Verbo FM

Por que e Para que Esperar? (Parte I)

(O BLOG desse tema, estará divididos em algumas partes. Creio que é uma leitura tanto para mulheres quanto para homens. Espero que te ajude e te traga clareza nessa área, a fim de que possa provar do melhor que o Senhor tem pra sua vida… Abraços!)

Por Sâmia Rocha Gonçalves

Durante muito tempo da minha vida, desde que me converti, fui muito cobrada e criticada na área de relacionamentos. Principalmente, porque muito cedo foi percebida uma chamada de Deus na minha vida. O desejo das pessoas era que eu casasse logo para que eu pudesse desfrutar mais amplamente desse chamado. Naquela época (e eu estou falando de mais de 20 anos atrás), não era tão comum ter mulheres ministrando a Palavra como hoje se vê e, por isso, casamento era uma conversa tão frequente quando se dirigiam a mim.

Como toda mulher, é claro que eu queria ter alguém, mas, pelo fato de ter namorado antes de me converter e ter visto essa pessoa sofrer tanto pelo término do relacionamento, decidi que não namoraria sem ter um “propósito”, só por namorar ou curtir. Quando me converti, essa decisão ficou ainda mais séria, sem contar que o chamado de Deus tomava praticamente as 24 horas do meu dia e as responsabilidades eram tantas, que no meu coração eu queria me mostrar aprovada por Deus no caráter, no procedimento e na confiança a mim depositada.

Fui a primeira ministra “produto nacional” do Ministério Verbo da Vida, assim como fui a primeira diretora da primeira escola filial (cidade do Recife) do Ministério, e, tudo isso, com a idade de 21 anos. Então, você imagina o que passava dentro de mim… Naquele tempo, por mais que eu quisesse, não estava pronta nem como pessoa, nem como mulher para assumir mais essa responsabilidade (embora quisesse muito kkkkk)!!

Eu sabia que devido às tantas coisas que haviam acontecido na minha vida, eu primeiro precisava buscar a Deus para descobrir quem eu era e a minha identidade nEle. Não foi fácil ficar sozinha nesse tempo, porque desde que havia me convertido sempre houve pessoas interessadas, mas não podia “colocar” alguém na minha vida para “suprir” uma necessidade ou carência que havia dentro de mim, somente pela fase que eu estava vivendo, ou pelas dificuldades que eu estava passando e muito menos pelas cobranças que eu tinha por ser uma ministra tão jovem.

Havia “algo” dentro de mim que não permitia que eu avançasse em nenhum desses relacionamentos. Às vezes, não entendia o porquê, afinal, na maioria das vezes, eram bons rapazes, envolvidos na igreja, enfim… Resolvi confiar em Deus. Não vou dizer que foi fácil. Chorei muitas vezes. Estava sozinha, sem minha família, fazendo algo que nunca havia feito, sendo moldada, cobrada e quebrada em muitas coisas… Eram tantas responsabilidades, que pensei muitas vezes: “Poxa, se eu tivesse um marido não estaria passando por nada disso, ou pelo menos não seria tão difícil assim!”

Sabe, um marido ou esposa não deve ser a solução dos seus problemas. Vejo muitas pessoas se casando sob o pretexto de que “é melhor casar do que viver abrasado“, e usam isso como o melhor argumento para respaldar um casamento. Só que, se você perguntar para qualquer pessoa casada, você vai ouvir delas que sexo não sustenta casamento. Ele é uma parte importante, mas só é importante e bom quando vem acompanhado de outros ingredientes que se constroem antes, como o amor, parceria, diálogo, respeito e por aí vai.

Um marido ou esposa deve ser um complemento a algo que está bem claro e definido em Deus dentro de você e não um escape dos seus problemas, pressões ou carências.

Durante anos (isso mesmo, ANOSSSS) vivi assim. Fui muito criticada. Ouvia que eu escolhia demais e que, por causa disso, iria acabar ficando pra titia. Diziam que por causa do meu jeito (se referindo a forma que eu ministrava), eu assustava os homens e eles também não iriam querer uma mulher “braba”; que os anos estavam passando e que eu estava ficando velha e tinha que correr atrás. Muitas vezes a minha vida sentimental era o tema de muitas rodas de conversas! Sério!!! E como isso me machucava.

Durante esse tempo, me apaixonei algumas vezes… Sofri, e chorei tantas outras. Houveram situações em que eu percebia no meu espírito logo de cara um freio; em outras cheguei a desenvolver uma conversa e no caminho percebia que não tinha nada a ver. Sim, porque a medida que o tempo foi passando, tanto o propósito de Deus pra minha vida quanto a identidade que Ele havia formado em mim, ficava cada vez mais clara, mais evidente, e isso passou a ser uma maneira de discernir as coisas.

(Fim da PARTE I – Continua no próximo texto)

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