Verbo FM

Karen Lacerda (Recife-PE)

Meu nome é Karen Lacerda eu tenho 27 anos e nasci em Caruaru-PE. Minha família toda é cristã. Meus avós, por parte de pai e mãe, também eram de Caruaru. Inclusive meus avós paternos foram fundadores de uma das igrejas Presbiterianas de Caruaru. …Meus avós maternos também foram muito influentes na Igreja Congregacional Vale da Benção lá de Caruaru… e, desde esse tempo em nossa vida muita coisa tem sido acrescentada na área familiar. Nós crescemos em um ambiente familiar cristão.

O nome Karen significa pura, casta. As pessoa até ficavam rindo comigo dizendo que sou muito ingênua, mas depois eu percebi que esse sentimento de querer ter Deus no centro da sua vida até que nada mais importe e não querer se envolver com as coisas desse mundo e nada que vá entristecer o Espírito, tem tudo a ver com isso.

Eu já nasci na igreja, mainha disse que com um mês já me levou pro culto. Meu pai era regente do coral da Presbiteriana e nós vivemos nesse ambiente e aprendemos muito. Quando viemos para Recife eu tinha 5 anos de idade, meu pai foi transferido do serviço e nós viemos pra cá. Em Recife, nós permanecemos nessa denominação, todos sempre bem atuantes na obra. Minha mãe sempre trabalhou nos departamentos, principalmente o infantil. Depois de um tempo, o Senhor nos direcionou a ficarmos numa obra assumida por meus avós maternos, ligada a Igreja Batista e, nós ficamos praticamente 12 anos trabalhando com eles nessa obra. Foi um tempo de crescimento, nós aprendemos a realmente servir nos bastidores, ser crente Bom Brill, fazer de tudo um pouco. Meus pais sempre trabalhando nessa linha de frente mesmo da igreja, parte administrativa, departamentos e, então, nós como família na parte ministerial, sempre fomos muito envolvidos.

Fui uma criança e uma adolescente que não soube o que era ir pro mundo. Eu entrei na faculdade em 2010, e foi o contato com o mundo mais forte que tive, em que fui mais confrontada na verdade. O ambiente de universidade é muito pesado, o curso era maravilhoso, mas havia pessoas realmente influenciadas pelo sistema desse mundo e, às vezes, faziam muitos questionamentos. Tinham muitas pessoas ao meu redor que eram ateias e de outras denominações, mas principalmente, que não acreditavam em Deus e, isso pra mim foi bem desafiador.

Desde quando eu tinha sete anos mainha percebeu em mim o cuidado que eu tinha com as pessoas, de sempre estar ali interessada em fazer curativos e essas coisas. Chegou um momento de decisão no terceiro ano e, eu tinha medo de fazer medicina porque eu achava que eu não ia ser capaz de passar. Me lembro muito de uma cena, eu estava no meu quarto, já estava decidida que ia fazer outro curso, biomedicina, era o que eu achava que queria fazer, pelo fato de achar que não ia passar no vestibular e, minha mãe entrou no quarto com “aquele olhar profético” (risos) e disse: “Você vai fazer medicina porque Deus tem um propósito pra isso, você nasceu pra cuidar de vidas não só nessa parte física, mas na parte espiritual também”.

Desde pequena eu orava muito sobre isso e ela já tinha visto essa minha tendência para cuidar e dar assistência a pessoas. Foi a partir daquele momento que eu me firmei e decidi, fiz minha parte e estudei muito. Pra glória de Deus e, porque tinha um propósito, eu passei de primeira no vestibular. Foi um curso sem peso, foi um curso leve por causa do agir do Espírito Santo na minha vida.

Vejo a medicina como um ministério, porque vejo que as pessoas estão muito sedentas, em todos os locais que a gente vai, principalmente em consultórios. Lá, eu posso ouvir muito sobre as pessoas, como elas sofrem com as situações do dia-a-dia e, eu posso ser um canal de bênçãos pra essas pessoas. Sou abençoada pra abençoar, como o meu pastor  Humberto sempre fala.

