Verbo FM

Hugo Henrique (Rio de Janeiro-RJ)

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Nasci no Rio de Janeiro e gosto da diversidade da minha cidade; ela é acolhedora. Meus pais são bem divertidos e amam receber todo mundo. Os meus amigos vão muito lá em casa. Minha família é tudo para mim. Desde pequeno, meus pais acreditaram em mim, porque, quando nasci, os médicos me deram no máximo três meses de vida. Nasci com o pulmão prematuro e a minha mãe, crendo ao contrário, dizia: ele viverá bem mais que isso. Ela nem era da igreja ainda e já falava com fé.

Lá em casa moramos eu, meu pai, minha mãe, tenho um irmão por parte de pai e uma irmã casada que é mais velha do que eu. Tenho dois sobrinhos filhos da Monique. Quando olho meus sobrinhos, me vejo nos dois. A Duda é a mais velha ,tem nove anos e ela sempre me teve como exemplo, ela gosta muito de ler. O Davi é pequeno, fez cinco anos, mas vive atrás de mim o tempo todo. A minha irmã é muito preciosa para mim.

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Cresci e fui fazer faculdade de História em Seropédica, na UFR-RJ, eu tive que aprender a me virar muito sozinho. Me formar em história foi, a princípio uma escolha muito doida. Sempre fui um aluno que tinha notas boas em todas as matérias. Acho que tenho facilidade de aprendizado. Quando conclui o ensino médio, os meus professores de matemática, química e física achavam que eu deveria fazer Engenharia ou alguma coisa que me desse bastante dinheiro. Quando fiz vestibular passei para Engenharia e para História. Escolhi História. Dentro de mim era claro: Engenharia eu vou ter dinheiro, mas não vou ser feliz. A sala de aula é, para mim, uma realização. Dou aulas no supletivo e é a parte que mais gosto que é estar com as pessoas que não tiveram oportunidades, as quais estão correndo atrás. Eu estou lá para ajudá-los nos sonhos deles. Sou realizado profissionalmente.

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Tenho o sonho de viajar pelo mundo. Quero ir, principalmente nas regiões onde ficavam as igrejas primitivas. Sou apaixonado pela história da igreja. Essa parte da igreja primitiva mexe muito comigo. Então, é parte do meu sonho conhecer esses lugares. Também sonho que a minha vida sirva mais do que para mim mesmo. Quero que as pessoas olhem para mim e digam: “quero um pouco disso que você tem”, parece um pouco pesado dizer que quero servir de inspiração para alguém, mas isso é uma coisa que mexe bastante comigo. Meus amigos  falaram para mim, há pouco tempo: “Hugo, não desiste, porque olhamos para você”. É muita responsabilidade.

Entrei para o Verbo em outubro de 2015, estava terminando a faculdade, era uma fase muito turbulenta na minha vida. Final de curso, morando em república, vivendo uma loucura. Entrei na igreja por causa de uma amiga minha a Agatha, ela é a minha amiga de infância e nunca desistiu de mim. Quando ela soube que eu estava vivendo uma vida louca, me ligou para brigar comigo e falou que estava congregando na igreja e queria uma companhia e comecei a ir com ela, meio sem querer ir, porque eu estava vivendo outra realidade. Meu pensamento foi: “Vou fazer amigos, porque eu tenho facilidade de fazer novas amizades e a Agatha estaria junto, então, quando ela tiver com amigos, eu saio”. Só que eu não consegui sair. Hoje eu e ela fazemos o Rhema na mesma sala.

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Acredito que o sentido da vida é você viver não apenas para si mesmo. Devemos construir algo que as pessoas possam andar sobre aquilo. Não vale a pena viver de maneira louca e falo pelo que já vivi quando estava na faculdade. Naquela época, percebi que era uma existência vazia, não faz sentido. Viver para ajudar as pessoas é bom e, com a Palavra da fé é melhor ainda. O sentido da vida é ajudar pessoas a sair de lugares onde você já esteve.

Hoje faço o que gosto. Na igreja da Pedra de Guaratiba, eu sirvo na equipe de conselheiros, e ajudo em outras equipes; quando vejo que está pesado para alguém, vou ajudar naquela área. Ajudo na fotografia, essas é uma das partes que mais gosto, mostrar a sua igreja pela sua visão, seus olhos, trabalho na igreja de crianças também. Nessa estou trabalhando a pouco tempo, mas já estou apaixonado. Ah também estou nos jovens e trabalho no que for preciso.

