Sou cearense. E o cearense é conhecido como “barrista” (defensor do seu estado), se bem que não é bem assim. Eu amo Fortaleza, é a cidade que nasci. Mas hoje, o principal motivo de voltar lá é meus pais. Fui o primeiro a me converter em casa. Somos cinco filhos, tenho três irmãs e um irmão. Sou o segundo, tenho uma irmã que mora em Brasília, e duas gêmeas que moram nos Estados Unidos e meu irmão mora com meus pais e cuida deles em Fortaleza. Meus pais hoje tem muitas saudades da gente, porque para reunir os cinco filhos está mais difícil. Quando vamos até lá preenchemos um pouco desse espaço.
Sou grato a Deus pela educação que meus pais me deram, mesmo tendo sido uma época precária, eles não tinham uma condição financeira favorável, mas abriram mão de coisas para me dar um pouco de conforto. Algumas coisas que, quando criança, eles me podaram, eu não entendia na época, era imaturo, mas hoje entendo bem. Eu achava que eles queriam me privar das coisas, mas na verdade, eles queriam me poupar e preparar para o mundo, porque o mundo é sem misericórdia, é na família que vamos achar misericórdia.
Sou grato pela educação que me deram. Lembro que quando eu e meu irmão brigávamos minha mãe nos fazia pedir perdão um ao outro, nos fazia beijar o rosto um do outro, nos abraçávamos e apanhávamos os dois abraçados. De certa forma, permanecíamos unidos.
Lembro de um dia que eu já morava em Ribeirão Preto e fui visitá-los e quando cheguei ao aeroporto chorei muito de saudade. Quando vim morar em Campina Grande pela primeira vez todos os dias chorava um pouquinho, tinha finais de semana que eu chorava mais. Com saudade dos pais. Mas fui o primeiro filho a sair de casa. Aos poucos nos acostumamos. Sou grato a eles pelo esforço e dedicação em suprir as nossas necessidades. Hoje sou pai e entendo tudo isso.
Em 2000 vim morar em Campina Grande pela primeira vez. Percebia desde 1996 que Deus estava tratando comigo pra vir fazer o Rhema, relutei muito em especial nos finais do ano e no começo (períodos de matriculas da escola) era o período quando o diabo mais me pressionava para não vir e não cumprir o plano de Deus. Mas em 2000 peguei uma carona com o pastor João e vim para Campina. Na verdade eu vim sem saber sequer onde iria morar.
Não vou dizer aventureiro, mas por fé mesmo. Pastor João e Jannayna me acolheram por um ano em sua casa e sou muito grato a eles por isso. Não é qualquer pessoa que faz isso, pois não me conheciam tão bem. Tinha feito o primeiro ano em Fortaleza e terminei o segundo ano fazendo aqui. Após, concluindo o Rhema fiquei por 6 meses em Natal. Depois voltei para Fortaleza como pastor auxiliar até 2004.
Em 2005 vim morar em Campina mais uma vez e já tinha conhecido Rafaela, e começamos a namorar. Fiquei como itinerante dois anos e casei com ela. Em 2006 fomos morar no interior de São Paulo. Ficamos lá por alguns anos e depois fomos morar em Brasília. Em dezembro de 2013 voltamos para Campina Grande (eu no caso, pela terceira vez) e estamos aqui nesse tempo.
Eu gosto da tranqüilidade de Campina Grande. Embora goste de grandes shoppings, mas se pudesse conciliar a praticidade dos grandes centros que você encontra tudo com a simplicidade e tranqüilidade de Campina Grande seria ótimo. Aqui tudo é próximo, você não perde tempo não fica preso em congestionamento, gosto do clima daqui. Fortaleza, por exemplo, é muito quente, aqui gosto do clima, estou desempenhando meu oficio eu estou aqui por algo ligado ao chamado de Deus. Tem algumas coisas que queria que aqui tivesse, mas tem coisas que fazem parte do crescimento da cidade.
Quando era solteiro tinha o sonho de casar e posso dizer que há 10 anos realizei esse sonho e sou feliz. Rafaela me ajuda muito, é uma boa auxiliadora. Nos momentos mais difíceis da minha vida, ela estava ao meu lado, passei pressões no ministério, no chamado e na igreja. Passei por marés difíceis e ela ao meu lado. Pode estar a maior pressão lá fora, se ela está me apoiando, é só isso que preciso. Encontrar apoio em casa não desanima e nem me enfraquece.
Meu filho Emanuel é outro sonho realizado nosso. Era um desejo nosso que ainda não tínhamos realizado pelo ritmo de vida que tínhamos antes. Planejamos bem a chegada dele. Quando viemos pra cá vimos que seria esse momento, porque mesmo eu continuando viajando muito, aqui ela tem família a apoiando e nunca a deixo só. Em outro lugar sobrecarregaria ela. Eu saio sabendo que ela vai ter o suporte da família. Eu saio e sinto muitas saudades.
Existe um tempo no ministério que tudo é novo, as viagens, as pessoas e isso é muito bom. Só que chega um ponto que a viagem que você fez hoje é de certa forma a mesma que você fez um tempo atrás e hoje para eu viajar é por necessidade, se fosse escolher ficaria em casa.
