Por mais que pareça obscuro o motivo de tantas alianças no contexto bíblico do Velho Testamento, saiba que Deus não estava complicando as coisas. Os pactos de Deus com os pais e seus descendentes não tem a finalidade de nos apresentar um Deus burocrático, que estava complicando as coisas para nós. Revelam sim, um Deus caminhando em nossa direção
O Novo Testamento sustenta o caráter de uma interpretação do Velho Testamento, e acerca do relacionamento dessas duas divisões, a Bíblia Sidney Collett observou com justiça que:
“O Novo no Velho está contido, enquanto o Velho pelo Novo é esclarecido.
O Novo no Velho é ocultado, enquanto o Velho pelo Novo é revelado.
O Novo é encoberto no Velho, enquanto o Velho é descoberto pelo Novo”.
A questão é: Como Deus poderia absolver o pecador sem que a sua integridade pudesse ser questionada? Como Deus poderia permanecer sendo um Deus santo, chamando o pecador de filho e o injusto de justo? Como poderíamos voltar à presença de um Deus tão santo e justo e chamá-lo de Pai?
Jesus, ao assumir a condição de substituto, protegeu a humanidade da justa vingança, atraindo para si o juízo e despindo completamente o Diabo. O que Deus fez conosco e com Satanás está assim narrado por Paulo:
“E anulou a conta da nossa dívida, com os seus regulamentos que nós éramos obrigados a obedecer. Ele acabou com essa conta, pregando-a na cruz. E foi na cruz que Cristo se livrou do poder dos governos e das autoridades espirituais. Ele humilhou esses poderes publicamente, levando-os prisioneiros no seu desfile de vitória” (Colossenses 2.14 e 15 – Nova Tradução na Linguagem de Hoje).
A redenção da humanidade não foi um golpe sorrateiro da soberania de Deus. Ele não iria rasgar o escrito de divida que era contra nós sem que antes o pagasse! Deus não aceita subornos e jamais se envolveu em acordos obscuros. Ele é justo e santo. Ele pagou a dívida, ele tomou o lugar do devedor. Mais do que isso, Ele mesmo utilizou meios legais para que o valor da dívida ficasse notório e conhecido de todos. A nossa salvação está fundamentada na justiça e retidão divinas.
E assim Ele o fez para que toda dívida fosse paga, sem que nada restasse para ser cobrado ainda. Desse modo, assim como o valor da dívida tornou-se público e reconhecido por todos, a sua quitação foi publicada pelos séculos dos séculos, pelo preço do sangue que fala mais alto que o sangue de Abel (Hebreus 12.24).
Mesmo sabendo que nada tínhamos para oferecer, Deus nos deu o seu amor na forma do seu filho Jesus. Ele despedaçou os grilhões da lei do pecado e da morte e inundou a terra com o seu amor.
