por Marcelo Saraiva

É nossa responsabilidade afoguear e influenciar aqueles cristãos que são salvos, mas que precisam crescer no conhecimento da Palavra. Todo genuíno avivamento começou com a revelação da Palavra de Deus. Martinho Lutero teve a revelação de que a salvação vem por fé.

Da mesma forma, na Rua Azuza, eles tiveram a revelação sobre o batismo no Espírito Santo e vemos um grande avivamento. A filiação em Deus não aumenta com o passar do tempo; porém, o que vai aumentar é o conhecimento dos filhos de Deus sobre a Palavra e, com ela, a revelação da justiça de Deus. 

“Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo” (Romanos 5.17).

Vamos para este exemplo: quem nasce no Brasil é brasileiro; assim, quem nasce no Reino de Deus é cidadão do céu. A Bíblia fala sobre a circuncisão do judeu, que acontece no seu corpo, ao passo que o novo nascimento é a circuncisão no Espírito. Isso significa que houve uma mudança completa por dentro, mas nada por fora. A justiça é uma dádiva, um presente que nos foi dado. No entanto, o que acontece hoje é que há pessoas que nasceram de novo e não estão vivendo em novidade de vida porque lhes falta conhecimento. A justiça de Deus é uma revelação. Deus espera que nós andemos como Ele andou. 

“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé” (Romanos 1.16,17).

Paulo se refere, no versículo acima, à revelação neotestamentária. A nossa leitura tem que se basear imprescindivelmente no Novo Testamento. Isso não exclui o Antigo, mas precisamos ter a base do novo. Quando lemos os Evangelhos e as cartas, teremos a revelação do que Jesus disponibilizou a cada filho de Deus. 

“Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração. E é por Cristo que temos tal confiança em Deus; não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus, o qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica. E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, como não será de maior glória o ministério do Espírito? Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça” (II Coríntios 3.3-9).

É no Evangelho que se revela a justiça de Deus. Paulo, nesse texto, faz um destaque às diferenças das alianças. A letra a que Paulo se refere no texto acima é a lei mosaica, e não ao conhecimento da Palavra. O Novo Testamento é o ministério do Espírito e da justiça, e ele é superior à aliança mosaica. É por isso que é necessário que o cristão leia muito mais o Novo Testamento, para crescer no conhecimento do que Cristo fez por ele. 

“Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas” (Hebreus 8.6).

“Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam” (Hebreus 10.1)

O que Jesus Cristo disponibilizou para nós é mais útil, proveitoso e superior do que o que os profetas, reis e sacerdotes do Antigo Testamento desfrutaram. Nunca houve alguém mais obediente, consagrado e consciente da vontade de Deus do que Jesus. Quando nós olhamos para o Evangelho, é revelada a justiça de Deus através de Jesus Cristo.

O sangue de Jesus tem poder e já nos purificou. Os apóstolos não pregavam um Evangelho de miséria. Porém, é necessário prosseguir em conhecer a Palavra de Deus para ter a revelação sobre a qual os apóstolos andavam. Toda vez que Jesus falou sobre oração, Ele injetou fé e confiança. Quando temos a revelação da Justiça de Deus, até a forma de orar muda.

Nenhum cristão tem o direito de dizer que é pecador, pois a Bíblia já diz que Jesus se fez pecado para que sejamos justiça de Deus. Se todos os cristãos tivessem andando nessa revelação, haveria um avivamento global. Se eu sou justo, limpo e purificado por causa de Jesus, é normal andar como Ele andou e fazer o que Ele fez. Os frutos da justiça são o resultado do que Jesus fez. Você não é igual às pessoas do mundo. Houve uma mudança de senhorio na sua vida. Existe uma diferença entre justos e ímpios.

“Para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna” (Tito 3.7).

“Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação. Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento. Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus” (Romanos 10.1-3).

Você considera que os judeus eram zelosos por Deus? Sim, e como eram! Porém, uma pessoa zelosa por Deus, mas sem revelação, se tornará fanática. Os judeus desconheciam a justiça de Deus e tentavam ser justificados pela lei mosaica, alcançando um extremo zelo pela lei. Uma pessoa sem o conhecimento da justiça de Deus, irá estabelecer a própria justiça com a intenção de ser justificada. Adão e Eva, quando cobriram a sua nudez com folhas, fizeram isso como um ato de justiça própria e não foi adequado. Deus, no entanto, os cobriu com pele de animal.

A palavra remissão significa, no grego, “cancelamento completo como se nunca tivesse acontecido”. A Bíblia fala que Ele nos redime, Ele apaga tudo o que fizemos no passado. Somos uma nova criação justificados pela fé em Cristo. Podemos andar em segurança e sem complexo de inferioridade.  

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