por Manoel Dias

Não é por força ou violência, mas é pelo Espírito de Deus que a igreja está sendo edificada e os ministérios serão cumpridos. Para isso, ter em mente a visão do ministério, a missão e os valores tornam-se a base para o crescimento sadio.

Os pequenos começos não devem ser desprezados, pois são primordiais e uma marca para o que Deus deseja fazer e, permanecer com o coração de servo, irá manter todo filho de Deus no foco de forma correta.

Todo ministro deve colocar um óculos de prática ministerial que irá levá-lo a amadurecer e não viver em meninices, mas de forma equilibrada.

Aqueles que estão com o coração disposto a servir irão desfrutar de uma paz ministerial e mesmo que por alguns momentos esteja debaixo de pressões, haverá paz e tranquilidade em tudo o que fizer. Na vida cristã precisa-se de muitos acréscimos, mover e não se trata de alguns momentos, mas deve ser a marca de uma vida cheia do Espírito Santo em cada ministro.

Edificar pessoas, se envolver tendo um coração de servo e perceber o vento do Espírito e como Ele quer se mover devem ser o foco de todo ministro. Deus deseja que todos alcancem o fluir do Espírito para mudar a vida das pessoas e comunicar o Senhor ao coração de cada um.

Daniel era um homem excelente e isso vinha de seu coração de servo. Excelência não tem a ver com ostentação, mas fazer o melhor com o que se tem. A excelência irá impactar pessoas com o amor e o cuidado de Deus nos detalhes, e isso deve ser marca em toda igreja, não apenas ser uma teoria.

A carta de Filipenses 2.1-8 alerta sobre a importância de ter o mesmo sentimento de Cristo: o coração de servo.

“Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões, Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa. Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz” (Filipenses 2.1-8).

Nestes versículos Paulo estimula para que todos sirvam com uma postura de servo e aponta para Jesus como esse modelo perfeito. Paulo mesmo se intitula como servo e ele aponta este modelo para Jesus. Jesus escolheu se fazer homem para servir.

Você quer ministério para construir o “seu reino” e ter exaltação ou construir algo para servir? Deixe que os benefícios venham por um desejo de Deus e não uma busca ou necessidade.

A posição não deve mudar o coração de alguém.

Não é porque alguém é colocado em uma posição que irá esquecer seu coração de servo no Reino, pelo contrário, deve ter o coração cada vez mais para servir.

Aquele que tem consciência da importância de ter um coração para servir, se desenvolve na maturidade e se move pela Presença de Deus e não pelos possíveis benefícios. Um exemplo prático é a atitude de uma criança, que ao ver o pai chegando de viagem, logo demonstra seu interesse no presente e não na volta do pai. Muitos cristãos agem de modo imaturo, mais interessados nos presentes, agindo com partidarismo, e isso não deve mais fazer parte da vida do ministro. Quando a maturidade é alcançada o desejo em agradar a Deus e se mover em compaixão é mais forte do que presentes ou qualquer outro benefício.

O evangelho de Marcos 10 afirma que o próprio filho do homem não veio para ser servido. Ficar nesse lugar de servir em amor é o que irá manter o coração alinhado com a vontade de Deus.

Chegou o tempo de ter marcas de Deus para avançar e se mover pelos sentimentos do Pai para com as pessoas e não por outras motivações.

Quando Cristo foi para a cruz, Ele permaneceu com o coração de servo e se o próprio Cristo manteve essa atitude até o último momento, por que nós, como filhos de Deus, não manteríamos a mesma atitude e coração para servir?

Cristo era um rei servo!

Para entendermos esse nível de serviço, manter o coração em humildade e dependente de Deus em todo tempo, fará com que a atmosfera e inspiração divina sejam compartilhadas com aqueles que se dispõem para servir.

Se alguém deseja se assemelhar a Jesus, deve ter um coração de servo e compaixão, se não tiver isso, o ideal é perguntar se realmente foi chamado para o ministério.

Se tu me amas, apascenta e alimenta as minhas ovelhas”, Jesus falou isso a Pedro e fala a todos os Seus filhos, porque o foco do Reino são vidas. Deus chama para uma vida de serviço e há um toque divino da parte de Deus e a capacitação, a unção para exercer o chamado divino.

O senso de responsabilidade deve estar constantemente em todo ministro.

Jesus só foi exaltado depois da cruz, antes disso Ele lavou os pés dos discípulos, demonstrando um coração de servo, isso significa que há uma entrega antes de alcançar algo e tudo o que se faz, o coração para servir deve estar envolvido.

Hebreus 6.10 confirma que Deus não é injusto para recompensar o trabalho de alguém e como fazer tudo isso em amor?  Através do serviço.

Ser movido em compaixão pelas pessoas deve ser o que move todo ministro.

 

*Trechos da mensagem na Conferência de Ministros Sul em setembro de 2021.

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