por Klycia Gaudard
Todo país tem regras estabelecidas e, assim como em uma nação, há regras em uma família, bem como nos mais diversos tipos de ambientes. Por conta disso, é preciso compreender a estrutura de cada local para que a adaptação e a postura sejam adequadas. Da mesma forma, é possível observar se nestes dias, em seu território (casa e família), há segurança e se está sendo construído um bom ambiente.
É importante observar qual tipo de força e dedicação está sendo colocada no ambiente do lar. Isso já demonstra o desempenho de cada membro da família e, em muitas vezes, será preciso ceder para o bom funcionamento dela.
As decisões e opiniões também fazem parte da construção de um ambiente favorável, precisam colaborar e servir para definir a estação e os próximos passos da família. O casamento pode ser comparado a uma estrada em que duas pessoas dão as mãos e escolhem trilhar aquele caminho. Durante o percurso, podem surgir alguns problemas, adversidades ou “buracos” inesperados e, para desviar do problema, o olhar de cada um sobre a situação e sobre as opiniões precisa se completar com o do outro. Assim se obtém bons resultados e o problema não irá se tornar motivo de discórdia.
Caminhar em um mesmo sentido, pode trazer perspectivas diferentes para cada um e isso pode trazer até mesmo uma nova visão sobre o casamento e a família. Nem sempre essa nova visão traz algo bom. Por algumas vezes, as reações mudam ou criam-se muros como mecanismo de defesa diante dos conflitos.
Por isso a importância de trabalharem juntos, para que as perspectivas não criem distâncias e reações ruins, mas afinem o sincronismo entre a família.
Gálatas 5.20 e 21 diz: “Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus”.
A Palavra traz renovação e ajustes, porém há uma parte que cabe a cada um para que estes ajustes aconteçam. As inimizades, ofensas, ciúmes, ira, disputas e atitudes de punição não trazem um bom ambiente ao lar, portanto ter a atitude de torcer pelo sucesso do outro e cooperar, para que o bem prevaleça, é um dos pontos que sustenta o crescimento mútuo.
Quando o ser humano vive atitudes de risco, como tem ocorrido atualmente, as reações podem ser diferentes. É em momentos como esses que as obras da carne podem vir à tona e agravar os problemas, trazendo a hostilidade nos relacionamentos.
Vigiar os tipos de reações e não deixar que nenhuma pressão traga peso é essencial, bem como praticar o fruto do Espírito, trazem leveza no ambiente do lar.
Rick Renner fala em um dos seus livros que: “A carne prefere aumentar as proporções dos problemas e causar estragos a deixar outra pessoa fazer as coisas da sua maneira”. A carne sempre irá querer aumentar a gravidade das situações e este posicionamento não cabe àquele que nasceu de novo e já pertence a Cristo! Declare:
Eu sou o que a Bíblia diz que eu sou!
Eu posso o que a Bíblia diz que eu posso!
Eu vou fazer tudo aquilo que a Bíblia diz que posso fazer!
Na medida em que você anda no Espírito e se deixa ter os pensamentos dirigidos por Deus, as obras da carne são deixadas de lado, porque o amor já é parte do fruto do novo nascimento e deve ser exercitado constantemente. É dever de todo filho de Deus fazer crescer e desenvolver esse amor e é no ambiente da família que essa prática começa.
Em I Coríntios 13.4-7, fala sobre o amor do tipo de Deus (Ágape):
“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”
A solução para um tempo como esse é andar em amor! As pressões não podem servir para enfraquecer a fé, porque a fé não serve apenas para prosperar, mas para praticar o fruto do Espírito e se submeter à vontade de Deus.
O amor de Deus é derramado sobre todo filho de Deus e aumentá-lo é dever de todo cristão. A partir do momento em que isso se torna uma prática, as demais coisas tomam uma proporção muito menor diante do amor do tipo de Deus. Do texto sobre Marta e Maria (Lucas 10.38-39), pode ser extraída uma lição importante para as mulheres: Cristo nos chamou para aprendermos mais d’Ele e, na medida em que isso acontece, é libertador.
O ato de aprender mais sobre Deus traz a consciência de si e das atitudes que precisam ser alinhadas.
Diante deste trecho da Bíblia, Jesus demonstrou compaixão pela mulher em um tempo, no qual ela não podia parar para aprender e ser ensinada. Compaixão é um gesto que vai além das palavras e ela é estimulada por aquilo que se vê e ouve. É importante perceber, abrir os olhos para quais tipos de pressões a família tem passado, a fim de que as expressões de amor e compaixão sejam mais frequentes e sirvam como cura. Viver em compaixão, abre portas para os milagres acontecerem e ativa a criatividade dentro da família.
A compaixão que Jesus sentia, o fazia superar qualquer tipo de cansaço e o movia para realizar milagres em favor das multidões e dos discípulos que andavam com Ele. Quando Jesus multiplicou os pães e os peixes foi um ato de compaixão!
O que os filhos de Deus podem fazer é ser a resposta do amor para o coração das pessoas, e não um peso ou uma cobrança. Se há alguém enfraquecido, este aguarda uma resposta dos filhos de Deus para um tempo difícil como esse. É o amor que vem de Deus que espanta todo medo e coloca a carne no seu devido lugar: debaixo do poder e da vida de Deus.
Ser uma bênção para o outro é externar o amor de Deus e exercitar a compaixão que vem d’Ele.
É importante aumentar a sensibilidade do coração e não diminuir o que o outro sente, mas ser a resposta de Deus para os corações. Somos a manifestação do amor de Deus nesta terra.
Texto retirado do Site da Igreja Sede em Campina Grande-PB.