Verbo FM

Vencendo a Si Mesmo

ravineRavine Keidann

Professora do Rhema Brasil

Uma das formas de um crente frutificar no Reino e ser uma bênção na caminhada cristã, especialmente no relacionamento interpessoal é desenvolver um estilo de vida baseado no autocontrole. Também conhecido como domínio próprio ou temperança, o fruto do espírito recriado é evidente quando convivemos com alguém que o manifesta.

É trabalhoso, pois exige sacrifícios, muitas vezes sofrer o dano, em tempos onde a racionalidade é privilegiada ao invés do andar em amor,dependemos exclusivamente da nossa confiança na obra que o Espírito Santo realizou em nós por meio do novo nascimento, do amor de Deus derramado nos nossos corações, pelo qual a nossa fé opera.

A Bíblia diz que o fruto do espírito é:

“O amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei.” (Gálatas 5:22-23)

Muitas vezes é mais fácil pregar que Deus está no controle de tudo, até mesmo das nossas ações. Mas saiba que Deus não vai controlar a sua vida e te fazer agir da forma certa.  Você pode e deve governar a sua própria vida, ao invés de permanecer orando e pedindo para Deus te “possuir”, o impedindo ou impulsionando em alguma atitude.

O fruto do espírito não é uma obra do Espírito Santo,e sim o resultado dela. O fruto do espírito é tudo o que é produzido pelo espírito do homem recriado, pelo meu e pelo seu espírito completamente regenerados. Como novas criaturas, temos condições de andar manifestando esse fruto. Não é algo que Deus vai realizar, é o que você e eu realizamos. Ser espiritual não é apenas fluir nos dons, ou ser usado nas manifestações, frequentar uma igreja ou seminário.

A Bíblia considera um homem que pratica o autocontrole como alguém mais poderoso que aquele que domina uma cidade:

“Melhor é o longânimo do que o valente; e o que domina o seu espírito do que o que toma uma cidade.” (Provérbios 16:32)

E, de fato, se a desculpa é a nossa própria personalidade ou limitações para justificar o andar nas obras da carne, devemos recorrer com urgência ao Espírito Santo e a Palavra de Deus, compreender quem nós somos por causa do que Cristo fez, o que foi feito dentro do nosso próprio espírito.

Veremos então que essa revelação nos anima com algo muito mais poderoso, que não muda por causa das circunstâncias externas, que não muda porque acordamos de mal humor, que não muda por causa de nada que o homem venha a fazer contra nós ou em nosso favor.

Quando conhecemos e experimentamos pela prática essa realidade, mudamos a nossa disponibilidade de tempo para dedicar ao Reino. O que era impossível, difícil, trabalhoso, passa a ser prioridade, assim como Jesus ensinou:

“Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6:33)

Quando tomamos o controle do nosso próprio ser, investimos muito mais esforço pelo nosso relacionamento familiar. Paulo ensinou isso ao seu filho na fé,Timóteo,  e esse precioso conselho nos alcançou através dos séculos,  e nos parece cada dia mais atual e necessário, tendo benefícios permanentes na nossa vida particular e ministerial. Veja:

“Manda, pois, estas coisas, para que elas sejam irrepreensíveis. Mas, se alguém não cuida dos seus, e especialmente dos da sua família, tem negado a fé, e é pior que um incrédulo.” (1 Timóteo 5:7-8)

Além de privilegiar o nosso relacionamento com Deus e de prezarmos por nosso relacionamento familiar, o domínio próprio envolve também:

  • nossa diligência na meditação na Palavra;
  • uma vida de louvor;
  • dominar os sentimentos e desejos;
  • pagar as nossas contas e comprar apenas o que podemos pagar;
  • ao ser ofendido, não guardar o ressentimento;
  • ao se irar todas as vezes que fazem alguma coisa contrária a nossa vontade, não percarmos;
  • controlar o nosso apetite;
  • a disciplina na vida diária;
  • domínio dos nossos pensamentos e ações.

Além disso, precisamos constantemente vigiar a nossa intenção no coração, o qual devemos guardar, pois dele depende toda a nossa vida (Provérbios 4:23).

A palavra domínio próprio poderia ser traduzida também por moderação.  E isso já define tudo! Moderação e equilíbrio devem nos acompanhar em cada ação, intenção ou pensamento. Sem esse esforço para aplicar esses princípios em nossa vida, ela se torna natural e carnal, como a de qualquer outra pessoa. Dependa do Espírito Santo, aja de acordo com a sua nova natureza, seja frutífero!

1 Comentário

  • A paz do Senhor Jesus!

    Esse estudo não é extenso, porém nem o precisa ser, pois conseguiu transmitir diversos pontos chaves sobre os ensinamentos bíblicos da Palavra de Deus. Certamente que tal ciência e entendimento não seria por esse estudo demonstrada se não o fosse pela Graça de Deus!

    Que Deus possa continuar derramando da Sua Graça sobre o seu ministério.

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