Quero falar sobre um aspecto da graça de Deus. O aspecto que nos santifica e nos dá a ousadia de sermos santos, de vivermos a nossa vida em santidade, mesmo em um mundo com tanto pecado. Nós temos autoridade para viver nesta terra sem pecado, Deus seria injusto se Ele dissesse que poderíamos e nós não pudéssemos.
Sei que a nossa carne é fraca e que estamos sujeitos a pecar, mas ainda assim é uma escolha nossa. Não é o diabo que está nos forçando a isso. As tentações vem do nosso corpo, sim, o diabo pode ajudar para nos trazer coisas que nos façam pecar, mas a Bíblia nos fala que devemos sujeitar a nossa carne. Ela precisa ser crucificada, ela precisa ficar debaixo da obediência do nosso espírito.
Nós somos espírito, possuímos uma alma e habitamos neste corpo, mas depois que nascemos de novo, devemos ter domínio desse corpo. Antes de nascer de novo, seguimos a nossa carne, mas ao nascer de novo, nós devemos dominar a nossa carne e se nos alimentamos da Palavra devemos saber o que fazer na hora da tentação.
“Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte” (Romanos 8.2).
Estamos na terra, mas não andamos sem lei, precisamos obedecer a lei, a lei do Espírito e de vida. Devemos aprender como o nosso reino funciona.
“Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens” (Tito 2.11)
A graça de Deus nos salva do pecado e de irmos para o inferno. Somos salvos, vamos para o céu, mas e aqui na terra? Estamos vivendo uma vida santa?
A salvação de não irmos para o inferno é grande coisa, mas não é só isso, devemos andar no espírito. Lembro do Ap. Bud Wright falar que andar no espírito não é andar flutuando como um fantasma, mas obedecer a Palavra de Deus. Isso é andar no Espírito, na nova vida que foi comprada para mim, preciso andar em novidade vida, eu mudei de reino é preciso obedecer as novas leis deste reino.
Muitos estão se convertendo, indo para as igrejas, mas observo que muitas igrejas estão pregando que você pode ser salvo e você pode viver de qualquer forma nesta terra. Isso tem deixado as pessoas no superficial da salvação. Não vamos aproveitar as coisas boas desta vida no céu, tudo o que temos de bom aqui na terra vai ficar, apenas a nossa vida vai para o céu
Se preocupe em viver uma vida de santidade aqui na terra, é ela que vai levar você para o céu. Fomos salvos quando recebemos Jesus, mas estamos em um processo de salvação, renovando os nossos pensamentos. O nosso espírito foi salvo, mas na nossa alma ainda há um processo.
“Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente” (Tito 2.12).
A graça é salvadora, mas ela também nos ensina. Nós fomos salvos. A graça nos ajuda hoje e vai nos ajudar no futuro. Quando você está educando uma criança, isso é um treinamento e nos treina também. Quando você fala: “Faça isso”, daqui a pouco ela vai fazer errado de novo e você corrige. É um processo de ensino e treinamento e sua atenção deve estar na criança, você deve ter paciência. Educar é um treinamento, devemos repetir várias vezes.
Conosco, a graça nos treina e educa, mas precisamos fazer a nossa parte, Deus nos ensina através da Sua Palavra, mas devemos praticar esse conhecimento.
Tem pessoas que dão um show no púlpito, mas quando descem a vida não respalda o que elas ensinam. Quando descemos, devemos nos esforçar como qualquer cristão a não viver de qualquer forma. Estando no púlpito ou fora dele, devemos viver de forma íntegra.
Nós precisamos viver uma vida de integridade, viver uma vida na Palavra e no Espírito.
Tony Cooke diz que a graça não é uma permissão divina para fazer o que é errado, mas para fazer o que é certo. Às vezes, os nossos elásticos estão folgados e andamos de qualquer jeito, mas devemos estar atentos a nossa vida e viver de forma íntegra.
“Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém” (II Pedro 3.18).
A graça de Deus é um poder que está sobre nós. Mas esse poder só funciona quando nos conectamos à Palavra. Temos esse poder disponível na nossa vida, mas muitos de nós não estamos usufruindo dele, porque não estamos fazendo as conexões certas, não estamos praticando a Palavra muitas vezes. A graça de Deus está disponível para nós em qualquer situação, e inclusive para nos manter longe do pecado. O temor do Senhor não é medo d’Ele, mas é um respeito que não me deixa fazer o que a minha carne quer. Antes de fazer algo errado, eu temo e não entro neste pecado que está me tentando. Vamos crescer na graça quando conhecermos Deus.
Quanto mais nos aproximamos de Deus, mais vamos desfrutar da Sua graça. Devemos nos aproximar de Deus e conhecê-lO, e isso exige tempo e comunhão. Nós precisamos nos fortalecer n’Ele.
“Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos” (Hebreus 4.14).
Muitos pensam: “Jesus me entende”, sim, Ele entende você, mas foque na parte que Ele não pecou. Não precisamos pecar, vamos ficar firmes. Jesus ficou firme e não pecou. Existe uma força dentro de nós através da graça de Deus que nos fortalece.
Deus coopera conosco, mas temos um papel a fazer. Muitas vezes, nós nos colocamos em situações difíceis, nos aproximamos dos limites do pecado e depois alguns culpam a Deus.
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mateus 26.41).
Como vamos nos livrar da tentação? vigiando, orando e buscando a Deus.
Não é Ele quem vai nos livrar da tentação, somos nós que devemos nos livrar. Deus não nos coloca em tentação, pecamos quando cedemos às tentações. Devemos viver em novidade de vida e ter cuidado com a nossa vida. A responsabilidade da nossa vida é nossa!
Você se torna escravo daquilo que decide obedecer. Nós não somos mais escravos do diabo e nem da nossa carne. Renove a sua mente com a Palavra de Deus, se Ele disse que nós podemos viver livres de uma vida de pecado, devemos viver em santidade.
*Trechos da mensagem de 25 de maio de 2023, na Conferência de Ministros Centro-Oeste.