Para que as pessoas confiem em um líder e em sua capacidade de desenvolver uma missão, ele precisará mais do que talento, carisma e estratégia. Precisará de um caráter sólido.
As pessoas perdoam erros ocasionais de um líder. Principalmente se podem ver que a pessoa continua a crescer. Porém, dificilmente confiarão em alguém que tenha falhas de caráter. Um caráter questionável é como uma bomba-relógio. É apenas uma questão de tempo antes que ela arruíne a capacidade da pessoa realizar e liderar.
Para ser um líder, você deverá assumir a responsabilidade de viver um padrão elevado no que diz respeito à integridade de caráter. Deve ser assim, porque quando um líder cai leva outros consigo. Mas, quando decide viver a partir de valores elevados, um líder consegue influenciar a vida dos que estão ao seu redor para que desejem o mesmo.
John Morley disse: “Nenhum homem pode se erguer acima dos limites do seu próprio caráter. Um caráter fraco é limitador”.
O Apóstolo Paulo, em sua carta pastoral destinada ao discípulo Timóteo, reuniu numa lista os requisitos para aqueles que almejavam liderança ministerial. É interessante como, nessa lista, Paulo prioriza e enfatiza o caráter, integridade e conduta moral. Somente depois ele faz referência a elementos como “habilidade para ensinar”.
Afinal de contas, se um líder trair a confiança das pessoas, dificilmente continuará influenciando-as: “É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar”. Depois ele ressalta o conselho: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes” (1 Timóteo 3.2 / 4.16).
Bill Hybels, conhecido pastor americano, afirma: “Caráter. Esta palavra raramente aparece na Bíblia. Os jornais e a televisão não a empregam com muita frequência. No entanto, conhecemos bem o seu significado. Quando falta caráter, percebemos de imediato. Caráter, disse um sábio certa vez, é o modo como agimos quando ninguém está olhando”. Ele faz uma lista daquilo que considera traços de caráter ameaçados de extinção: “Coragem. Disciplina. Visão. Perseverança. Amor. Compaixão. Amor com firmeza. Amor sacrificial. Amor radical”.
Nos dias atuais, líderes estão tentando separar a vida pessoal de suas responsabilidades públicas. No entanto, podemos resumir a atitude de quem defende este pensamento da seguinte forma: Uma pessoa representa um papel, em vez de viver a realidade.
Para muitos, a liderança é um ato e não um chamado. Por isso, quando eles estão dentro de suas salas, agem de certo modo. Porém, quando saem dali, vivem de maneira repreensível. Isso é uma contradição à verdadeira liderança. Liderança não é só uma técnica, um estilo ou uma conquista de habilidades, mas é a manifestação de um atitude.