Estou na Igreja Verbo da Vida há cinco anos, mas meu pai e minha mãe fazem parte da diretoria aqui da igreja e a minha irmã trabalha nos departamentos. Nós já tínhamos acesso a palavra revelada, mas ainda não tínhamos feito o Rhema, não sabíamos ainda com precisão o que era viver essa palavra. Há cinco anos, quando a gente pisou nessa igreja o Senhor falou com os quatro que aqui era o lugar que a gente ia florescer. Foi um tempo de muito crescimento. Desde o período em que chegamos, em 2015, Deus tem acrescentado muito nas nossas vidas, visão, propósito, parece que descortinou o nosso futuro, como nunca tinha acontecido antes.

Eu sou formada em medicina, terminei em 2015, achava que sabia tudo o que eu ia fazer depois que terminasse, mas foi engraçada a história. O Espírito Santo, assim que eu terminei o curso, ele disse: “Você não vai fazer residência, você vai fazer o Rhema”, e eu fiquei: “Meu Deus, mas o certo é você terminar o curso e já fazer residência”, mas foi muito forte o que Ele tinha falado, então eu decidi dedicar esses dois anos e fazer o Rhema.

Fiz o Rhema e parece que meus olhos se abriram de uma forma sobrenatural, porque eu comecei a conhecer a verdade, a palavra revelada e espiritualmente o crescimento foi exponencial, realmente o Rhema mudou minha vida. Eu falo isso pra todos e ficou visível até mesmo para os meus colegas de perto o que aconteceu. Eles começaram a me chamar de louca por Jesus, realmente tinha enlouquecido, mas para o lado bom (risos).

Assim que eu terminei o Rhema eu tive outra direção no espírito, eu ia fazer residência, mas o Espírito Santo me disse: “Não, você vai fazer a Escola de Ministros”, e foi justamente nessa época que a Escola de Ministros Itinerante veio aqui para Recife. E esse foi mais um ano dedicado a parte ministerial e eu só tenho a agradecer a Deus, porque neste ano da Escola de Ministros que o propósito foi desvendado pra mim, Deus me falou sobre outras nações que eu tenho no meu coração, Ele foi muito claro em relação a essa parte de propósito e chamamento na minha vida nesse tempo.

Quando eu decidi fazer o Rhema eu disse: “Senhor já que eu vou obedecer a esse comando eu quero que o Senhor me oriente a o que eu devo fazer”, na mesma hora uma porta se escancarou pra mim e a a especialidade que eu achava que nem gostava na verdade, que é medicina da família e comunidades, ligada à atenção primária em saúde… Essa porta foi aberta para mim do próprio Ministério da Saúde, fui selecionada dentre muitas pessoas para trabalhar aqui em Recife e, vi isso como uma resposta de Deus para o meu passo de obediência. Até hoje eu estou me identificando muito com essa área e Deus já está me revelando coisas do meu futuro com relação a outras nações, sei que essa especialidade também tem a ver com isso. Estou pesquisando o processo seletivo pra fazer lá fora e eu já sei que essa especialidade é facilitada pra estrangeiros, até nisso Deus é perfeito e soberano.

Cuidar de pessoas. Isso é uma oportunidade de sermos respostas às pessoas. O diabo tem atormentado a vida de pessoas de várias formas e, você poder ser de alguma forma, útil para mudar destinos, para mim isso é muito impactante. Eu sempre oro pelos prontuários antes de atender e já quero que meus pacientes entrem com essa presença no ambiente e, muitos já falaram posteriormente que quando entram no consultório sentem uma paz e saem aliviados, muitas vezes, o fardo é quebrado, pessoas são libertas. Nós estamos aqui par torná-Lo conhecido e esse é o proposito essencial da nossa vida, é tudo sobre Ele.

