Uma vez que o líder treina e delega, precisa fornecer assistência na forma de ferramentas, recursos e um tipo de ajuda prévia, fruto de uma intuição ou “suspeita” acerca de uma possível necessidade ou até mesmo pela informação concreta sobre um fato corrente. Acho muito interessante como Jesus, de forma antecipada, falou sobre o Espírito Santo como sendo a ajuda e sustentação divina para tornar possível a execução do chamado delegado aos seus discípulos: “Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito” (João 14:26).
As características de liderança podem ser percebidas e estimuladas desde muito cedo no ambiente do trabalho em equipe. A pergunta que você deve fazer a si mesmo é: Quero que meus liderados tenham mentalidade e atitudes da liderança servidora, que sejam capazes de ter suas próprias convicções e que busquem a realização dos seus ideais? Se sua resposta for “sim”, comece agora! E uma vez que você começar a investir em treinar e delegar, aprovisione também o suporte. E você pode fazer isso assim como o Espírito Santo faz conosco: relembrando o que já foi ensinado, reativando as ferramentas e a provisão que já foram compartilhadas para o desenvolvimento, e providenciando mais à medida que surge demanda para isso.
O apóstolo Paulo, inclusive, se refere ao Consolador como Aquele que “nos assiste em nossa fraqueza” (Romanos 8:26). Uma das definições da palavra grega “astheneia”, traduzida como “fraqueza”, é “falta de força e capacidade requerida”. À medida que fornece suporte, o líder e a organização precisam estar atentos a esse tipo de “fraqueza” que pode ocorrer na pessoa treinada ou na equipe, e fornecer a ajuda necessária na forma de suporte.
Você pode ajudar os seus liderados a desenvolverem aptidões desde o começo, tomar decisões coerentes, analisar situações e planejar os processos, como também desenvolver ética, proatividade e responsabilidade. Essas habilidades de liderança promoverão confiança e interdependência não somente a longo prazo, mas principalmente no contexto em que a equipe está ativa realizando a missão confiada. E se essa é a atmosfera na equipe e na organização, esse será o comportamento dos membros do time entre si, fornecendo apoio uns aos outros.
Extraído do livro 5 PILARES PARA A CONSTRUÇÃO DA LIDERANÇA | Manassés Guerra