“Metade dos nossos erros na vida nasce do fato de sentirmos quando devíamos pensar e pensarmos quando devíamos sentir” (J. Collins) 

 Já ouvi de várias pessoas a pergunta: “quanto tempo você tem de casada?”, se eu respondia um ou dois anos as pessoas falavam: “ah! Então vocês estão em lua de mel… vão ver como será quando comerem um quilo de sal”. O engraçado é que a pergunta continuava com o passar dos anos. Há pouco tempo ouvi a mesma questão de uma vizinha, então eu disse que completaríamos seis anos, ela pensou e disse “pensei que estavam em lua de mel”. Não ouvi novamente que tudo mudaria quando comêssemos um quilo de sal, até porque nem me lembro o quanto já comprei de sal, mas com certeza foi bem mais de um quilo.

 Comer um quilo de sal está relacionado ao tempo que duas pessoas estão juntas, no dia a dia, fazendo as refeições e envolvidas em uma rotina. Mas, a questão é: como o comportamento dos casais pode mudar tanto ao longo dos anos?

 Que os homens são diferentes das mulheres, eu nem preciso dizer. Na verdade, Deus nos criou assim, cada um com uma característica para que, na família, o marido e a esposa ocupassem papéis distintos, mas complementares.

 Hoje em dia, os papéis estão confusos nas famílias, muitas vezes pelo fato das mulheres serem fundamentais para a renda familiar, elas precisam trabalhar fora e se organizar cuidando dos filhos, marido e da casa. Há muitos anos atrás, quando o homem saía para caçar, enquanto a mulher cuidava do lar, a diferença entre os sexos era realmente imprescindível: o homem no seu trabalho de busca pelo alimento precisava ter concentração no que estava fazendo para não deixar a caça fugir, não tinha olhos para mais nada, apenas com o foco no que seria seu jantar; já a mulher cozinhava, cuidava dos filhos, da casa, plantações próximas, tudo ao mesmo tempo.

 Quando Deus fez o ser humano com diferenças físicas e de personalidades, Ele sabia porque estava fazendo isto. Refletindo sobre esse histórico, você, mulher, já pode entender porque os homens têm tanta dificuldade de se ater aos detalhes ou achar a manteiga na geladeira, eles foram criados para serem práticos, objetivos e racionais. Já nós, fomos criadas para sermos sensíveis, emotivas, perceptivas e atentas aos detalhes.

 Percebendo esta diversidade, já podemos imaginar como tudo isso se mistura no casamento: o homem, sendo prático, não entende todas as necessidades da esposa, como ela acha que deveria ser, muito menos seus altos e baixos emocionais devido aos hormônios e carências. Já as mulheres, não engolem a dureza e o foco dos esposos, mas reagem e, quando eles perguntam: “o que foi? Fiz alguma coisa?”, elas respondem: “não” quando, na verdade, queriam dizer “sim”, sempre em código, esperando que seus parceiros decifrem cada olhar e levantar de sobrancelhas.

 Várias pesquisas sobre satisfação no casamento retratam essa realidade. Quando perguntam ao casal o que gera mais insatisfação, as mulheres respondem que em primeiro lugar é a falta de atenção que os maridos dão à sua aparência (não percebem que elas pintaram as unhas ou cortaram as pontinhas dos cabelos, que absurdo, não?) e, em segundo lugar, o tempo que eles lhes dedicam, pois querem mais atenção. Já os homens dizem que a principal causa de insatisfação é a oscilação de humor, ele nunca sabe ou entende o motivo da “cara feia” e muito menos porque ela o tratou mal em um determinado dia.

 Há um fato verdadeiro, quanto mais insatisfeitas no casamento, mais as pessoas atribuem a fatores externos a causa de tanto desgosto.

 Existe uma dificuldade por parte dos dois em reconhecer que o erro não está na falta de dinheiro ou na sogra, mas no casal. Entender o que é importante para o companheiro é fundamental para que vocês se aproximem, pois o sucesso do casamento está na grande descoberta: “só seremos felizes quando eu parar de buscar meus próprios interesses e satisfizer o meu parceiro”.

 Por isso, quando for tomar alguma decisão, reflita: “como ele gostaria que eu fizesse, o que o deixaria mais feliz?”. E, ao invés de punir o esposo deixando de agradá-lo ou falando em códigos, aja como ele, diga o que a está incomodando e conversem sobre como resolveriam esta situação, seja clara e objetiva. Lembre-se de que quando ele faz cara de desentendido e não se comove com o quanto você está sofrendo em determinada situação, ele não está fingindo, mas realmente ele pode não ter percebido…

 Em I Coríntios capítulo 13, Paulo escreveu sobre o amor do tipo de Deus e nos ensina como devemos pensar,  sentir e reagir, não sendo levianas e irritadas, não pensando o mal do outro e sendo verdadeiras. Espere, sofra e suporte sim, mas sempre crendo que o amor nunca falhará.

1 Comentário

  • Pois bem, gostei do seu título mas quero fazer um adendo. Comer um quilo de sal juntos não está relacionado ao sal que usam nas refeições juntos e sim aos prolemas que passarão juntos ao longo dos anos. Minha avó Maria costumava dizer que o casal precisa comer um quilo de sal juntos, ou seja, passar pelas dificuldades para depois vir o açucar. Ou seja, não é fácil comer nem uma pitada de sal que dirá um quilo… Por isso a expressaõ “Vocês precisam comer um quilo de sal juntos”

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