu tenho um sonho! Não sei se vai se realizar ou quando vai. Mas eu gosto da igreja perseguida e o meu sonho é, um dia, fortalecer a igreja perseguida. Ir em países fechados, onde existem igrejas que não têm muito suporte motivacional. E eu oro para que, um dia, eu possa pisar nessas nações e fortalecer essas igrejas. Quero ir nessas igrejas subterrâneas e levar a Palavra. Eu acho que esse tipo de igreja cai no esquecimento dos cristãos. Lembramos de tudo, menos da igreja perseguida. No Dia da Igreja Perseguida, oramos pela Igreja Perseguida. Porém, o Dia da Igreja Perseguida é todo o dia. Mas esse dia é para lembrar as pessoas que a Igreja Perseguida existe. Esse é o meu grande sonho: poder fortalecer alguma igreja e poder ajudar. Eu já ajudo em oração. Se eu puder ajudar, motivando e fortalecendo, eu vou!

Ver os outros felizes é o que eu realmente gosto! Às vezes, eu abdico de tudo para ver outras pessoas felizes, principalmente, os Cambojanos. Ver outra pessoa sorrindo, para mim, é tudo. É o que me dá satisfação. No entanto, o que mais me irrita são pessoas que sabem que precisam fazer alguma coisa e não fazem. Elas ficam esperando e esperando. Isso me irrita um pouco. Eu fico pensando: “Meu Deus! Essas pessoas são cheias de potencial e não acreditam nem em si mesmos!” Porque, se você é cheio de potencial e acredita em você, você vai fazer; você vai agir! Me irrita saber que existem pessoas preparadas, cheias de potencial, que sabem que devem fazer, mas não fazem.

Sobre o Brasil, eu não penso em voltar. Na verdade, eu realmente não penso. Só se Deus falar mesmo! Eu não sinto que o Brasil é mais o meu lugar. Eu sinto que o mundo é o meu lugar. As nações são o meu lugar, especialmente, o Camboja. Como eu estava falando da Igreja Perseguida, o Camboja fica em um ponto que é muito fácil ir para esses lugares. O ponto geográfico do Camboja é bem estratégico! Ali perto, fica o Vietnã, que faz parte da janela 10×40. Com relação à Ásia mesmo, é bem mais fácil você se locomover. Então, eu penso muito no Afeganistão. Então, eu penso que o Camboja é um ponto estratégico, uma base, de onde eu posso ir e voltar. Porque, por enquanto, não está no meu coração ir para um país perseguido e ficar lá. Porém, posso ir, passar um tempo, fortificar aquilo e voltar. Mais ou menos isso. Mas eu ainda não tenho um plano para isso. Isso é realmente um sonho que eu não abortei.

Quero agradecer pela oportunidade de poder falar um pouco sobre mim, um pouco sobre o Camboja. Sem o apoio ministerial, do Ministério Verbo da Vida, eu não poderia estar no campo missionário. Eu recebo muitos missionários pedindo conselhos. Alguns de fora do Verbo, outros do próprio Verbo. E uma das coisas que eu digo para eles é para serem submissos à sua liderança, para ter um apoio do ministério. É muito bom quando você é submisso a uma liderança; assim, você vai para o campo missionário e tem esse apoio do ministério que você faz parte. É como um porto seguro que você tem para recorrer se alguma coisa der errado. Se alguma coisa não der certo, você tem com quem contar. E é assim que eu me sinto em relação ao Ministério. Então, só tenho a agradecer pelo apoio dos meus pastores.

Agradeço àqueles que me enviaram também – Pastor Amaury e Marizete. Não posso deixar de falar neles. Foram eles que deram o ponta pé inicial para tudo isso. Pastor Amaury e Marizete são exemplos na minha vida. Tem o Pastor Sérgio; ele “pega junto” comigo. Ter um coração grato é muito importante. Eu aprendi muito com o Pastor Amaury e Marizete. E, agora, com Pastor Sérgio, agradeço pelas dicas e orientações que ele me dá. Agradeço também pela Agência de Missões. Agradeço por todo suporte e pelas orações.

 

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