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Entrevista: Missionária graduada no Rhema EUA compartilhou experiências

2016_entrevista_deta_muller02Natural do Bahamas, a missionária Deta Miller, atualmente reside no Canadá e congrega na igreja liderada pelo missionário da Agência de Missões Verbo da Vida, Pr. Delson Monteiro. Recentemente, ela esteve no Brasil visitando alguns estados. E concedeu uma entrevista exclusiva para o nosso Portal, confira:

Para começar, conte-nos um pouco da sua história. Como nasceu o desejo por missões?

Eu tenho 45 anos, e nasci de novo em outubro de 1985, com 15 anos. Eu estava em um culto de avivamento e me senti pronta para ir, e minha vida não é mais a mesma desde então.

2016_entrevista_deta_muller03Logo que me converti, já me envolvi em missões e evangelismo. E desde os 15 anos de idade, tenho ido a viagens missionárias. O único tempo em que eu não estive envolvida em viagens missionárias foi quando eu estava na faculdade. Comecei indo para as ilhas ao redor das Bahamas e depois eu fui avançando para o Caribe, depois para a África. Eu liderei times e acompanhei alguns times de viagens missionárias. Então, minhas férias sempre foram para viagens missionárias. Eu respiro missões!

Eu me mudei para o Canadá porque percebi uma direção do Espírito para isso. Mas, tudo começou porque eu estava envolvida em um relacionamento e ele acabou. Nós estávamos planejando mudar para o Canadá. Quando o relacionamento acabou, eu estava destruída. E acordei em uma noite chorando e o Senhor me perguntou por que aquela visão teria que acabar também. Então, eu sabia que eu ainda deveria ir para o Canadá. Comecei a fazer planos para me mudar e Deus abriu portas, chegou o suprimento financeiro e eu pude ir para estudar em uma universidade.

2016_entrevista_deta_muller04Estou lá há 3 anos. Eu tive uma transição no meu visto, passando de estudante para trabalhadora. Agora, eu sou uma clérica  (ministra do Evangelho). E estou no processo de pegar o visto de residência.

E como é estar longe da família?

Toda a minha família está em Bahamas, e eu me lembro que na época da faculdade algumas pessoas me falavam o quanto eu era corajosa de ir lá sozinha. Mas, para mim era só obediência. Têm épocas em que eu estou: “Ah Senhor, que falta eu sinto da minha família”, mas no final do dia eu estou no propósito e é isso que importa.

2016_entrevista_deta_muller05No Canadá, você está servindo na igreja junto com o pastor Delson Monteiro. Como está sendo este tempo?

Eu amo servi o pastor Delson. Servi-lo era algo marcado. Quando eu fui para o Canadá eu estava na costa Leste e, a colônia britânica está na costa Oeste. Então, mesmo antes de eu me mudar para o Canadá, eu me registrei na colônia de trabalhadores na faculdade, porque o Senhor me ajudou a descobrir que existia uma colônia britânica. Eu vi na internet o pastor Brad, que também é um graduado do Rhema, e eu reconheci o rosto dele da época em que eu estudava no Rhema. Então, eu fui para a igreja porque eu o reconheci.

Quando cheguei lá, descobri que ele estava saindo da igreja e que o pastor Delson iria assumir a liderança. Naquela época eu ainda não havia decidido em qual igreja ficar. Estava indo em uma igreja tinha uns 3 ou 4 meses. Mas, a igreja era muito grande e eu não tinha sentido que era ali que deveria ficar, até então.

2016_entrevista_deta_muller10Conversei com Patrícia, esposa do Pr. Delson, e ela contou sobre a visão que eles tinham para a igreja, e algo saltou dentro de mim, eu tinha a paz de que era ali que deveria ficar. Percebi que era ali que eu deveria ficar e servir. Servir aonde eles precisassem que eu servisse. No ano passado, comecei a servir com o evangelismo na igreja, mas eu estava preparada para servir no que fosse preciso.

Como foi o período em que estudou no Rhema?

Eu fiz o Rhema de 2001 até 2004. No Rhema nos EUA é um pouco diferente do Brasil. Meu primeiro ano foi normal, mas no segundo ano eu foquei em Evangelismo. E quando estava no segundo ano o Senhor me levou a fazer um terceiro ano, que foi Missões. Quando Ele falou comigo eu disse: “oh eu não tenho dinheiro, mas ok!”, isso foi há muitos anos e eu completei o Rhema e o Senhor proveu tudo para mim.

2016_entrevista_deta_muller08Lembra de algo que marcou você nessa época em que era aluna do Rhema?

