Thiago Freitas
Thiago Freitas
Professor Centro de Treinamento Bíblico Rhema

Para muitos, existe uma maneira de considerar o futuro do mundo. Ela tem sido confundida com a esperança cristã, porém não chega nem chega perto da imagem oferecida pelo Novo Testamento: O MITO DO PROGRESSO.

Políticos, jornalistas, comentaristas políticos e muita outras pessoas ainda acreditam nesse mito, recorrendo a ele, nos incentivando a considera-lo seriamente. Eu penso, que são como pessoas remando num barco, tentando chegar à praia, enquanto a maré os empurra para mais longe, em direção ao alto mar.

A ideia de que o projeto humano continuaria a crescer e a se desenvolver, levando a um progresso ilimitado em direção à utopia, remonta à Renascença e teve seu impulso no Iluminismo europeu, no século 19, quando a combinação entre os avanços científicos e econômicos de um lado, e as liberdades democráticas e a disseminação da educação de outro, produziu um forte sentimento de que a história estava caminhando a passos largos na direção de um alvo extraordinário. A prosperidade se propagaria a partir da Europa e da América, alcançando o mundo.

De acordo com essa visão, os seres humanos estão evoluindo em direção a esse alvo. O mundo está a nossa disposição para ser descoberto, explorado e desfrutado. Em vez de depender da graça de Deus, os seres humanos desenvolverão seus próprios potenciais por meio de educação e esforço pessoal. A ciência e tecnologia transformarão a matéria-prima, desse mundo, no material da utopia. O sonho utópico não passa de uma imitação genérica da visão cristã.

O problema com o mito do progresso é que, ele não sabe lidar com o problema do mal. Ele não consegue desenvolver uma estratégia que busque uma solução para esse grave problema. É por isso que todo otimismo evolucionista, dos últimos duzentos anos, permanece impotente diante das guerras mundiais, do aumento da criminalidade, do tráfico de drogas, das mortes em Auschwitz, da discriminação racial, da pornografia infantil entre outros problemas. Além de não conseguirem explicá-las, também não conseguem erradicá-las. Como oferecer solução satisfatória para toda a maldade cometida? O mito do progresso fracassa porque ele, na verdade, não funciona; porque ele é incapaz de resolver o mal cometido. Só no cristianismo faz algum sentido afirmar que os problemas do mundo não se resolvem pelo esforço para alcançar a luz, mas pelo Deus criador descendo às trevas para resgatar a humanidade e o mundo, de sua triste condição.

Os cristãos primitivos não acreditavam em “progresso”. Eles sustentavam uma visão bem diferente. Eles acreditavam que Deus realizaria em todo o cosmo a mesma obra que havia realizado em Jesus na sua ressurreição. O que o mundo aguarda, ou pelo menos nós cristãos? A redenção!

Redenção é libertar o que está escravizado. A redenção envolverá, por fim, não apenas o espírito, mas uma vida em um novo corpo. Resultará na transformação da própria criação.

Redenção não é uma forma de tornar a criação um pouco melhor, como poderia sugerir algum evolucionista otimista. Redenção implicará na renovação da criação, tratando o mal que a desfigura e corrompe. Isaías oferece um vislumbre do futuro. No capítulo 11, antecipando as passagens que falam sobre a “nova criação”, e nos capítulos 65 e 66, o profeta declara que “a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Isaías 11.9).

Trata-se de uma declaração extraordinária. Como as águas podem cobrir o mar? Elas são o mar. Deus pretende inundar o universo dele mesmo; como se o universo, o cosmo inteiro, tivesse sido projetado para ser o receptáculo de seu amor. A criação como a conhecemos hoje é boa, porém incompleta. Um dia, quando todas as forças da rebelião forem derrotadas, toda a criação será inundada pela própria vida de Deus. Em Apocalipse 21 temos a imagem de um casamento. A nova Jerusalém que descerá do céu, como uma noiva adornada para seu marido (Apocalipse 21.2-3). O “céu” (tabernáculo do próprio Deus) descerá do céu para a terra, e ambos darão um abraço eterno. Deus será tudo em todos (1 Coríntios 15.28).

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