No meu entendimento, a diferença está na percepção do coração da ovelha, pois, às vezes, entristecida por algumas situações, só necessita de um braço estendido para restaurá-la. Pode ter entrado em um processo de afastamento, mas no fundo do seu coração ela clama por socorro, ao ponto de deixar-se ser conduzida nos ombros do pastor, demonstrando, assim, uma condição de humildade.
Todavia, existem alguns casos em que aquele coração não quer atentar para os conselhos e, por mais que o pai inicialmente possa ter tentado impedi-lo de seguir o caminho de afastamento, libera-o para seguir suas escolhas. Isso não quer dizer que o pai não o ama. Pelo contrário, o ama tanto que é capaz de, ao visualizar o passo de arrependimento e retorno, levantar-se, indo ao seu encontro e fazer uma festa. É importante, também, perceber que o coração do pastor/pai está movido de íntima compaixão, entendendo a hora certa de agir para restaurar.
“Atentai para a minha repreensão; eis que derramarei copiosamente para vós outros o meu espírito e vos farei saber as minhas palavras. Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a mão, e não houve quem atendesse; antes, rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão; também eu me rirei na vossa desventura, e, em vindo o vosso terror, eu zombarei, em vindo o vosso terror como a tempestade, em vindo a vossa perdição como o redemoinho, quando vos chegar o aperto e a angústia. Então, me invocarão, mas eu não responderei; procurar-me-ão, porém não me hão de achar. Porquanto aborreceram o conhecimento e não preferiram o temor do SENHOR; não quiseram o meu conselho e desprezaram toda a minha repreensão. Portanto, comerão do fruto do seu procedimento e dos seus próprios conselhos se farta- rão. Os néscios são mortos por seu desvio, e aos loucos a sua impressão de bem-estar os leva à perdição. Mas o que me der ouvidos habitará seguro, tranqüilo e sem temor do mal” (Provérbios 1.23-33 – RA).