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Evangelho, o poder de Deus

Por: Marcos Honório Jr

Pois não me envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” Romanos 1.16

Olá, graça e paz! Por muito tempo tenho ouvido a frase “não me envergonho do Evangelho” e durante esse tempo entendia que isso significava muitas coisas. Andar com camisa com versículo bíblico, bíblia em baixo do braço, assumir publicamente que é evangélico e por aí vai a lista. É quase um jargão de auto afirmação, ou um grito de guerra de um grupo específico. Mas meditando na carta de Paulo aos Romanos reparei que não é isso o que o apóstolo Paulo tinha em mente. Vamos olhar alguns versos anteriores e seguir a lógica do que Paulo está dizendo:

vs 1 – Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus

Paulo inicia está fundamental carta, afirmando sua devoção e serviço ao Senhor, e que, como servo, seu Senhor o designou, ou chamou, para ser apóstolo, separando-o, dessa forma, para “o evangelho”. Então entendemos que ele foi separado para o evangelho.

vs 2 –  O qual (evangelho) foi por Deus, outrora, prometido por intermédio dos seus profetas nas Sagradas Escrituras.

Esse evangelho, ao qual Paulo havia sido separado, já vinha sendo anunciado por Deus, nas escrituras (Velho Testamento). Aqui podemos acrescentar uma referência que concorda perfeitamente com essa afirmação, que é Hebreus 1.1-3.

vs 3 – (Evangelho) com respeito a seu Filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi (algo prometido também no Velho Testamento)

Esse evangelho para o qual o apóstolo Paulo havia sido separado, e que Deus havia prometido no Velho Testamento era específico e não genérico, ou seja, não falava de um grupo de pessoas, ou denominação, mas era a respeito do seu Filho. Como temos uma tradução, não a Bíblia na língua original que é o grego, uma explicação aqui se faz necessária. A palavra “evangelho” não é uma tradução, mas uma transliteração da palavra grega euaggelizo, que se traduz como “boa nova”, “boa notícia”.

Se, ao invés de transliterarmos, traduzirmos o que Paulo está dizendo teríamos o seguinte entendimento:

“Eu Paulo fui separado para trazer uma boa notícia, boa notícia essa que Deus já anunciava desde o Velho Testamento, essa boa notícia é a respeito do seu Filho.”

Veja que não é qualquer boa notícia, mas é uma boa notícia específica.

vs 15 – por isso, quanto está em mim, estou pronto a anunciar o evangelho (boa nova específica sobre o filho) também a vós outros, em Roma

Demos um pequeno salto, mas poderíamos ter seguido versículo, por versículo, só não temos tempo e espaço. O apóstolo Paulo fez questão de demonstrar, nesses versículos que pulamos, que amava a igreja de Roma, mesmo sem nunca ter ido lá, e o fato de não ter ido era contrário a sua vontade, que como lemos no verso 15 era o seu desejo.

Então chega o nosso verso

vs 16 – Pois não me envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do do grego

Colocando tudo no contexto, a “não vergonha” de Paulo a respeito do Evangelho está ligado ao fato dele não se negar a pregar em Roma, pelo contrário, ele estava disposto a ir para lá, ou para qualquer lugar. Pois cria fortemente que essa boa nova específica sobre o filho era o poder de Deus para salvar qualquer pessoa, em qualquer lugar, Jerusalém, ou Roma, judeu, ou grego. O Evangelho é o Poder de Deus!!!

Não carrega, não transmite, não autoriza, não libera, o Evangelho É o poder de Deus para aquele (judeu ou grego, em qualquer lugar) que nele (no evangelho) crê.

Em outras palavras o poder de Deus está na pregação do evangelho, ou da boa nova específica do seu filho. Assim podemos dizer, sem ressalvas que Evangelho é poder para salvar. Ou como estamos afirmando a Boa notícia sobre o filho de Deus é o poder para salvar as pessoas, seja quem for, esteja onde estiver.

A ‘não vergonha’, não é ter orgulho de dizer que é crente, mas ousadia para pregar a Boa nova que salva as pessoas. Paulo está dizendo que vai pregar em qualquer lugar e, onde esse evangelho for pregado, as pessoas serão salvas.

Não por acaso nessa mesma carta no capítulo 10 ele desenvolve a fantástica linha de raciocínio:

“Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido. Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele em quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!… E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” – Romanos 10.11-15, 17

Não existe outra forma, o poder não se manisfestará de outro jeito, não adianta apenas orar por salvação, repreender o diabo, ou fazer um marketing eficaz. O que vai tornar as pessoas salvas é a pregação da boa nova de Jesus Cristo. Repare na pergunta: “Como crerão?”

Quando olhamos para os orações do Novo Testamento, vemos seguidamente pedidos por ousadia para pregar. A famosa passagem de Atos 4, quando Pedro foi preso depois da cura do paralítico na entrada do templo revela a oração da igreja primitiva que, diante de grande perseguição, não ora por livramento, mas por ousadia para pregar, sabendo que seguindo a pregação virão milagres e conversões. Ou seja, pessoas ungidas e ousadas pela oração pregam a boa nova específica sobre o filho de Deus, que é o poder para salvar as pessoas.

Outros textos que nos dão luz sobre essa verdade:

Tiago 1.18 – Pois, segundo seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas

I Pedro 1.23 – pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante  a palavra de Deus, a qual vive e é permanente.

I Coríntios 4.15 – Porque, ainda que tivésseis milhares de preceptores em Cristo, não tinheis, contudo, muitos pais; pois eu, pelo evangelho, vos gerei em Cristo Jesus

2 Comentários

  • -Gosto de enxergar a raiz da existência, Deus como causa das causas, antes de existir o ser humano, na nossa contagem de tempo, porém sobre o Evangelho ser o poder de Deus, posso dizer em essência, que a verdadeira ceia do Senhor, que foi simbólica na primeira vez, foi revelada a Paulo, que nem participou lá, antes do sacrifício de sangue, que a verdadeira ceia, não apenas a simbólica, é O Novo Testamento, o Evangelho, as Boas Novas, O Corpo de Cristo, O Pão que veio do Céu, que se não leres ou comeres ou entenderes e viveres, não tereis vida em mim, ao comer estas palavras o espírito que tudo vê, o sangue, o vinho, vem e dá a vida nova.Se não comerdes o meu corpo e não beberdes o meu sangue, não tereis vida em mim e não dareis frutos, então, O Evangelho é o Poder de Deus, o Cristo, o Filho, o Cordeiro que tira o pecado do mundo, A Palavra,continua…….
    -O Evangelho é o Poder de Deus.

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  • Que maravilha!

    Esses dias estudando a epístola de São Paulo aos Gálatas, recebi essa Revelação. Que o Poder de Deus é Jesus, que na Plenitude dos Tempos, foi enviando ao mundo não apenas como o Filho de Deus, mas o próprio Poder de Deus para nossa Salvação.

    Resposta

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