Eu quero participar de tudo na criação do meu filho. Ele não estava interagindo tanto quanto está agora e ele está crescendo, quero acompanhá-lo no que puder. Quando viajo e volto, não quero desgrudar dele. após 10 anos de casados, Emanuel chegou. Para nós como família estamos realizados. Vivo hoje o processo natural da vida: o homem cresce, deixa seus pais, cria a sua família e deixa seus descendentes que consequentemente vão crescer. Se bem que pensamos em outro filho, mas só daqui há uns três anos.
Como pai faço o que está ao meu alcance, não dou banho, mas troco a fralda, como ele apenas mama, a dependência e o chamego dele é com a mãe, mas quando ele come, o pego para passear, dou banho de sol, procuro estar com ele sempre que posso. Ando pelo apartamento mostrando as coisas para ele, o que eu queria e não tive quero proporcionar a ele. Quero influenciá-lo positivamente. O que puder fazer para suprir as necessidades dele e quero fazer meu melhor.
Hoje entendo melhor o que é a paternidade de Deus. Ontem ele estava sentindo um pouco de cólica e pensei. Se eu pudesse tiraria a dor dele e colocaria em mim, porque não quero vê-lo sofrendo e sou humano, imagina Deus conosco? Se eu que sou imperfeito quero isso tenho esse sentimento, quanto mais Deus que é perfeito.
Muitas coisas que estão acontecendo na humanidade não é desejo de Deus, mas se estão acontecendo é porque a humanidade não tem obedecido e nem procurado conhecer a vontade de Deus.
Meu desejo é que nunca falte nada para Emanuel e sou limitado imagina Deus que pode tudo e é ilimitado?
Tenho o chamado de mestre e gosto de ouvir mestres ensinando, como sou da Igreja Sede, tenho a oportunidade de ouvir Pastor João Roberto. Não só ele, mas outros. Eu ouço qualquer pessoa e entendo que todos nós temos os nossos começos. Lembro quando comecei a ensinar no Rhema, como eu gaguejava. Era inseguro, mas não desconsidero os começos das pessoas. Uma das pessoas que mais me influenciou foi o irmão Hagin, além dele tem outros que compartilham da mesma visão como Kenyon.
Alem dos nossos ministros bons como: Guto, Maneco além desses que convivo tenho gostado muito dos livros de Tony Cooke. Quando lemos a palavra tentamos encontrar respostas para as coisas. Os livros condensam os assuntos e nos ajudam a entender melhor. Os assuntos na Bíblia estão espalhados e os livros de Tony Cooke qualificados e em busca de Timóteo li e abriu um leque na minha cabeça. Leio muitos autores, a cada livro que leio, vou ler um do irmão Hagin, até porque Paulo fala conserva o modelo das sãs palavras. Se recebi da influência do irmão hagin, a forma bíblica de conservar mantendo-me lendo. Alguns ministros alcançaram um nível que não mantiveram esse nível passando a ser influenciado por outras coisas perdendo o padrão porque não conservaram o molde.
Tenho o desejo de ver meus familiares bem no Senhor, não depende da minha vontade, mas minhas orações contribuem para isso. Quero ver meus irmãos se firmando e cumprindo seu chamado.
Tenho expectativas sobre algo a mais que Deus tem para mim, não deixando de ensinar a palavra, mas ensinado e realizando outras coisas pra Deus. Quando eu cumprir a minha parte Deus cumprirá a dele.
Embora Deus tenha me chamado para fazer algo, o fato de descobrir isso não significa que acontecerá automaticamente, é necessário que eu faça a minha parte.
Eu sou uma pessoa tranquila, dócil e amigável, mas tem algumas coisa que não negocio e não abro mão, verdades que são inegociáveis meso. Lendo o livro de Tony Cooke aprendi que no ministério, às vezes, você tem que ceder pra conquistar, tem que ser diplomático, no que diz respeito a lidar com as pessoas, só que em aspectos doutrinários tem coisas que não dá pra gente ceder. Eu sou pragmático, e quanto a isso não cedo, sou seguro, tenho amizades, mas sou seletivo e reservado. Me restrinjo a casa e poucos amigos no ministério. Minha vida é casa, ministério e igreja, além das viagens a trabalho. Boa parte das minhas amizades é com ministros de fora também.
Às vezes, sou muito calado. Não falo algumas coisas na hora e quando vou falar acabei acumulando algumas coisas e isso não é bom. Seria melhor falar antes, mas vou aguentando e explodo depois de muito tempo. Mesmo sendo cearense, sou discreto. Era muito tímido, hoje após o novo nascimento sou calado, mas não sou mais tímido. Isso foi superado. Eu sabia que tinha um chamado que era um comunicador, precisava do canal aberto ouvir e falar. Por anos, pastoreei e precisava saber lidar com as pessoas. Não gosto de chegar a um lugar e chamar a atenção, se eu puder entrar e sair discretamente farei isso. Quanto as minhas virtudes prefiro que as pessoas possam dizer (risos).
1 Comentário
Grande mestre, tivemos o prazer de receber ele aqui em Verbo da Vida Mesquita RJ, foi um tempo maravilhoso de ensino da palavra !!!!!!