No trabalho de medicina da família se atende muito em toda as faixas etárias, em todo o contexto familiar, desde o recém-nascido até o idoso. A gente acompanha a parte de saúde mental também. Teve um caso especifico que me marcou demais. Uma paciente chegou com um caso de depressão muito alto, ao ponto de querer tirar a sua própria vida. E lá no consultório o Espirito Santo me falou fortemente que aquilo era um demônio opressor na vida daquela pessoa. Eu estava buscando estratégias durante a consulta no espírito pra poder ministrar pra ela, não daquela forma “crentês”, mas que fosse uma forma que alcançasse a vida dela. Na mesma hora, ela começou a chorar e me disse: “Eu não sei o que está acontecendo, mas eu sei que vou sair dessa situação hoje”. A própria paciente confessou isso e nessa hora senti a porta aberta no espírito para ministrar na vida dela. Houve um momento em que o demônio quis se manifestar, mas ela foi totalmente liberta para glória de Deus. Ela chegou pra ajustar doses, mas ela foi embora sem nenhuma medicação, ela realmente recebeu a cura daquele transtorno, daquela opressão maligna e foi uma das experiências mais marcantes nessa jornada profissional que eu já tive.

Desde os 3 anos de idade eu tenho um chamado muito forte para os Estados Unidos. Minha mãe sempre ficou muito impressionada, porque eu nunca tive muita oportunidade de aprender inglês, mas foi tanto do propósito que essa língua veio de uma forma natural. No culto bilíngue estou sempre ajudando na equipe de tradução da igreja. Sempre foi algo extraordinário. Já tive a oportunidade de pisar profeticamente lá e as pessoas até perguntam: “Você é daqui? “, eu digo que sou do Brasil e as pessoas sempre dizem que eu não pareço ser brasileira, mas é porque essa nação arde desde sempre no meu coração. Já orei muito, já investi em missionários de lá. Eu sei que existe um tempo especial pra Deus nos levar lá, existe um contexto familiar, mas existe também um contexto pessoal para aquela nação. 

A música surgiu muito naturalmente também, desde muito pequena. Meus pais também são muito envolvidos com música. Meu pai, como eu disse, foi maestro de um coral de mais de 150 vozes em Caruaru… Então, desde pequenininha eu corria pelos ensaios e vivi ali naquele ambiente. Minha mãe e minha irmã cantam também. Todos são muito envolvidos nessa parte musical. Todas as igrejas que nós passamos, a música sempre me seguia. Às vezes, eu nem estava procurando, mas sempre me chamavam para o grupo de louvor ou para participar de alguma parte musical e, não foi diferente aqui na igreja.

Mas, eu nunca tive a experiência de ministrar sempre estava no back, no coral, das outras igrejas. Assim que eu cheguei aqui foi muito engraçado, porque foi tudo muito de repente e acelerado. Quando eu cheguei, em 2015, já no final do ano, eles tiveram uma percepção de fazer algum teste pra identificar pessoas pra entrar no louvor. Eu não ia fazer audição de jeito nenhum, mas me chamaram por eu já ter um histórico musical. A partir deste momento já me chamaram para o louvor jovem. Depois o pastor começou a me chamar para o louvor principal. Com pouco tempo que eu havia entrado no principal, já estava ministrando… que era o que eu imaginava nunca fazer na minha vida (risos)

Eu nunca foquei tanto nessa parte musical, mas é uma parte que o Espírito Santo está me permitindo ser uma resposta pra outras vidas. Já recebi muitos testemunhos poderosos com relação a músicas específicas, como Salmo 23 de Cynthia Miranda. Tive um testemunho poderoso no Rhema de uma mãe que ouvia todos os dias em casa essa música e a filha dela tinha tentado suicídio algumas vezes, e depois de ela ouvir todos os dias a filha dela chegou chorando no quarto perguntando que música era aquela, porque ela estava sentindo uma paz que não sabia explicar. Disse que naquele momento ela abraçou a sua filha e sentiu a libertação. Hoje, ela está congregando para glória de Deus.

