por Renato Gaudard
Nem sempre as pessoas darão valor às coisas que nós temos. Na verdade, as pessoas nunca vão dar o devido valor ao que temos. Eu tenho um cachorro da raça poodle e uma história interessante foi quando eu e minha família compramos um cachorro dessa raça. Quando minha esposa foi em uma loja especializada em animais, ouvimos uma opinião de um vendedor sobre as razões negativas de ter esse tipo de cachorro. Entretanto, apesar delas, minha esposa estava convicta das razões pelas quais ela gostaria de ter um cachorro dessa raça. Isso se aplica a nossa vida.
Quando nós entendemos a razão da escolha que fizemos, isso nos dá segurança.
Ao longo da vida, não existe caminhada perfeita, mas devemos carregar os motivos pelos quais decidimos nos casar com quem casamos. Nós não precisamos que ninguém reconheça as virtudes da nossa esposa para que reconheçamos os valores que ela possui. Precisamos sempre nos lembrar das razões pelas quais escolhemos nossa esposa. Se existe alguém que possui a capacidade de elogiar a pessoa que está ao nosso lado, somos nós mesmos. Ninguém pode conhecer mais as virtudes da nossa esposa do que nós mesmos. Todavia, é possível que as memórias estejam um pouca apagadas.
Para as pessoas que são solteiras, é importante nunca se casar com alguém em virtude da opinião de outras pessoas. Entretanto, isso não quer dizer que não devem ouvir conselhos das pessoas certas, bem-sucedidas no casamento. Porém, a escolha deve ser feita por você mesmo. Nós não podemos ficar sujeitos à opinião alheia sobre nossa esposa, apesar de podermos ouvir comentários positivos sobre ela. Todavia, não podemos viver em função disso.
A partir desse ponto de vista, precisamos entender também que precisamos elogiar nossa esposa. O que nos chama atenção nela deve ser conhecido por ela. Precisamos elogiar e fazer comentários positivos. Mesmo com o passar dos anos de casamento, precisamos sempre elogiá-las.
Salomão disse que devemos nos alegrar com a mulher da nossa mocidade. Quando ele escreveu isso, quis dizer que a nossa alegria não deve se basear da mocidade, mas independentemente do tempo de casamento, devemos nos alegrar com a mulher de nossa juventude.
Como fazer, então, se essa alegria foi perdida?
“Nos altos escalvados se ouve uma voz, o pranto e as súplicas dos filhos de Israel; porque perverteram o seu caminho, e se esqueceram do Senhor seu Deus” (Lamentações 3.21).
Devemos trazer à memória aquilo que nós queremos. Nós temos total controle sobre nossa memória e experiências vividas. Se a nossa memória está boa, é maravilhoso. Entretanto, se há nela alguma coisa negativa, isso nos afetará. Devemos trazer à memória aquilo que precisamos, para recuperar o brilho que nossa esposa precisa ter diante de nossos olhos. Não somos reféns das nossas memórias, mas temos controle sobre elas.
O que queremos trazer à memória em nosso casamento? Aquilo que nós temos como memória é fruto do que temos desejado. Vamos lembrar daquilo que nos dá esperança, daquilo que me oferece as melhores perspectivas, um casamento maravilhoso e próspero.
*Trechos da mensagem do dia 21 de outubro de 2022, na Conferência de Homens Verbo da Vida.
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