por Manassés Guerra
A conquista da excelência envolve inúmeras condições, muitas delas ligadas à realidade de cada líder. Porém, sempre envolve o caminho da humildade. Desse preceito não há como fugir. A arrogância é um dos principais inimigos do sucesso. O motivo é óbvio, uma pessoa orgulhosa e arrogante dificilmente acredita que ainda há o que aprender.
Na caminhada para o aprimoramento é preciso que o líder reconheça quando não sabe algo, ou que precisa melhorar em alguma área.
Excelência envolve aprendizado, treino e aperfeiçoamento constante. Buscar sugestões e também a contribuição de dons, talentos e a participação especializada de quem pode tornar completas a visão e a missão.
O líder precisa de especialistas para transmitir experiências de sucessos e fracassos. Essa é uma fonte valiosíssima de sabedoria, pois oferece lições importantes que podem prevenir teorias equivocadas, falhas de caráter, erros de avaliação e métodos ineficazes de trabalho.
À medida que o líder passa a ter as suas próprias experiências, e caminha em direção ao alvo, ele precisa submeter-se também à liderança de outros líderes, que podem até estar submissos à sua visão, mas equipados para fornecer o que complementa a missão. Neste processo, o líder precisa também aprender a ser criticado e questionado, pois isso o ajuda, antes de tudo, a saber que não é infalível e que não sabe de tudo.
Sócrates, filósofo, disse: “Não considere fiéis aqueles que elogiam suas palavras e ações, e sim os que criticam, gentilmente, suas falhas.” Dick Cavett complementa: “É um indivíduo raro aquele que deseja ouvir o que não quer ouvir”.
Uma pessoa se completa como líder à medida que busca o ponto forte de outras pessoas, principalmente, naquelas áreas que são seu ponto fraco. Enquanto ele faz isso, torna-se um ponto forte para outros, apoiando a liderança de outros. Toda equipe possui grandes potenciais. Quando o líder se submete à influência daqueles que podem contribuir com suas especialidades, libera todo o potencial da equipe para que cada um faça suas maiores e melhores contribuições.
Stephen Covey, no livro “Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes”, diz: “A pessoa realmente eficaz tem a humildade e a reverência para reconhecer suas limitações perceptivas, e para reconhecer os imensos recursos disponíveis na interação com os corações e mentes de outros seres humanos. Esta pessoa valoriza as diferenças porque estas aumentam seu conhecimento, sua compreensão da realidade. Quando somos deixados por conta exclusiva de nossas experiências, sofremos uma falta constante de informação.”
Não dependa das descobertas que acontecem na sua vida exterior, mas de sua jornada em busca das fontes que jorram em seu interior, por meio da vida de Deus. Isso nos impulsiona a lançar raízes mais profundas nos lençóis do subsolo que não foram afetados pelos vendavais e desastres.
Extraído do livro “LIDERAR É PRECISO” | Manassés Guerra