Está realmente tudo bem em ser solteira. As tias sempre perguntam nas reuniões de família “cadê os meninos?”, mas nós que temos uma noção de propósito e eternidade a gente não consegue focar em coisas pequenas assim. Eu sei que vai ter um momento, Deus sabe do desejo do meu coração de casar e constituir família, mas eu também sei respeitar os processos. 

Eu já tive dois relacionamentos. Um deles estava tudo certo, mas eu sentia uma trava. No momento de terminar eu não tive nenhuma dificuldade porque eu sei que quando a gente obedece ao Espírito, Deus está preparando algo grandioso. Eu sou tranquila com relação a isso e eu me preservo muito também, tenho cuidado com minhas associações e como me relaciono com outras pessoas. Até nas minhas redes sociais o pessoal comenta que é uma rede que era pra ser como uma página, que eu só coloco coisas de Deus e nada pessoal (risos).

Como o Senhor tem me revelado nações e, em especial o EUA, eu sei que não posso abrir mão de um destino por um sentimento momentâneo, tenho que estar focada naquilo que Ele me disse e todas as coisas nessa jornada vão sendo acrescentadas.

Algo que me emociona é falar sobre Jesus. O pessoal me conhece muito pela frase “É tudo sobre Ele, Ele é fascinante”, Ele me ensina nessa jornada a torná-lo real e fascinante, não só pra mim mas para outras pessoas também. Cada vez que a gente mergulha mais nessa presença mais Ele vai se revelando pra nós, isso vai abrindo nossos olhos para características do caráter de Deus que até então eram desconhecidas.

Eu me divirto muito aqui na igreja, nos períodos de ensaio, mas fora gosto muito de sair com amigos pra restaurantes, ver filmes. É engraçado porque até nos filmes a gente pega momentos para puxar a parte bíblica deles. Gosto muito de ler livros e ouvir música, tudo relacionado a música e, o meu hobby favorito é viajar. Nós sempre viajamos muito e é maravilhoso conhecer novos lugares, novas culturas, novos povos, estar envolvido com aquilo que Deus está fazendo na terra. Essas coisas não aparecem em jornal infelizmente, mas ver o mover de Deus e do Espírito, a glória do Senhor sobre toda a  terra é maravilhoso.

Eu e minha irmã somos carne e unha. Minha irma, Érica, é uma pessoa que me inspira. Ela é dois anos mais nova do que eu. Ela é uma pessoa que carrega a alegria de Deus, é minha confidente, melhor amiga mesmo. Para mim é uma honra poder chamar ela não só de irmã, mas de melhor amiga. Nós crescemos muito espiritualmente e pessoalmente juntas. Toda essa jornada de Rhema e Escola de Ministros foi com ela, as viagens também. Têm viagens que nem meus pais vão e ela vai, nós já fizemos viagem missionária juntas. Nós sabemos também que nossos propósitos estão interligados. É maravilhoso, é um relacionamento de muita comunhão e muito amor envolvido, a gente não se separa por nada.

Eu pareço ser tímida, mas eu sou muito animada, sou muito divertida e gosto de estar sempre com meus amigos me divertindo. Também existem momentos em que eu fico mais reservada, quando busco ao Senhor. Têm dias que as pessoas me procuram e querem fazer algo, mas eu digo estou com saudade de ficar com Ele, então eu corro pra ficar com Ele. Eu sou também muito firme nas coisas que Deus me diz, se Ele me diz algo eu seguro e agarro até o fim. Como pastor Humberto diz: “Pode vir um trem cheio de diabo pra cima da pessoa, mas você não solta aquilo”. Pra mim é maravilhoso poder depender totalmente dEle, ter a suficiência de Cristo como árbitro e como guia da minha vida.

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