A má utilização do idioma torna-se um grande ruído na comunicação. Quando falamos de ruídos, normalmente pensamos em chiados ou barulhos que podem ser emitidos pelo equipamento de som, outros equipamentos ou até mesmo pessoas, durante a preleção. Mas ruído em comunicação vai além disso. Na verdade, ele é todo fator que impede a clareza na comunicação.
Um preletor que não domina as regras básicas de concordância nominal, concordância verbal e gramática, tem dificuldade para ser compreendido. Muitas vezes, o ouvinte passa a deter-se muito mais nos erros de português do que na mensagem como um todo.
Algumas recomendações:
Segundo o dicionário Michaelis, pleonasmo é: “a repetição, no falar ou no escrever, de ideias ou palavras que tenham o mesmo sentido. É vício quando empregado por ignorância ou inconsciência: Subir para cima; é figura quando propositado, para dar força à expressão:Vi com meus próprios olhos”. Muitas vezes, o ser redundante trará um cansaço e uma ideia de prolixidade, algo sem consistência, coerência e consequentemente a perda da credibilidade com o público.
O zelo com o uso das palavras deve estar presente, exatamente para que você não baixe o nível de suas ministrações. Não devemos utilizar linguagem vulgar em nossas ministrações, nem “falar difícil” dificultando o entendimento das pessoas.
Devemos ter a sensibilidade de adaptar a nossa linguagem ao público para o qual estamos falando. A idade e o nível sociocultural dos ouvintes deverão ser respeitados. Em alguns casos, esta inadequação traz muitos problemas ao ministro, pois imagine um preletor falando a formandos de uma universidade, num culto ecumênico, utilizando gírias e/ou jargões religiosos como: “E aí galera, tá tudo em cima?”, “Tá amarrado, esse capiroto!”, “Qual é mermão, você não está feliz?”, “Só no chalamanaias”… Desastre total na comunicação!
Precisamos entender que existem vários tipos de situações e para cada uma delas necessitamos estar devidamente adequados, não somente nos aspectos da vestimenta, mas também, no plano da linguagem e comportamento.
Trecho extraído do livro: “vou ministrar a palavra. E agora?”