Verbo FM

Vida de prosperidade

Dentre tantos assuntos tratados na matéria Vida de Prosperidade, no Centro de Treinamento Bíblico Rhema Brasil, gostaria de nesse post destacar O DÍZIMO.

Esse assunto é, infelizmente, muito polêmico e cheio de facetas. É uma pena haver tantas interpretações que, supostamente, se baseiam na Palavra de Deus, quando a própria Palavra traz, obviamente, apenas uma verdade.

Em primeiro lugar, quero dar minha opinião sobre o que eu entendo do dízimo na Nova Aliança. Creio que:

  1. O dízimo é sim, bíblico e neotestamentário;
  2. Todo crente, que congrega em algum lugar, tem o compromisso (não é obrigatório, mas também não é facultativo) de dar o seu dízimo;
  3. Dar o dízimo é uma atitude de gratidão;
  4. Sou abençoado, por isso dizimo.Não o contrário (benção como condição, é a causa, e não a consequência de alguma atitude);
  5. Devo dizimar do que tenho como rendimento, não para ter rendimento (Nada impede de dar um valor por fé daquilo que almeja receber, mas não é regra);
  6. Não dizimar não me faz maldito (maldição como condição)
  7. O “retorno” do dízimo não é automático ou calculável. Quando ando nas leis de Deus, Suas bênçãos se manifestam em minha vida naturalmente, mas não existe uma fórmula.

Começo essa explanação com o texto de Gálatas 6, citando desde o seu primeiro versículo. Por mais que, aparentemente, esse início não esteja falando sobre dízimos e ofertas, ele introduz a atitude correta que se deve ter na igreja, ou a vida da comunidade cristã.

“Irmão se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado.Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo. Porque, se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada, a si mesmo se engana. Mas prove cada um o seu labor e, então, terá motivo de gloriar-se unicamente em si e não em outro. Porque cada um levará o seu próprio fardo. Mas aquele que está sendo instruído na palavra FAÇA PARTICIPANTE DE TODAS AS COISAS BOAS àquele que o instrui. Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito, do Espírito colherá vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, porque ao seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos. Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família aos da família da fé” (Gálatas 6.1-10)

Penso que esta passagem traz uma clareza muito grande. Em primeiro lugar,Paulo apelou para pessoas espirituais terem atitudes espirituais. Em outras palavras, as atitudes que ele aprova são espirituais, as que ele reprova são carnais. Então, ele mostra que os espirituais devem corrigir (com brandura), carregar as cargas dos outros, viver do seu próprio labor (não do retorno das ofertas), apoiar sistematicamente aqueles que o instruem e fazerem o bem, com cuidado extra aos da família da fé.

Ressalto o aspecto “levar o próprio fardo”. Entendo neste texto que o apóstolo Paulo estavanos dizendo qual é a atitude que devemos ter, ou como pessoas espirituais devem pensar: Cuidar da própria vida para, então, poder cooperar com aqueles que não podem fazer o mesmo. Se tratando de irmãos, devemos corrigi-los para crescimento e recuperação caso caiam, ou carregar as suas cargas, caso precisem. Àqueles que nos instruem, devemos cooperar para que tenham acesso às mesmas coisas boas que nosso labor tem nos levado a viver, visto que o labor deles é nos instruir.

Então, ele fala sobre sementes. A nossa mente quase trava quando o assunto de semente é sugerido e, automaticamente, pensamos em coisas que damos. Entretanto, quando ele fala sobre semear para a carne e para o espírito, ele não pode estar falando de coisas concretas, que podem ser dadas, mas de atitudes que nos movem ou nos impedem de fazer algo.

Quando corrijo meu irmão, coopero com quem me instrui ou carrego as cargas de alguém.Quando carrego meu próprio fardo, ou faço bem a alguém, estou semeando no espírito e do espírito vou colher vida. Não tantas vezes mais do que eu dei, mas vida eterna. Vale ressaltar que, se a colheita vem do espírito, o espírito é a terra em que semeio. Então, ações externas demonstram uma atitude espiritual interna que me lava a realizá-las.

Por outro lado, quando não faço essas coisas, não estou deixando de semear, mas estou semeando para a carne e vou colher corrupção. Não existe passividade, ou eu estou agindo no espírito ou agindo na carne. Não existe “não semear”, porque semear é uma atitude interna, apenas revelada pela ação.

Como a terra se trata do nosso espírito ou da nossa carne, sempre estamos semeando. Se insisto na semeadura carnal, posso ter uma colheita corrupta (maldita), mesmo sendo nascido de novo e, por isso, vivendo na condição de abençoado, por causa do sacrifício e ressurreição de Jesus, pois como diz Romanos 8.13: “se andardes segundo a carne caminhais para a morte”. Caminhar para a morte, não é estar morto. É ter a vida e natureza de Deus, mas destruí-la aos poucos.

Desse ponto de vista entendemos que, quando não faço participante de todas as coisas boas àquele que me instrui, estou semeando para a carne (egoísmo, avareza, ingratidão, etc.) e vou colher corrupção. A questão não é dar dinheiro, e não poderia ser, pois ao dar dinheiro, posso estar semeando para a carne, se a motivação for manipular para chamar a atenção, ou para barganhar com Deus uma benção, que Ele já me deu na Cruz do Calvário.

Não posso aceitar que, apenas por dar dinheiro serei abençoado, mesmo que meu propósito seja distorcido e interesseiro. Deus vê o coração, e as ações externas nunca superarão as atitudes que nos motivam.

Também é importante ressaltar que somos abençoados pela graça de Deus em consequência da obra da Cruz. A benção de Deus em nossa vida vem de graça e não por algo que façamos para merecê-la. Nem o dízimo, nem qualquer outra coisa define essa condição em nossa vida, mas sim, a fé em Jesus Cristo.

Porque somos abençoados e temos a força de Deus para provar o nosso labor (que é a exploração de recursos criados por Deus) devemos cooperar com aqueles que nos transmitem, de graça, recursos espirituais e que não geram, aos emissores, riqueza natural.

Nos próximos posts continuarei abordando esse assunto, creio que serão esclarecedores e lhe ajudarão a ter uma compreensão mais clara sobre o assunto.

* Marcos Honório Júnior é professor do Rhema Brasil e integrante da coordenação doutrinaria do Ministério Verbo da Vida

2 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Destaques da semana​

Estude no Maior Centro de Treinamento Bíblico do Mundo!