por Perilo Borba
Quando Deus chamou Moisés, este fez algumas indagações ao Senhor. Em uma delas, ele falou que possivelmente os filhos de Israel perguntariam algo para comprovar que realmente tinha sido o Deus dos pais deles era quem havia enviado Moisés para libertá-los. A indagação deles seriam: “Qual o seu nome?”.
“Disse Deus a Moisés: Eu Sou o que Sou” (Êxodo 3.14). E deu certo! Quando Arão disse ao povo isto que Deus tinha dito a Moisés, eles acreditaram no chamado deste.
Creio que Deus ensinou algumas coisas a Moisés com isto e nós podemos aprender também. O Senhor podia ter dito: “Diga a eles que Eu Faço todas as coisas” ,Eu faço o impossível ser possível”, “Eu faço milagres”, etc. Afinal, seria Deus mesmo quem faria o Mar vermelho se abrir para eles, quem daria provisão e conforto em pleno deserto, etc.
Porém, Deus preferiu ser chamado ou conhecido pelo que Ele é, não pelo que Ele faz ou poderá fazer. Há uma grande lição nisto!
O tempo passou, passou, passou… e veio Jesus. A expressão exata do SER de Deus (Hebreus 1.2-3), não do FAZER de Deus. É bem verdade que Jesus fez, e como fez muitas coisas, cumpriu a vontade de Deus. Mas, Jesus só fez porque Jesus foi.
Com cerca de 30 anos de idade, Jesus foi ser batizado por João Batista. Durante este histórico acontecimento, o Espírito desceu do céu em forma de pomba e uma voz se ouviu: “Este É o meu filho amado em quem me comprazo” (Mateus 3.17).
Nós não temos tantos relatos destes primeiros 30 anos de Jesus. Somente passagens quando ele ainda era um bebê e quando ele tinha 12 anos. Jesus ainda não tinha transformado água em vinho, não tinha andado sobre as águas, não tinha curado nenhum enfermo, nenhum discípulo já o seguia, não havia pregado sequer um sermão no monte, tampouco ressuscitado algum morto ou expulsado algum demônio…. Entretanto, Deus tinha prazer nEle.
Seria muito “de praxe” se Deus tivesse dado este testemunho sobre Jesus no final da vida dele aqui na terra. Depois de ressurreto ou enquanto ele subia aos céus diante dos seus discípulos, enfim, no final do seu ministério terreno. Por tudo que Jesus havia feito, Deus poderia dizer: “Tenho prazer neste meu Filho”.
Mas, Deus disse isto antes de Jesus ter feito qualquer coisa diante dos homens. Isso é maravilhoso! Jesus já agradava a Deus mesmo sem ter feito nada ministerialmente falando. A vida dele, durante 30 anos, com certeza, sendo de integridade e consagração, foi o que fez ele ser aprovado por Deus e honrado diante de uma multidão.
Você quer agradar a Deus? Eu quero! Como? Sendo, não fazendo. Seja lá o que venhamos a fazer para Deus, deve ser apenas um reflexo ou consequência de quem nós somos. Já somos filhos, mas que sejamos agradáveis a Deus, por uma vida de obediência aos seus princípios, tendo o nosso caráter moldado ao caráter dEle, vivendo e manifestando nesta terra o Amor que Ele é.
Muitos querem “impressionar” a Deus por aquilo que estão fazendo. Porém, muito mais interessado pelo que você faz, Deus está por quem você é.
Se eu lhe perguntasse hoje, quem é você, ou pelo que você é conhecido. Sua resposta seria “Eu Sou” ou “Eu Faço”(Eu fiz)?