Você já ouviu falar em instinto materno? Que todas as mulheres tem um desejo natural de serem mães e que quando isso acontece tudo flui, o corpo colabora, a mulher está sempre alegre com a chegada do bebê e quando nasce é como se fossem velhos conhecidos? “Amor à primeira vista”.

Bem, quero dizer que isso é um mito. Sim, Deus criou a mulher para ser companheira do homem, colaborar com ele e criar uma família e, mesmo com uma sociedade exigindo que a mulher “se liberte” dessa realidade, isso já está no nosso consciente, o que poderia gerar este tal instinto. Mas o amor por alguém que não conhecemos é algo construído, como qualquer amor, não é algo instantâneo.

Podemos perceber nos animais a facilidade de cuidado desde o nascimento, como se fosse automático. O filhotinho nasce e a mãe imediatamente o limpa, o ajuda a levantar e sempre que é necessário o defende dos predadores. Isso sim é instinto maternal.

Já as mulheres estão em um contexto completo, de vários papéis misturados como o de esposa, filha, irmã, tia, profissional, etc. É possível conciliar tudo isso e ser uma boa mãe de primeira, segunda ou terceira viagem?

Que é possível nós sabemos, mas cada uma de nós, quando chegar o momento de ser mãe é que vamos entender as particularidades de uma gestação, do parto e da chegada de um bebê, afinal somos diferentes e cada uma terá uma reação diante das circunstâncias. Portanto, podemos ler vários sites, livros, consultar as amigas, mãe e avós, mas nossa experiência vai estar ligada a estrutura emocional que temos e que estamos inseridas.

Neste exato momento, estou com cinco meses de gravidez, esperando o Pedro, meu primeiro filho. Ficar grávida foi algo que desejei muito e, como psicóloga tive a ilusão que tudo seria mais fácil. Mas tive sintomas, enjoei um pouco e venho sentindo a cada dia uma mudança diferente tanto no meu corpo quanto nas minhas emoções.

Uma amiga me perguntou certo dia, se eu já me sentia mãe, esta pergunta vem sempre na minha mente e eu tenho entendido que ser mãe é uma descoberta e adaptação. Quando o bebê mexeu a primeira vez eu chorei e agora sempre que ele faz isso acho muito engraçado, isso me faz “sentir mãe”. Sei e sinto que o Pedro está dentro da minha barriga, o que me faz ser ainda mais cuidadosa com a alimentação, barriga, etc, quase “instintivamente”.

Algumas coisas podemos fazer para nos estimular como mães desde a gestação até a vida adulta do filho, para que os amemos cada vez mais, porque o amor é algo estimulado e desenvolvido por nós. Tenho imaginado como será o rostinho do Pedro e procuro conversar com ele, cantar e orar, mesmo que pareça estranho no início. Sei que esses passos são fundamentais para que eu comece um vínculo com ele. Para o bebê, essa troca com a mãe, dentro da barriga, já faz com que ele inicie seu desenvolvimento emocional. Já para a mãe, faz com que essa criança seja real e o amor comece a crescer.

Depois que nasce é um novo processo de reconhecimento e aprendizagem, mas falarei sobre isso em outro artigo.

O que quero lembra-las é que a Palavra de Deus nos exorta a amar uns aos outros, independente de quem seja e do que essa pessoa fez por nós, mas sabemos que não é o pedido mais fácil que o Senhor nos fez, esse é o mandamento mais importante e que resume todos os outros, mas Deus sabia que se não reforçasse a importância do amor talvez não valorizássemos como Ele gostaria.

E por que isso seria diferente na gravidez? Se você estava ou não esperando ficar grávida, ou se isso está ainda nos seus planos lembre-se: tudo vai ser novo, mas o processo do amor é o mesmo, você deve amar e isso vai acontecer aos poucos e na medida do seu esforço. Mas de uma coisa podemos ter certeza, vai valer a pena, pois os filhos são um presente de Deus para as nossas vidas.

“Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre o seu galardão” (Salmos 127:3)

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