Verbo FM

Patrícia Travassos (João Pessoa-PB)

Tenho 39 anos, (me sinto uma adolescente, não ligo muito com idade). Sou de Campina Grande, mas, moro em João Pessoa há 8 anos. A minha história com João Pessoa não é recente, já havia morado lá por dois anos, voltei para Campina e, depois, retornei, permanecendo lá ao longo desses últimos anos.

Campina Grande é minha cidade, eu a amo demais. Estou em João Pessoa cumprindo o que o Senhor mandou, se dissessem: “você vai precisar sair de João Pessoa” e, se pudesse escolher um lugar para morar, certamente Campina seria o lugar escolhido.

João Pessoa, é uma cidade maravilhosa também. Antes, eu não gostava, especificamente quando morei lá na primeira vez, mas tudo mudou e, hoje, vivo já por oito anos naquela cidade. Já me adaptei ao calor, sol, praia, não tem como não se adaptar (risos). As pessoas são um pouco diferentes, é uma benção estar lá.

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Sou a filha caçula de quatro filhos. Sempre fui muito mimada, tinha coisas que eu gostava e meus pais faziam meus gostos. Sou sete anos mais nova que Beto, que é pastor em Natal. Tem Carmem que é diaconisa na Igreja do José Pinheiro, em Campina Grande; e Luis Carlos, que é da Igreja de Diamantina, Minas Gerais. Amo a minha família. Amamos estar juntos. Primeiro, eu fui para João pessoa, depois, Beto seguiu para Natal. Foi delicado quando fomos embora, lembro que Gilson Lima dizia: “vocês precisam cortar o cordão umbilical”. Ele era vizinho nosso, morávamos sempre perto uns dos outros; era sagrado, no final da tarde, o cafezinho na casa de “mainha”.

Meus pais são ótimos, minha mãe é cristã. Meu pai diz que é crente e católico, diz que é logo as duas coisas que é melhor do que a gente, porque segue as duas. Meus pais são amorosos, cuidadosos conosco. São de amar as pessoas, servi-las. Meu pai é aquele da família que, quando alguém está precisando de alguma coisa, corre para ele.

Sempre vimos isso na família, o cuidado. Ele trabalhava em construção e, sempre foi comum pedreiros irem comer lá em casa. Nunca estivemos apenas nós, sempre era a casa cheia.

Com apenas 16 anos, eu mudei de escola e lá conheci Giácome. Foi amor à primeira vista… Passamos um tempo sendo amigos, ele não me dava muita bola (risos). Como éramos próximos, todos achavam que namorávamos, e, chegou um dia que era próximo ao dia dos namorados; lembro que Sheila, que hoje está em Marabá, estava perto de nós; somos amigas há muitos anos. E Giácome falou:” e aí, já comprou meu presente do dia dos namorados?” E ela disse: “vocês poderiam oficializar logo esse namoro“. Quero aproveitar e agradecer a ela, porque depois desse empurrãozinho, ele enfim, decidiu namorar (risos).

Começamos a namorar e, nessa época, ainda não éramos cristãos. Mas, um ano depois, Antônio Travassos e Lucerna, a minha cunhada, nos falaram sobre um curso que Patrocinio estava realizando lá no Colégio Monte Sião, isso em 1994. Foi muito bom o curso. Depois, começamos a ir aos cultos na casa de Ronaldo Correia, não demorou muito e ele se converteu, e, na outra segunda, eu me converti. Em 1995, começamos a fazer o Centro de Treinamento, mas não demos continuidade, porque foi o ano que eu casei e ele viajava muito. E fomos congregar no Verbo, éramos muito jovens e participávamos dos jovens lá.

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Eu amo o meu marido. Sou casada há 21 anos. Às vezes, as pessoas falam de dificuldades no casamento, mas, graças a Deus, temos uma unidade muito boa. Alguns dizem que casamento assim, sem brigas, não existe, que não existe casal perfeito. Eu sei disso, mas nos damos muito bem, ele é maravilhoso. Cuida de mim e das meninas de forma tremenda, admiro a intensidade e a comunhão dele com o Senhor. Na vida dele, o Senhor tem o primeiro lugar e, nós estamos logo em seguida como família.

