por Rozilon Lourenço
“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder” (Efésios 6:10).
Tenho dedicado bastante tempo ao estudo da epístola aos Efésios. De fato, Paulo diz muitas coisas poderosas nesse Livro. A Igreja de Éfeso era maravilhosa, estava abalando a cidade e já havia atingido cerca de 60% da população local. Havia um mover de Deus sobre aquele lugar. Até mesmo o Apóstolo João e Maria, mãe de Jesus, congregavam ali.
Ao chegar no capítulo 6, Paulo instrui os fiéis a se fortalecerem no Senhor e acrescenta: “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos” (Efésios 6.18). Conforme ensina o devocional Pedras Preciosas, do Irmão Rick Renner, a expressão no demais, escrita em Efésios 6.10, no grego significa “se você não lembra de nada mais, aqui vai o mais importante”. Paulo fala sobre a armadura de Deus e muitas outras coisas, mas o que ele destaca como mais fundamental é a oração.
Paulo diz que precisamos nos fortalecer, nos preparar porque, na hora da adversidade, nós vamos precisar nos posicionar no que a Palavra ensina. O Apóstolo também adverte sobre uma luta, mas nos lembra que as armas da nossa milícia não são carnais, antes são poderosas em Deus. Pensar nisso me fez refletir sobre o que acontece entre a promessa e a manifestação.
Às vezes, quando contamos um testemunho, contamos de forma sequencial e tão rápida que tudo parece ter acontecido simultaneamente. Mas só nós conhecemos os bastidores do processo. A luta maior se trava na nossa cabeça, quando nos apegamos à Palavra, mas a alma insiste em chamar a atenção para as circunstâncias. Como podemos, na prática, vigiar em oração? Perguntei ao Senhor e Ele me guiou a Josué 4.19-21:
“Subiu, pois, o povo, do Jordão no dia dez do mês primeiro; e alojaram-se em Gilgal, do lado oriental de Jericó. E as doze pedras, que tinham tomado do Jordão, levantou-as Josué em Gilgal. E falou aos filhos de Israel, dizendo: Quando no futuro vossos filhos perguntarem a seus pais, dizendo: Que significam estas pedras? Fareis saber a vossos filhos, dizendo: Israel passou em seco este Jordão. Porque o Senhor vosso Deus fez secar as águas do Jordão diante de vós, até que passásseis, como o Senhor vosso Deus fez ao Mar Vermelho que fez secar perante nós, até que passássemos. Para que todos os povos da terra conheçam a mão do Senhor, que é forte, para que temais ao Senhor vosso Deus todos os dias” (Josué 4.19-24).
De uma forma bem prática, precisamos levantar memoriais. Deus disse a Josué para colocar as pedras, para que elas servissem de lembrança. Às vezes, tentamos nos posicionar, mas a alma quer trazer o caso do irmão que morreu, da situação que não saiu como o esperado. Deus nos diz: “Levante os memoriais! Lembre dos livramentos que lhe foram dados, lembre daquilo que eu estou fazendo!”.
Nós tiramos fotos para guardar as recordações, não é mesmo? Pois eu cheguei até a revirar as minhas fotos antigas. Lembrei de quando cheguei neste Ministério há 23 anos, sem grandes ambições. A única coisa que eu realmente desejava era ensinar no Rhema. Mas Deus foi muito além. Achei uma foto no escritório de Kenneth Copeland, quando tive a oportunidade de conhecer o lugar. Lembrei de quantas vezes desafiei a morte, tive certeza de que iria morrer, mas Deus me preservou.
O Senhor deu memoriais a Abraão também. Ele sabia o peso da idade sobre aquele homem e sobre Sarah, sabia como eles se sentiam ao passar dos anos, ainda sem filhos. Mas Deus deu a eles sinais onde deveriam colocar os olhos. Seja nas estrelas do céu ou nos grãos de areia, noite e dia, o Senhor dizia: “Eu sou o Deus Fiel. Eu zelo por minhas promessas”.
Que memoriais você tem para levantar diante do Senhor? Sei que tenho muitos. Costumo dizer, quando me sinto pressionado: “diabo, eu sou oliveira! Não me aperte que sai azeite!”. Permaneça com os olhos fixos nas memórias do que Deus fez. Mesmo quando a vontade diminuir, mantenha-se em oração, lembrando-se das tantas vezes em que o auxílio divino veio até o seu encontro.
Repito a pergunta: quais memoriais você tem? De livramento? De provisão? Mantenha os seus olhos neles enquanto conduz a sua vida de oração.