Verbo FM

A urgência do estudo apropriado da Palavra de Deus

por Gabriell Stevenson (Recife-PE)
*Graduado do Centro de Treinamento Bíblico Rhema em Boa Viagem, Recife-PE

Há muito tem havido um movimento contrário ao estímulo dos estudos sistemáticos da Palavra de Deus infiltrando-se na Igreja de Cristo, sobretudo naquelas que creem na continuidade e totalidade dos dons espirituais e ministeriais.

Estimular a busca pelo conhecimento adequado e real das Escrituras tende a incomodar alguns e desmotivar outros. E é fato que ministrações sobre prosperidade, cura, fé e outros temas semelhantes tendem a ser recebidos de forma mais entusiasmada.

Não quero, com isso, apontar que esse ou aquele tema é mais importante. Tudo que é ensinado nas Escrituras é de suma importância para nosso aprendizado enquanto filhos do Deus Altíssimo, caso contrário, não estaria lá para nós.

Todavia, é necessário sempre trazermos a memória que o estudo das Escrituras é um tema tão urgente quanto esses. Afinal, como poderíamos tratar de qualquer um deles sem o estudo adequado daquilo que ensina a Palavra?

Mas, não podemos ser tão dependentes da Bíblia. Precisamos ser mais dependentes do Espírito Santo”. Essa é uma afirmação que já ouvi algumas vezes, fruto de uma interpretação equivocada das realidades espirituais; e que pode representar um grave perigo para a Igreja.

Pense comigo: Se as Escrituras Sagradas não são tão importantes, então elas não são tão
necessárias. Se não são tão necessárias, não são tão úteis. Se não são tão úteis, Deus fez algo parcialmente inútil. Quem ousará dizer isso ao Senhor?

Endosso que não apenas podemos como precisamos nos tornar totalmente dependentes das Sagradas Letras. E são os Mestres quem, geralmente, estimulam o Corpo de Cristo a se dedicarem ao estudo adequado e sistemático da Palavra de Deus.

O motivo disso, porém, não é por serem “mais racionais”, “frios espiritualmente”, ou outra acusação semelhante. O fazem por entenderem que o próprio Deus, através de sua Sagradas Escrituras, exige isso de seus filhos. Vejamos alguns exemplos abaixo:

“Não se aparte da tua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido” (Josué 1.8 – AA)

“E logo, de noite, os irmãos enviaram Paulo e Silas para Beréia; tendo eles ali
chegado, foram à sinagoga dos judeus. Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque receberam a Palavra com toda avidez, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim” (Atos 17.10-11)

“Ora, irmãos, estas coisas eu as apliquei figuradamente a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, de modo que nenhum de vós se ensoberbeça a favor de um contra outro” (I Coríntios 4.6 – AA)

“Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema” (Gálatas 1.8 – AA)

“Portanto tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, permanecer firmes… Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus” (Efésios 6.13-17 – AA)

“… isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (I Timóteo 2.3-4 – AA)

“Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra” (II Timóteo 3.16-17 – AA)

Como podemos meditar na Palavra dia e noite (Js 1.8) se não a lermos e estudarmos antes? Através de que nos tornaremos cristãos mais nobres (At 17.10-11) se não conferimos nas Escrituras – especificamente, e não em livros, apenas – aquilo sobre o que somos ensinados? De que modo teremos confiança doutrinária (I Co 4.6; Gl 1.8) se desprezamos os estudos Bíblicos?

De que forma resistiremos no dia mau se nos esquecermos da espada do Espírito, que é a Palavra de Deus (Ef 6.13-17)? Como atingiremos a plena vontade de Deus sem que antes cheguemos ao pleno conhecimento da verdade (I Tm 2.3-4), ainda mais sabendo que a sua Palavra, tanto em Cristo, quanto escrita, é a verdade (Jo 17.17)?

E qual será a maneira de nos tornamos homens e mulheres de Deus perfeitamente preparados para toda boa obra (II Tm 3.16-17) se não entendermos de uma vez por todas que o conhecimento das Sagradas Letras é indispensável?

O estudo adequado e sistemático da Bíblia deve, portanto, ter o seu lugar nas igrejas. Os ministros, mais que todos os outros, devem manusear bem a Palavra de Deus e devem estar sempre preparados para responderem questionamentos, ensinarem, admoestarem e destruírem sofismas com precisão e temor diante de Deus (II Co 10.5; II Tm 2.15; Tt
1.9; I Pe 3.15).

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