Após dois anos de casados, chegou a nossa primeira filha, Leticia, 19 anos; ela é muito parecida comigo.

Letícia é uma filha maravilhosa, tem um chamado missionário desde criança. É uma menina que serve ao Senhor, não tenho problemas com ela, tem suas próprias experiências com o Senhor. Já apareceu um futuro genro, ela namora há três anos, mas ele é uma benção.

Ela faz fonoaudiologia na UFPB, ama estudar, já fez Rhema e fará a Escola de Ministros em 2017, eu creio.

Ana Beatriz tem 15 anos, me ajuda no Rhema Kids e nos adolescentes, ama servir. Elas são maravilhosas no serviço e no amor ao Senhor, estão na igreja porque gostam. Nos domingos, vamos a dois cultos: um às 16h e outro às 18h e, elas estão sempre conosco.

Sou uma pessoa muito alegre. Eu não gosto de estar triste, gosto de sorrir, estar junto das pessoas, amo amá-las, isso vem de família. Meus pais são assim, depois que me converti só melhorou.

Eu sempre digo que o segredo do ministério é amar as pessoas. As pessoas gostam de ser amadas, tocadas, apascentadas; procuro olhar se estão com alguma necessidade e ajudá-las.

Sou brincalhona, gosto de brincar. Meus sonhos sempre vão girar em torno do amor e serviço ao Senhor.

Hoje, moramos em um apartamento, aqui em Campina morávamos em casa, mas o apartamento é pequeno e não dá para receber muita gente, gosto de receber pessoas. Temos um sonho em comum, eu e Giácome: Ter a nossa casa. Queremos receber pessoas, esse espaço maior irá nos ajudar. Estamos crendo nisso. Quero avançar, cumprir os sonhos de Deus.

Sou um pouco saudosista, gosto de lembrar das coisas, mas acredito que cada momento é uma estação diferente.

O que eu tenho mais saudade é de ter a família toda reunida. Isso é mais raro hoje em dia, as conferencias nos promovem esse ajuntamento. É uma alegria estarmos juntos.

Seria bom estarmos todos perto, mas, hoje em dia isso não é possível. Sempre que dá, vou a Natal. Em Janeiro, passamos um mês juntos em um apartamento com 2 quartos, foi uma festa.

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Mesmo em meio a correria, gosto de tirar um tempo com a minha família, para ir ver um filme. Pelo menos uma vez no mês, vamos os quatro, compramos pipoca, refrigerante, etc. Mesmo em casa, também vemos filmes juntos, comedia é o que mais vemos. Vamos ao shopping, mas, para comprar algo, não costumamos passear muito lá. Sempre estive presente nas fases da vida das minhas filhas, quando eram crianças, adolescentes… elas dizem que sou a melhor amiga delas. Conversamos muito, sou aberta, assim consegui acompanhá-las. Virei adolescente. As meninas não tiveram crises na adolescência e acho que eu estar próxima contribuiu para isto.

Quando casei, eu cursava engenharia de materiais. Deixei o curso, porque decidi cuidar das minhas filhas e da casa, não me arrependo de forma alguma. Pessoas às vezes diziam: “você vai se arrepender”, mas não foi isso que aconteceu, meu trabalho foi dedicar-me a meu marido e minhas filhas.

Meu marido me apoiou nessa decisão e sou feliz por isso. Ainda tive uma loja de ração por um tempo e foi bom, mas por inexperiência acabamos falindo. Éramos muito jovens nessa época. Estou falando de algo em 1996, lembro que Guto ia comprar ração para os cachorros do pastor Bud em nossa loja nessa época.

