Por Socorro Quirino
A autoestima é construída ao longo da vida da criança e ela precisa de um ambiente propício para esse desenvolvimento ser eficaz, a maneira como nós adultos na posição de pais ou de professores, nos relacionamos com elas irá promover a autoestima de maneira favorável ou não. Ela precisa que nós estejamos prontos para ouvi-la e para discipliná-la estabelecendo limites e aceitando as suas dificuldades com paciência e sabedoria para encaminhá-la para um melhor entendimento da situação que seja levantada para ela no momento .
A criança esta sempre precisando da aprovação do adulto ou do coleguinha que esta próxima a ela. O afeto o amor e carinho que permeiam esses relacionamentos trazem para ela a segurança de que ela precisa para fortalecer a sua autoestima, como da mesma maneira atitudes contrários tais como descaso, falta de afeto, de carinho de disciplina, indiferença fará delas crianças com baixa autoestima. Por não sentir que existe um apoio para as suas ações, ela entenderá que não é boa como pessoa, não entende nada, não sabe resolver nenhuma situação relacionada com sua vida, ela não se achará capaz de realizar ações relacionadas ao seu dia a dia e com certeza não conseguirá lidar com as frustrações que fazem parte da vida do ser humano.
É por isso que as crianças precisam das pessoas que as rodeiam para ajudá-las a desenvolver uma boa autoestima, elas normalmente se identificam com as pessoas próximas a sua vida e precisa conciliar o afetivo com o emocional, onde o sentir–se amado estará ligado ao sentimento de conquista e realizações. A criança ainda mesmo sendo amada porém não estimulada para as suas conquistas, poderá ter uma autoestima baixa, como vice versa, ela poderá ser muito estimulada para vencer obstáculos e não sentir-se amada o que também poderá levá-la a baixa autoestima, qual a solução? Equilíbrio entra amor, estimulação e motivação
QUAL A IMPORTÂNCIA DA AUTOESTIMA NA VIDA DA CRIANÇA?
A autoestima é o conhecimento que temos de nós mesmos, é como nos percebemos e nos definimos, mas só entendemos isso quando somos adultos. À medida que vamos vencendo obstáculos, alcançando metas, isso vai aos poucos nos dando uma ideia do que somos e do que podemos fazer, e as nossas motivações vão se direcionando para um equilíbrio emocional. Passamos a ser pessoas de autoestima elevada ou não, dependendo do contexto que estamos inseridos, mas uma criança não entenderá esses conceitos ela viverá através das atitudes do adulto que a estimula a fazer da forma correta ou que é indiferente, que lhe dirige elogios realistas pelos seus resultados, que fará com que ela experimente sentimentos de realizações positivas.
Quando você observa as tentativas de uma criança ao começar a andar, ela tenta varias vezes e naturalmente ela vai dando os primeiros passos, ela nem se da conta do que está fazendo, mas quando o adulto chega e demonstra felicidade por isso ela reage batendo palmas, dando pulinhos e repetindo o feito, enfim, ela demonstrará para você com ações corporais que esta feliz por ter conseguido, muito embora isso não seja algo consciente, mas já faz parte da sua autoestima sendo demonstrada através da suas próprias capacidades.
É preciso estimular a criança a ir resolvendo os seus próprios problemas através de reflexões feitas com perguntas direcionadas ao centro da questão que se apresenta, por exemplo, se a criança te faz perguntas acerca de algo que ela queira fazer levantando questões como: posso fazer? Como eu faço? O papel do adulto nesse caso é levar a criança a responder a sua própria pergunta fazendo com que ela pense sobre o assunto e resolva a sua questão, claro que se é algo que depende da autorização do adulto ela não poderá decidir, porém se é algo que ela poderá escolher seja bem claro nas suas instruções e deixe que ela decida. Atitudes assim vão levando a criança a se sentir segura no seu papel como ser humano e cidadão, fazendo com que ela cresça com a autoestima elevada.
Seja cuidadoso ao lidar com situações em que a criança não consegue bons resultados tanto na escola como na igreja. Não dê a entender que você está acusando e julgando os seus erros, leve-a a entender que ela poderá aprender e melhorar se continuar tentando, se tentar de outras formas e assim ela não rejeitará as oportunidades de enfrentar os problemas. Os nossos comportamentos são essenciais para que a criança sinta-se fortalecida nas suas emoções, habilidades e capacidades para resolver seus pequenos problemas e assim estará desenvolvendo a sua autoestima dentro de cada etapa do seu crescimento e quando chegar à fase adulta ela saberá lidar bem melhor com as suas dificuldades.
Por isso precisamos manter contatos mais próximos, pequenos toques, sorrir para ela, abraçá-la quando você sentir que ela esta precisando desse abraço, é preciso aceitar as suas dificuldades sem criticas destrutivas, seja solidário com ela nas pequenas responsabilidades que lhes forem atribuídas. Enfim são atitudes que ajudaram a entender que você está próximo dela e a entende e não apenas a suporta.
Na sequência escreverei sobre o papel dos professores e dos pais cristãos na formação da autoestima da criança. Fiquem ligados!