A Bíblia faz uma distinção: um dia serão separados aqueles que servem a Deus dos que não servem. E está escrito: “O povo que conhece o seu Deus será forte e fará proezas”.
Não é por falta de promessas que muitos não avançam. Deus vela por Sua Palavra, para cumpri-la, e cada promessa d’Ele tem o “sim” e o “amém”. Mas a condição para recebê-las está em nós. A Bíblia diz: “O meu povo perece por falta de conhecimento”.
Então, eu pergunto: qual é o seu nível de conhecimento de Deus? Aquilo que antes era revelação, se tornou tradição? É muito comum que, em algumas denominações, a posição ou a estrutura falem mais alto do que a Palavra. Mas o que começou, a boa obra, continuará conosco até o fim.
Estou prestes a completar 40 anos de convertido. Minha conversão foi em 07/04/1985. Com o tempo, aprendi a ter cuidado para não violar a aliança, limitando-me no conhecimento de Deus. Podemos conhecer a Deus de forma parcial, mas Ele quer se revelar por completo.
“Então, disse consigo mesmo: Irei para lá e verei essa grande maravilha; por que a sarça não se queima? Vendo o Senhor que ele se voltava para ver, Deus, do meio da sarça, o chamou e disse: Moisés! Moisés! Ele respondeu: Eis-me aqui!” (Êxodo 3.3-4).
Deus está nos mostrando algo: podemos conhecê-lO em uma área, mas não em outra. Será que Ele não quer nos revelar mais de Si?
“O filho honra o pai, e o servo ao seu senhor. Se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o respeito para comigo? — diz o Senhor dos Exércitos” (Malaquias 1.6).
Aqui, Deus apresenta uma queixa: “Onde está a minha honra?”. Se é devida a Ele, não podemos nos abster. Mas será que temos honrado a Deus como Ele merece? Eu pergunto a você: como você trata Deus? Como apenas um velhinho famoso pelo passado? Deus espera de nós uma mudança de atitude. Talvez, seja hora de aprofundarmos nosso conhecimento sobre Ele e reconhecermos quem Ele realmente é.
Saia da complacência
Se temos fidelidade, mas não temos fervor, nos tornamos complacentes. Se temos fervor, mas não temos sabedoria, nos tornamos prepotentes. O equilíbrio está em sermos gratos, mas com fervor. Baseando-me na minha história, acredito que todo homem e mulher de Deus precisa ter o mesmo coração de Paulo: “Não julgo ter alcançado tudo, mas prossigo para o alvo”.
Vivemos uma jornada em que nunca conheceremos Deus por completo, mas devemos buscar conhecê-lO cada vez mais. Jó viveu uma fase de conhecimento limitado, mas depois declarou: “Antes eu te conhecia só de ouvir falar, mas agora os meus olhos te veem”.
Em Hebreus, ao falar sobre a Nova Aliança, Deus não se dirige apenas a ministros. O plano d’Ele é para todos! Ele quer que sejamos grandes e realizemos proezas. Em I Pedro 2.9, lemos: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”.
Chega de negligência!
A religião nos acostumou a cultuar Deus apenas uma vez por semana, mas Ele espera que O conheçamos de verdade. Nossa visão de Deus molda nosso comportamento.
Por que enfrentamos enfermidades e nos preocupamos com o dia de amanhã? Porque, no fundo, muitas vezes, respondemos: “Deus não pode”. A maneira como nos comportamos reflete o quanto conhecemos d’Ele.
Deus nunca pensou em você apenas como um evangélico, mas como um filho. O Deus deste século cega o entendimento para não enxergarmos a glória de Deus. Mas você precisa ser pleno naquilo para o qual foi enviado. O seu raio de atuação pode parecer pequeno aos seus olhos, mas é grandioso aos olhos de Deus.