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Giácome trabalhava como vendedor, depois ele recebeu uma proposta para trabalhar no São Braz e foi vender alimentos. Tornou-se supervisor e foi quando fomos para João Pessoa. Nesse tempo, passamos dois anos lá. Eu só tinha Letícia e lembro que eu não gostava de lá, chorava muito as escondidas, todos os dias praticamente, mas, quando ele chegava, eu parava. Ele precisava estar lá, pela profissão. Lembro que ligava para “mainha”, do orelhão na época, e chorava. Mas, um dia, em um evento, Marcos Jatobá deu uma palavra para nós e vimos o cumprimento. Entre outras coisas, ele falava sobre nossa volta para Campina, e se cumpriu. Ele largou o emprego lá e já era supervisor, ganhava bem, mas o Senhor falou e obedecemos, passou uns seis meses desempregado.

Em 1999, demos continuidade ao Rhema e Escola de Ministros. Na época, abriu a igreja do Jose Pinheiro; servimos lá no diaconato. Foi um tempo que fomos treinados em servir. No início, éramos 4 casais de diáconos. O tempo que voltamos para Campina, foi para sermos treinados. Passamos uns 10 anos no diaconato, íamos todos os cultos, ninguém reclamava, não falavam de escalas; estávamos ali realmente para sermos treinados e fomos muito bem treinados. Servimos de coração. Giácome gosta de dizer que se converteu quando serviu ao Senhor, eu gosto disso.

Também trabalhamos na assistência social, ajudamos nos adolescentes, com as mulheres, o culto das mulheres foi um grande treinamento, lá eu fazia de tudo. Vejo Deus em tudo. Pastor Gerson e Ivani, foram os nossos líderes nesse tempo, eu os amo de coração.

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Então, eu seguia aqui em Campina, feliz da vida, trabalhando na igreja. Giácome trabalhava em outra empresa maravilhosa. Eu com as duas meninas bem criadas, família bem, casa própria, tudo em ordem. Fomos à João pessoa trabalhar em um Encontro de Casais com Cristo (ECC) e lá o pastor Amauri nos disse: “se o Senhor mandar vocês voltarem para cá, voltem pois estarei de braços abertos”. Eu disse amém, mas por dentro não concordava (risos), porque eu não queria voltar.

Com 8 dias depois, eu estava em Campina trabalhando no encontro de casais e Deus já vinha tratando algumas coisas em meu coração: “existe outro povo” e eu chorando: “não Deus, estou bem aqui” e Ele disse: “você vai precisar ir”. Quando meu marido veio falar comigo, eu já sabia por dentro.

Ele disse: “amor, eu fui promovido, mas para isso, preciso ir morar em João pessoa”. E, de novo, a história se repete, mas, dessa vez, não chorei mais, fui e estou lá há 8 anos, nunca chorei para voltar. Estamos lá fazendo o que Deus nos chamou para fazer.

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A minha prioridade sempre foi e, ainda é, a família. Hoje, conciliamos bem as coisas,

Sou grata aos líderes por acreditarem em mim. Tenho vivido grandes experiências e, isso me ajudou a amadurecer.

Vejo como Deus sabe trabalhar. Mudanças sempre são necessárias e isso assusta um pouco no começo, mas temos procurado fazer o melhor.

Gosto de cuidar das pessoas, de amar, tenho trabalhado nisso e sou feliz com o que faço.

Eu sou uma pessoa amiga, gosto de fazer amizades, me acho uma boa mãe, amo ser mãe, esposa. Amo estar junto do meu marido, dando suporte para que ele cresça. Amar é uma característica boa em mim, isso acho que é uma qualidade. Às vezes, tenho dificuldade de acreditar em mim, mas isso está mudando.

1 Comentário

  • Linda por dentro e por fora, agradeço a Deus por ter sido banhada pela unção que está sobre sua vida Patrícia. Você é uma grande mulher de Deus, me ensinou e me ensina muito. Muito obrigada por tudo! Que Deus continue te abençoando grandemente. Nossa Família agradece a sua família por tudo.

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