A pressão é um trampolim

A pressão é um trampolim para o novo de Deus na sua vida, é uma oportunidade de crescimento, de ajustes, de conhecermos mais o coração de Deus. Duas pessoas passam pelo mesmo problema, uma reage em desespero, a outra percebe que a pressão pode ser uma chance de começar algo novo!

Precisamos enxergar as situações do dia a dia da forma correta, como Deus vê. Ele não vê como algo grande e intransponível, e, sim, como inimigo vencido. Davi, diante de Golias, não prestou atenção ao tamanho dele, mas unicamente ao que ele ganharia caso derrotasse aquele gigante. Golias era o trampolim para Davi entrar em algo novo, fazer parte da família real, e nunca mais pagar imposto. Davi reconhecia a grandeza de Deus em sua vida, e não a altura e largura do gigante, e, por isso, Golias caiu diante dos seus pés.

Todos os filhos de Deus espalhados pelo mundo passam diferentes pressões. Às vezes, pensamos que somos as únicas pessoas que estão vivendo desafios, mas não é assim que funciona, circunstâncias surgem para todos, algumas em níveis mais elevados, outras um pouco mais simples.

Mas, independentemente da intensidade, todas as pessoas passam por pressões, e precisam tomar decisões assertivas. Entram em desespero e colapsam, ou decidem crer na Palavra de Deus, e usam a pressão com um trampolim para conhecer o Senhor, e saltar muralhas.

De Gênesis a Apocalipse, homens e mulheres enfrentaram situações excruciantes, mas não desistiram, confiaram no Senhor de todo coração, sem negociar a Palavra de Deus. Eles não temeram pela própria vida, não tinham medo do fogo da pressão, mas amavam a Deus acima de seu bem-estar. Cada obstáculo era uma oportunidade de permanecer firme na Palavra, de maneira que os incrédulos reconhecessem que eles eram crentes de verdade, e que jamais negociariam a poderosa Palavra de Deus.

Podemos ver essas marcas de firmeza na vida de Sadraque, Mesaque e Abdenego, que não se curvaram à estátua de Nabucodonosor. Em razão disso, foram lançados na fornalha aquecida sete vezes mais. Responderam Sadraque, Mesaque e Abede-Nego ao rei: “Ó Nabucodonosor, quanto a isto não necessitamos de te responder. Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste. Então, Nabucodonosor se encheu de fúria e, transtornado o aspecto do seu rosto contra Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, ordenou que se acendesse a fornalha sete vezes mais do que se costumava” (Daniel 3.16-18).

É incrível a fidelidade desses rapazes!. Eles estavam dispostos a morrer pelo Senhor, só não estavam dispostos a abrir mão de sua vida de comunhão com o Pai. Eles não tinham medo do fogo, por isso que ao serem jogados na fornalha, Deus deu-lhes livramento, entrou com eles, soltou-lhe as amarras dos pés, dançou e celebrou com eles. O próprio Nabucodonosor ficou estarrecido, e disse que o Deus dos três rapazes seria reconhecido em toda terra.

Falou Nabucodonosor e disse: “Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que confiaram nele, pois não quiseram cumprir a palavra do rei, preferindo entregar o seu corpo, a servirem e adorarem a qualquer outro deus, senão ao seu Deus. Portanto, faço um decreto pelo qual todo povo, nação e língua que disser blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego seja despedaçado, e as suas casas sejam feitas em monturo; porque não há outro deus que possa livrar como este” (Daniel 3.28,29).

A pressão chamada fogo foi uma oportunidade para a glória de Deus ser reconhecida na Babilônia, um trampolim para os três rapazes brilharem em meio às trevas. Podemos usar toda oposição e pressão como uma oportunidade de exaltarmos a Palavra de Deus, de brilharmos numa vida sem queixas e murmurações. Desse modo, mesmo que sejamos jogados na fornalha, o Quarto Homem sempre estará conosco, dançando e celebrando a verdade da Palavra, e sairemos do fogo sem cheiro de fumaça, porque a pressão não deixará traumas em nossa vida, e, sim, um testemunho poderoso dos livramentos de Deus.

Precisamos ter o coração como de criança, com uma confiança inabalável em nosso Pai, de tal maneira que, venha o que vier, levante-se o inferno que for, não iremos parar. E isso não é mérito nosso, seremos imparáveis porque somos Filhos de Deus, Ele é poderoso, magnífico, e nunca muda de opinião. Cada palavra que Ele lançou sobre a nossa vida será cumprida, só precisamos nos render à Sua presença e amadurecermos. A pressão é um trampolim para uma nova estação!