blog_dentro_Taisa

Você deve estar pensando que eu estou atrasada neste post, já que o Dia dos Pais passou há alguns dias, mas decidi mesmo por escrevê-lo depois para contar como foi a minha primeira experiência com este dia.

Assim como muitos brasileiros, eu fui uma criança que cresceu sem a figura do pai em casa. Meu pai foi embora quando eu nasci, na verdade, já saí da maternidade sem ter ele por perto. Apenas meus dois irmãos, Tarcísio e Priscila, mais velhos que eu, conheceram um pouco ele e até conviveram.

Nós crescemos com muitas dificuldades, minha mãe trabalhava em 3 empregos ( 1 para cada filho! Kkkkk… Hoje posso rir disso!), e ainda se esforçava ao máximo para ser mãe e o pai que precisávamos. E com muito sacrifício e esforço, ela conseguiu.

Começamos a frequentar a igreja evangélica ainda crianças, naquela época era muito comum ter cantata, jogral, peça com as crianças para a Páscoa, Dia das Mães, Natal, e também…..o Dia dos Pais! Como sempre gostei de tudo isso, nunca me importava de participar, mas, me lembro de uma vez, quando tinha uns 7 anos, que minha mãe me perguntou porque eu iria participar do jogral do Dia dos Pais e eu respondi: “- Eu tenho Deus e a senhora como pais, já é suficiente!”.

No dia dos pais, era comum eu e meus irmãos irmos para a cozinha fazer o almoço, comprarmos presentes, e juntos com minha avó materna, Zenade, e minha mãe, comemorávamos este dia, sempre com alegria e gratidão a Deus. Mas, eu sempre sentia falta. Nas reuniões de escola, nas festas infantis, estavam todos os pais e a minha linda mãe, sempre guerreira e motivadora, tentando fazer com que a gente não sentisse ou percebesse essa falta.

Cresci pensando que meu pai nos rejeitou, não nos quis mais como filhos, e nos esqueceu completamente. Contudo, sempre mantivemos contato com minha avó paterna, Maria, crente, ela sempre insistia em nos convencer a perdoar e falar com ele. E eu arisca, respondia:”- Não precisei dele até hoje não será agora que fará diferença!”.

Mas, em 2011 o Senhor me mostrou em um sonho que eu precisava encontrá-lo. Relutei muito, mas decidi que iria fazer. Conversei com meus irmãos, minha mãe, eles concordaram, oraram por mim e me apoiaram. Eu precisava obedecer o que Deus havia ministrado ao meu coração. E em setembro de 2013 decidi que seria o dia.

Viajei até o Rio de Janeiro só para conhecer o meu pai. Comprei um presente, e na terça-feira à noite acompanhada dos meus primos, Marcelo e Mariana, e minha Tia Maria da Guia, cheguei a casa dele.

Eu e meu pai
Eu e meu pai

Ele não esperava de maneira nenhuma que eu iria vê-lo. Chegamos ao portão, ele mesmo nos recebeu. Um frio na barriga, não sabia de jeito nenhum o que dizer: “Oi, prazer eu sou Taisa”, ou “E aí coroa? Beleza? Sou sua filha!”, mil informações passavam na minha cabeça, afinal eram 26 anos de total desconhecimento.

Sentamos no sofá da sala e por mais de 2 horas ininterruptas conversamos, esclarecemos fatos, histórias. Disse que só fui até ele porque o amor de Deus me alcançou primeiro. Foi um momento que as palavras me fogem para explicar, foi emocionante, éramos dois estranhos com muita coisa em comum.

E ainda, ganhei duas irmãs, uma madrasta e uma sobrinha. Minha família cresceu bastante!

Neste Dia dos Pais, eu estava muito resfriada, mal saí da cama. No entanto, não queria perder a oportunidade de desejar um “Feliz dia dos Pais” para o meu pai de verdade, não para a minha mãe mais uma vez! Assim, o fiz. Meio sem jeito, sem saber o que dizer, mas disse. Desejei o meu primeiro “Feliz dia dos Pais”, para o meu pai, seu Mario Luiz. Hoje, quero conhecê-lo mais, conhecer minhas irmãs, até passar o fim de ano com eles, são mais uma parte da minha enorme família!

Talvez, você se encontre na mesma situação que eu. Ou quem sabe, tem um pai presente que sempre foi ausente. Com esta experiência percebi que muitas coisas no reino do espírito foram liberadas depois que tomei esta decisão. Por mais que eles sejam ausentes ou presentes, são nossos pais e merecem a honra e o respeito devido pela liderança instituída por Deus que exercem sobre nós. Honrar e reconhecer isso atrairá as bênçãos dos céus para a nossa vida.

Então, #SaiadaRotina da falta de perdão e da ausência da manifestação do amor de Deus que temos visto, procure o seu pai, seja indo até ele, ligando, uma mensagem no whatsapp, mandando um e-mail ou até mesmo uma carta, ou quem sabe, você só precise estender a mão e dizer o quanto ele é importante para você. Essa experiência será mais marcante na sua vida, porque é muito melhor dar do que receber.

4 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

NewsLetter

Cadastre-se em nossa lista para receber atualizações de nosso portal. 

Destaques da semana​
Estude no Maior Centro de Treinamento Bíblico do Mundo!