por Dione Alexsandra
Recentemente, li um livro marcante e quero destacar no texto de hoje alguns dos trechos dessa obra: chama-se “A dor da liderança” de Samuel R. Chand
Trechos do Capítulo – “Parceiros de dor”
“Quando preciso de gasolina para o meu carro, vou a um posto de gasolina. Quando preciso de comida, vou a um restaurante. Todo líder precisa perguntar: “Quem está enchendo meu tanque emocional? Quem está dando-me o sustento de esperança, alegria e compreensão?
Líderes precisam desesperadamente encontrar alguém que não tenha agenda, exceto para ouvir sem julgar e amar sem nenhum compromisso.
Quase três dentre quatro pastores dizem que pensam regularmente em deixar o ministério, muitos porque não têm um amigo íntimo. Apenas alguns foram solitários durante toda a vida. A maioria deles teve conexões maravilhosas e significativas no passado, mas algo aconteceu: as pessoas se afastaram, o estresse do trabalho sugou o tempo e a vida de um ou outro, ou de ambos, as pessoas ficaram muito ocupadas e pararam de ligar e de tomar um café juntas, um simples mal-entendido cresceu em uma cisma irreparável, ou a traição quebrou um vínculo de confiança. Seja qual for a causa, a maioria dos pastores não têm alguém em que possa apoiar-se, nenhuma válvula de segurança, nenhum ouvido compreensivo e nenhum ombro em que possa chorar.
A dor só pode ser gerenciada em uma comunidade confiável, afirmativa e honesta – não necessariamente uma grande comunidade, mas, pelo menos, algumas pessoas que realmente entendem. A maioria dos líderes têm de suportar tempestades sazonais que duram um pouco e, em seguida, se dissipa. Para os pastores, no entanto, as tempestades nunca param. As torrentes continuam chegando. Sem uma comunidade forte e favorável, os pastores desaparecem sob a pressão. Considere as seguintes questões:
- Quem em sua vida “entende você” e não acha que você é fraco ou estranho quando luta com as complexidades do seu papel?
- Quem o ouve sem se sentir obrigado a dar conselhos?
- Quem faz perguntas secundárias e terceiras para ajudar você em vez de dar respostas prontas, prescrições simples e fórmulas fáceis?
- Quem é seu porto seguro com o qual você pode ser completamente honesto e aberto?
- Quem enche seu tanque espiritual e emocional?
A resposta a essas questões identifica seu parceiro de dor – um amigo mais querido.
Quem são seus amigos? Com quem você pode conversar?
Conheci líderes que sobreviveram sem amigos, porque tinham força de vontade para continuar aparecendo dia após dia, mesmo que estivesse sempre de guarda em cada relacionamento. Porém, nunca conheci líder que tenha prosperado em seus papéis, em suas famílias ou em suas vidas pessoais sem ter, pelo menos, alguns amigos confiáveis. Um cônjuge pode ser um incentivador maravilhoso e um fã número 1 do líder, mas os líderes da igreja precisam de pelo menos dois que estejam carregando cargas similares e que compreendam a complexidade do papel.
Em outras palavras, se você não tem um ou dois amigos, provavelmente não vai durar muito. E se enfrentar isso com força de vontade, você não terá recursos emocionais para realmente se conectar com as pessoas. Você será um casco vazio passando pelos movimentos.
Alguns líderes do ministério insistem: “Tudo o que eu preciso é Deus, Deus e eu (…) isso é abundante”. Sem sentido. Essa é uma declaração de arrogância ou ignorância. Deus nos fez seres relacionais – até mesmo os pastores! Para funcionar como pessoas que Deus criou e redimiu, precisamos tanto da conexão vertical com Deus quanto das conexões horizontais significativas com as pessoas.
Simplesmente, temos que encontrar pessoas que se derramarão sobre nós em vez de sempre se retirarem de nós.
Nem todos os nossos amigos são parceiros de dor. Precisamos ser seletivos. Depois de ter feito sua última refeição com Seus discípulos. Jesus foi ao Jardim do Getsêmani para orar. Na entrada do jardim, Ele disse ao grupo que ficasse, mas convidou três – Pedro, Tiago e João– para acompanhá-lo enquanto Ele enfrentava o horror do inferno que experimentaria. Eles eram Seus parceiros de dor.
Algumas pessoas fazem amigos lentamente e os mantêm para sempre; outras têm toneladas de amigos, mas eles mudam com o vento. Para os líderes ocupados e estressados, manter bons amigos é tão essencial quanto encontrar alguns amigos. Quando os relacionamentos são danificados, nem sempre podemos consertá-los, mas podemos tentar. Para isso precisamos de honestidade, perdão e investimento nas amizades.
Nunca conheci líder algum que tenha prosperado – em seus papéis, em suas famílias ou em suas vidas pessoais – sem, pelo menos, alguns amigos confiáveis, seus parceiros de dor, nos quais ele pode confiar.”
1 Comentário
Quanta verdade em um texto só.