Existem algumas coisas que me marcaram, mas algo foi muito forte. Em I Tessalonicenses capítulo 5:24, diz:“fiel é aquele que me chamou e que é capaz de cumprir”. Uma literatura diz: “Se Deus te manteve aqui, quando você for para o ministério ele vai te manter, ele vai te prover”. E nos anos que eu estive fora do Rhema fui lembrada disso. Meu tempo no Rhema também foi um tempo de construção de fé. Porque, como eu te disse, no terceiro ano eu não tinha dinheiro, então todos os dias foram dias de fé para mim, dias de construir a fé. Meu tempo lá me impulsionou a ser uma pessoa de fé. Até entender que o que eu faço, ou o que eu tenho, não é natural. Igual quando eu me decidi que iria mudar para o Canadá. Porque eu senti que era isso que eu deveria fazer. Eu não vou dizer que o Rhema gerou fé em mim, porque eu já tinha antes. Mas, ele me ajudou a fortalecer essa fé que eu já tinha. Porque o Rhema é uma escola de fé. Nós vivemos por fé.

2016_entrevista_deta_muller07Pela primeira vez no Brasil, visitando vários estados, como foi essa experiência?

Oh, eu amo o Brasil! O tempo passou muito rápido, eu peguei o calendário outro dia e pensei: “Meu Deus o tempo voou!”. Eu falo com alguns amigos meus das Bahamas e eles estão me questionando se estou em uma viagem missionária ou de férias. Porque eu fui muito abençoada aqui, foi um tempo muito bom.

Eu cheguei dia 2 de março, estava em Guarulhos, passei por São Paulo, Manaus, João Pessoa, Campina Grande. Tive a oportunidade de ministrar em muitos lugares e eu gosto disso, porque acredito que quando você está no campo missionário deve trabalhar.

2016_entrevista_deta_muller06Ministrei para crentes e crentes, vimos também algumas almas vindo para o reino de Deus, e muitas pessoas sendo curadas. Em todas as cidades que eu passei, Deus ministrou cura para as pessoas, e recentemente em Campina Grande.

Foi maravilhoso. Deus é bom e Ele tem feito coisas maravilhosas. Quando ia para a cama à noite eu estava exausta. Mas, se não fosse assim, não teria valido a pena.

O que você tem no seu coração sobre o Brasil?

Quando eu estava me preparando para vir ao Brasil, estava orando por um reavivamento com relação aos jovens, para que eles experimentassem o todo de Deus. E o desejo do meu coração é que exista um quebrantamento no povo brasileiro e, mais especificamente, nos jovens. Eu acho que meu coração é voltado para jovens, porque quando eu fui salva tinha um grupo nosso que a gente saia todos juntos e nós nos encorajávamos para estarmos famintos por Deus, nós orávamos juntos, jejuávamos e tínhamos o desejo por Deus. E hoje em dia, eu não vejo esse desejo nos jovens, era por isso que eu orava antes de chegar no Brasil.

2016_entrevista_deta_muller09Então eu encorajo você a encorajar os jovens. Existe muita coisa que Deus quer fazer através deles, e às vezes, eu penso que eles não entendem o que eles podem fazer por Deus. Eu acho que agora as pessoas estão mais abertas para ver o que Deus pode fazer através de jovens do que na minha época. Então, minha oração vai continuar sendo por esse avivamento aqui. Porque Deus tem chamado pessoas de todas as nações. Então, porque não eu? O que eu quero dizer é que os jovens devem ter essa atitude. De que se Deus vai usar pessoas então: “Me use”, essa tem sido a minha oração.

Quais suas expectativas para este ano?

Já que eu sou do clero no Canadá, isso significa que eu não estou trabalhando e eu sou livre para ir. No final do ano passado e início desse ano, eu disse para o Senhor: “quando eu trabalhava eu só podia fazer viagens missionárias de até duas semanas, então agora que eu não estou trabalhando, e, eu estou no ministério integral, então eu tiro seis semanas de uma vez, várias vezes por ano”.

Nesses dias, eu tenho duas semanas para passar nos EUA, em vários estados, e em Novembro eu vou para a África do Sul, e agora eu estou indo com a minha mãe na fé, e ela ia ficar uma semana, mas eu pedi para ela ficar por mais tempo, mas eu também falei com um ministro que está com um desejo de ir para as Bahamas para ministrar, então o plano é alternar entre cultos pela manhã e pela tarde, não temos as datas ainda mas talvez em julho ou agosto, mas eu estou aberta para ouvir a qualquer tempo: “Deta vá”, e eu vou. Não tem razão para que eu fique em casa sentada.

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