Verbo FM

Nocauteados por nós mesmos

por Angélica Azevedo

Graduada da Escola de Ministros Rhema

“Nenhum atleta é coroado como vencedor, se não competir de acordo com o regulamento”

(II Timóteo 2.5 )

Aproximadamente um ano atrás, eu fui nocauteada por mim mesma e cheguei a cair no “ringue da vida”. Perdi a luta de alguns sonhos que pareciam estarem perto, a mim pareceu que isto ocorreu em todas as áreas.

Recebi um diagnóstico que teria de entrar na hemodiálise em menos de 24 horas. O mais difícil foi ter a consciência que estava naquela condição pela minha própria negligência de não considerar o que a Palavra de Deus instrui a respeito de que o nosso corpo é a casa do Espírito Santo.

E a pergunta que não cessava na minha mente durante todos os dias desse tempo de recuperação e isolamento – que todo atleta precisa passar para retomada de sua rotina de treinos – era: “O que fazer quando somos nocauteados por nós mesmos?”

O lutador geralmente é nocauteado por um forte impacto na cabeça ou abdômen, e isso, por vezes, significa ficar fora de ação por uma média de 8 a 10 segundos. Pode ter sido ocasionado por um despreparo físico ou por subestimar a força do adversário, negligenciando o seu próprio preparo individual e, por consequência, ele perde o equilíbrio e a consciência quando nocauteado.

No meu caso, senti a perca de todos os meus valores – do corpo (físico), da alma (emoções)  e espirito (a palavra) – não me cuidei e fui consumida por uma ativismo intenso. Pela falta de cuidado com meu corpo e minha mente, abri uma brecha para uma enfermidade física e emocional.

“O mesmo Deus da paz, vos santifique em tudo, e o vosso espírito, alma e corpo.” (II Tessalonicenses 5.3)

Existe também nocaute técnico, que é quando o juiz decide que não é mais seguro prosseguir com a luta e a decisão é tomada para proteger a integridade física do lutador. No meu caso, essa foi decisão tomada pela autoridade médica. Uma coisa era certa, eu não tinha mais condições de me manter no ringue e a sugestão era que precisava entregar o cinturão ao adversário por conta dos relatórios que não eram nada favoráveis.

Imediatamente foi necessário a tomada de uma decisão que só a Palavra era capaz de reverter. Sem cogitar, me levantei com o Espírito da Fé, que habita em mim, e declarei a palavra com toda convicção que “ Não morreria, antes viveria e contaria os feitos do Senhor na minha vida”. ( Salmos 118.17)

Na época, foi a decisão mais difícil que precisei tomar para retornar mais forte e mais consciente das negligências causadas pelas minhas próprias escolhas. Precisei me afastar de todas as atividades que exercia, a profissional e o serviço na igreja. Foi um período muito difícil, mas necessário.

O entendimento da minha responsabilidade foi fundamental para recomeçar através das poderosas ferramentas que tanto me ajudaram a me reerguer novamente. Agora, minha vida retorna ao foco, às metas e, principalmente, aos sonhos de Deus. Estou voltando com mais intensidade com a Palavra e o Espírito.

E, como todo lutador que perde seu cinturão, hoje, nada mais importa para mim a não ser trazer de volta para a minha sala dos troféus esse cinturão que para mim representa as promessas de Deus para a da minha vida. Isto através da visão positiva de futuro que Deus tem para mim e um equilíbrio ajustado e aplicado em todas as áreas da vida.

“Portanto, Deus não nos concedeu espírito de covardia, mas de poder, de amor e equilíbrio”. ( II Timóteo 2.7 )

Depois de um ano, estou de volta para glória de Deus aos ringues da vida; com todos os recursos favoráveis para recomeçar mais um combate de forma organizada, junto com os princípios e valores do meu Deus que nunca deveria ter negligenciado. Tem sido através do Espírito da FÉ que, todos os dias, me levanto com a convicção que em tudo eu sou mais do que vencedora em Cristo Jesus.

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