por Socorro Quirino
Chegou junho e, neste mês, as escolas e as pessoas comemoram São João, São Pedro e Santo Antônio. Principalmente no Nordeste do Brasil, essas festas são bem animadas e as crianças são envolvidas no que a gente pode chamar de clima junino: bandeirolas, comidas típicas, fogueiras, fogos etc. Mas como ficamos nós na igreja em relação a isso tudo? Como ensinamos às nossas crianças que a adoração aos santos juninos não faz parte do que a Bíblia nos ensina? Apenas proibimos e dizemos que “não”? Que as crianças não podem participar de nada disso sem sequer dizer por quê? Precisamos conhecer um pouco desse assunto para que possamos dizer realmente o que a Palavra fala sobre isso. De onde vem e por que é comemorado.
A criança fica emocionalmente envolvida com o ambiente porque na escola ela é bombardeada com essa informação e na sua cidade também. A igreja está inserida na cidade e de alguma forma isso deverá ser, se não comemorado, explicado e adaptado.
Mas vamos ver um pouco sobre o assunto. Inicialmente, essa comemoração vinha de origem judaica, mas não era associada a comemorações aos santos e, sim, em agradecimento a Deus pelo suprimento das necessidades do povo. Era nessa festa que as pessoas entregavam as suas primícias ou primeiros frutos a Deus. Em Êxodo 23.16, diz que “depois haverá a festa da Ceifa, das primícias do teu trabalho, do que semeaste nos campos; e a festa da Colheita, no fim do ano, quando recolheres nos campos os frutos do teu trabalho”. Assim o povo festejava e, para nós cristãos, esse pode ser, sim, o objetivo e o motivo a ser festejado e comemorado. E se na festa não existe adoração a ídolos nem comidas oferecidas a eles, se é apenas uma festa onde as pessoas se divertem e as famílias vão participar com essa finalidade, se não existir imoralidade, e o objetivo é de comunhão e diversão entre os irmãos da igreja, podemos considerar que está tudo bem. Em relação a escola, cabe aos pais verificar como será a programação da festa, o que será exatamente comemorado e, cabe a eles, decidir se o filho poderá participar ou não e também as explicações do porquê sim ou não.
Algumas igrejas programam festas juninas que se referem na verdade ao mês de junho, que tem como fundamentação a comemoração a fartura em relação à colheita, e a questão das roupas típicas se relaciona à maneira que as pessoas se vestem ou se vestiam no interior. Sendo assim, vamos observar o que diz a Bíblia em Romanos 14.22,23: “Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado”.
Se, de acordo com a liderança da igreja, essa é uma programação permitida, faça e coloque os objetivos bem definidos; explique com clareza para as crianças o que será essa festa, porém se o pastor da igreja não concorda, então, não siga em frente, pois todos devem estar em unidade e estar submissos à autoridade local, além de não trazer escândalos aos membros da sua igreja.