O líder, como qualquer outra pessoa, tem a tendência de agir como se tudo orbitasse à sua volta. E isso não se refere apenas ao indivíduo que interfere na liberdade da equipe em fazer o trabalho do seu jeito. Mesmo quando atribui uma tarefa a um membro da equipe, por exemplo, o líder tem a certeza de que está tomando a decisão certa e de que todos compreendem claramente as suas intenções.

Se, por um lado, não deixar os membros da equipe realizar o seu trabalho com liberdade torna-se um ato egoísta e devastador, por outro lado, o mesmo dano é causado quando os líderes impõem sua vontade. De fato, o poder é sedutor e uma tentação para um comportamento corrupto e impiedoso.

Em muitos casos, o poder que um líder ostenta cada vez que ingressa em seu ambiente de trabalho é compatível com a impotência que os seus liderados sentem.

Quando existe um vazio na empatia associada ao poder e na interação entre líderes e liderados,  sérias consequências podem sobrevir, como a omissão diante do sofrimento ou a insatisfação e até o stress das pessoas que fazem o trabalho acontecer.

Muito líderes, quando mais sobem ao topo da carreira, menos empatia sentem pelo sofrimento de pessoas competentes que ficam sem oportunidade de também mostrarem seu potencial e ficam presas ao desprezo, indignidade e autorrecriminacao.

Em muitos casos os líderes podem não ser capazes de se identificar plenamente com as pessoas que lideram. E ainda que estes líderes tenham passado por pressões e situações difíceis no início da carreira, essas memórias inevitavelmente e sutilmente desaparecem.

Um exemplo dessa realidade visceral se manifesta quando os líderes submetem, propositalmente, os membros de sua equipe a situações extremamente difíceis.

O egocentrismo limita a nossa habilidade de levar em consideração o ponto de vista alheio – ou, a nossa capacidade de “estar na pele do outro”. Em consequência dessa limitação, os líderes preferem viver na “bolha” que constroem para si mesmos e assim não compreendem plenamente as palavras e reações dos integrantes de sua equipe.

Concentrar-se nos membros de sua equipe, livrando-se de suas nocivas tendências egocêntricas, é o caminho apropriado para o líder que almeja eficiência na sua carreira e o sucesso da sua equipe. Um ditado dos índios hopi reflete muito bem essa questão: “Um dedo sozinho não consegue pegar nem um grão de areia”.  

1 Comentário

  • Muiiiiiiito bom. Que instrução maravilhosa completamente livre de qualquer sofisma “gregoriano”.

    Talvez seja muito importante sua presença nas proximas conferencias e, principalmente rodando as igrejas para trazer esta luz aos lideres verbianos.

    Um abraço, que Deus o abençõe.

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