por Rozilon Lourenço
A águia voa acima da tempestade.
“Dá força ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os moços certamente cairão; Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão.” (Isaías 40.29-31)
Sempre que a águia vê, na divisa do horizonte, a chegada de uma tempestade; sempre que ela vê as nuvens escuras e os relâmpagos riscando o céu; sempre que ela ouve o trovejar dos trovões, ela agiganta ainda mais os seus esforços e voa com intrepidez para as grandes alturas, pairando acima da tempestade, onde sobrevoa em perfeita bonança.
Temos também em nossa jornada muitas tempestades. Muitas delas são ameaçadoras e perigosas. É insensatez viver abaixo da borrasca e sofrer os efeitos catastróficos da tempestade, se podemos voar para o alto e desfrutar de tempos de refrigério e bonança nos braços do Deus vivo.
O segredo na hora da crise é voar um pouco mais alto e nos agasalharmos debaixo das asas do Deus onipotente. Ele é a nossa torre de libertação. Ele é o nosso alto refúgio. Ele é o nosso esconderijo seguro. Ele é a nossa cidade refúgio. Ele é o nosso abrigo no temporal.
Muitos crentes, entretanto, em vez de fugir do temporal, causam mais tempestade. São como Jonas, provocadores de vendaval. Sempre que o crente deixa de obedecer a Deus, em vez de bênção, torna-se maldição; em vez de ajudar as pessoas ao seu redor, é um estorvo; em vez de ser um aliviador de tensões, é um provocador de tragédias. Todo crente na rota da fuga de Deus é uma ameaça, pois não apenas vive debaixo da tempestade, mas a sua vida é a própria causadora da tempestade.
A atitude acertada não é fazer como o avestruz, que ao ver o perigo esconde a cabeça na areia, julgando com isso que o problema está eliminado. Na tempestade não adianta fugir nem se esconder. O segredo é voar alto e refugiar-se nos braços do Senhor.