Muitos líderes e liderados não se comunicam com objetividade, nem apresentam suas ideias de modo a estimular discussões saudáveis e produtivas. Definitivamente não se abrem com transparência e ficam de boca fechada para não ofender os outros e para evitar conflitos.
Veja o que o executivo Jack Welch fala sobre franqueza : “A falta de franqueza bloqueia as ideias inteligentes, retarda as ações rápidas e impede que as pessoas capazes contribuam com todo o seu potencial. É algo devastador. Mas quando digo “falta de franqueza”, não me refiro à desonestidade mal-intencionada.
Estou falando de como tantas pessoas – com tanta frequência –, instintivamente, não se expressam com sinceridade. Tudo isso é falta de franqueza, um arsenal absolutamente destrutivo”.
Franqueza não é uma espécie de desabafo descontrolado e inconsequente de alguém que age em nome de “eu digo exatamente o que penso”. A sinceridade em falar o que se deve falar deve ter o relacionamento (e não momentos de tensão) como fundamento para se expressar.
Disse o “Sr. Gentileza”: “Existem muitas pessoas que confundem a sinceridade com a vontade de explodir em palavras e não conseguir controlar o ímpeto. Seja sensível e tente se colocar no lugar do próximo. A franqueza e verdade devem ser expressas de forma sublime e cautelosa dosando-as com sensatez e equilíbrio. Nem todos estão prontos para receber uma crítica ou orientação se estiver num momento de tensão.”
Uma das virtudes da franqueza é o seu potencial de desembaraçar os processos e fortalecer relacionamentos. Atenção e respeito são fundamentos com os quais a franqueza agrega valor. Tom Peters disse: “Os líderes se importam com as suas conexões – porque elas movem montanhas.”
Falar para as pessoas o que elas precisam ouvir deve ter como motivação o profundo interesse pelo outro. E a intenção final deve ser a melhoria do outro. Portanto, as pessoas não podem concluir que você só as procura para oferecer críticas, mesmo que sinceras.
Em um ambiente onde a franqueza é estimulada, as pessoas têm a liberdade de colocar sobre a mesa seus pontos de vista e debaterem as ideias sob perspectivas diferentes. Por isso é decisivo que se tenha uma ambiente impregnado com uma atitude positiva e contagiante.
É necessário também que as pessoas sejam encorajadas a não transformarem-se em vítimas. Ao contrário disso as pessoas precisam se motivadas a avaliarem a si mesma e a organização da qual fazem parte.
(Do livro “Líder para Voar”)