Delegar (Não Delargar!) Autoridade

De um lado temos os líderes que não “largam o osso”. Do outro, alguns outros líderes acham que delegar poder é deixar as pessoas se virarem sozinhas. Qual a verdade sobre isso? Quase todo mundo tem um desempenho melhor quando recebe mais orientação, instruções e suporte de alguém mais experiente.

É devastador o efeito gerado por um líder centralizador. Porém, é errado pensar que delegar é deixar as coisas correrem soltas. Um consultor na área da liderança disse: “O Segredo para delegar com eficiência é ter uma ideia precisa dos objetivos, das especificações e do cronograma.” Ao delegar, o líder não pode simplesmente se retirar de campo. Delegar demanda participação ativa.

O consultor na área de negócios e liderança Ran Charan observa: “A liderança sem a disciplina da execução é incompleta e ineficaz. Sem a capacidade de execução, todos os outros atributos da liderança ficam vazios”. Porém, a execução deve ser a tarefa do líder através das pessoas que ele inspira e lidera. Não sua individualmente.

O líder deve delegar poder adequadamente para que cada membro da equipe saiba que tarefas lhe cabem. Tom Peters diz: “É necessário fornecer às pessoas o máximo de treinamento possível, e garantir assim que tenham as ferramentas para fazer o trabalho. Mas isso não basta. O líder é quem dá direcionamento, ele precisa explicitar que espera o melhor das pessoas. É como uma escola.” E tudo começa quando você aprende a delegar (não delargar!) autoridade.

Peter Drucker, considerado por muitos como o pai da administração moderna, disse que “não se pode confundir delegação de autoridade com a abdicação de responsabilidade”. “Delegação”, disse Drucker, “requer uma maior responsabilização”. Ele também disse que “Delegação requer clara atribuição de uma tarefa específica e a definição clara dos resultados esperados e um prazo”.

As pessoas não podem simplesmente ignorar tarefas que lhes desagrada e passa-las à frente para livrar-se delas. Como disse um consultor em liderança: “Responsabilidade sem direcionamento e apoio suficientes não é poder. É apenas negligência.” Ainda ouvindo Peter Drucker, ele nos desafiava a responder três perguntas simples e essenciais na gestão de pessoas:

1. O que estou fazendo e não precisa ser feito?

2. O que estou fazendo e poderia ser feito por outra pessoa?

3. O que estou fazendo e só eu mesmo posso fazer?

Você precisa desenvolver a sua sensibilidade como líder para compreender os membros da sua equipe e buscar, na interação interpessoal, a contribuição que o grupo é capaz de oferecer.

Uma grande parte dos líderes acabam por não descobrir os talentos ocultos nas pessoas que integram a equipe e muitas delas acabam subutilizadas e desmotivadas por não terem grandes desafios. E isso também priva os membros da equipe a ter orgulho do que fazem. Afinal de contas, como você se sentiria se todas as pessoas da sua equipe atingissem seu pleno potencial?

Manassés Guerra

Do livro “Líder Para Voar” – Manassés Guerra

1 Comentário

  • Como sempre quando aborda o tema, muito bom pastorzão! Obrigado por nos enriquecer

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