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Amo a leitura. Meus amigos ficam zoando que a minha casa é quase uma biblioteca, porque eu tenho desde livros seculares, sempre gostei de ler. Suspense me chama muita atenção. É muito difícil achar um suspense gospel (risos). Acabo lendo outros e, como me formei em história, tem também as obras especiais sobre Ditadura Militar, que foi o tema do meu trabalho de conclusão de curso. Sempre gostei da parte cultural da história. Amo a expressão de criatividade do ser humano que é a parte artística e cultural. Na minha monografia, trabalhei com os teatros, com a parte da cultura e da música. Procurei outras vertentes da Ditadura Militar.

Passei por uma fase bem conturbada na faculdade. Eu estava estudando a igreja primitiva, mas meu orientador me falou: “Se você continuar com isso não vai formar, porque você vai pegar a linha da teologia e não o papel de historiador”. Minha mente estava em conflito, porque eu tinha a Bíblia como fonte na faculdade, mas tinha que utilizá-la de forma racional, aí eu chegava na igreja e usava a Bíblia como fonte de inspiração. Às vezes eu pensava: “Jesus o que vou fazer agora? Ou estou estudando para a igreja ou para a faculdade”. Depois dessa conversa com meu orientador, decidi mudar e estudar outra coisa, orei e me veio o tema ‘Ditadura Militar’ e acabei achando os teatros.

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Gosto dos livros de história da igreja. Porque é uma coisa que grita dentro de mim. No Rhema, fiquei muito empolgado ao estudar História da Igreja. Eu esperei essa matéria desde o primeiro ano. Foi a melhor matéria para mim, disparada na frente das outras.

Acredito que a nossa geração de jovens cristãos se levantou de forma diferente. A nossa geração tem buscado aprender com os erros de caráter da geração anterior para vivermos de forma mais pura o evangelho. Devemos viver sensíveis ao que Deus quer, tentando cumprir ao máximo o que Deus tem para nós.

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Tenho uma direção de fazer a Escola de Ministros em breve, depois disso, não tenho noção do que penso em fazer daqui pra frente. Talvez focar em algumas coisas que tenho em meu coração, terminar um livro que tenho o desejo de escrever. Quero escrever sobre reconciliação, penso no título: “Um Amor para Recomeçar”. Contando um pouco do meu testemunho de volta, quero reforçar que Deus é um bom Pai e quer que você volte para Ele. Tem uma parte também que é louca na qual eu falo que Deus quer o tempo todo que você volte para Ele. Mesmo que você tenha errado, Ele te quer por perto. Eu acho isso incrível em Deus… por isso, quero dizer para as pessoas: “cara, olha Deus é desse jeito!”. Para mim, a parábola do filho pródigo me diz tudo sobre Ele, sobre o caráter de Deus. É a minha história, eu me vejo no filho pródigo.

Eu era de uma outra igreja e lá eu fazia parte da liderança dos jovens. Aconteceram alguns problemas na igreja e acabei me entristecendo muito e fui morar em Seropédica por causa da faculdade. Acabei me afastando um pouco porque passava a semana estudando e, no final de semana, queria estar com a minha família. Com isso, não fui mais para a igreja e acabei negociando muitas coisas que Deus havia me dado. Quando voltei para a igreja, vi as coisas acontecendo rapidamente. Voltei em 2015, estamos em 2017 e, graças a Deus, as coisas estão acontecendo; até penso: “calma, Deus vamos devagar (risos)”.

Deus colocou pessoas incríveis em minha vida para me ajudar nessa volta da caminhada

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Deus é meu Pai. Um Pai perfeito. É aquele Pai que você pode estar quebrado que Ele está lá torcendo: “Vamos filho, eu confio em você”. É um Pai que quer sempre o melhor para a gente.

Deus é um Pai perfeito. Essa frase o resume bem.

Eu sou um filho que tem buscado muito obedecer a Ele. “Perdi” quase um ano e meio da minha vida vivendo sem sentido, quando voltei pensei: “nossa como perdi tempo fazendo coisas fúteis, eu poderia estar vivendo para Deus”. O Senhor me falou: “filho, volta porque o que tenho dentro de você são coisas grandes” E Ele foi me mostrando que depender dEle vai além das palavras.

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Ano passado, fui em uma Conferência de Criatividade em Belo Horizonte. Um mês antes, meu pai falou que não iria poder me emprestar o cartão para eu comprar as passagens. Fui falar com meu amigo, Mateus Chianca e dizer que não tinha como comprar as passagens e ele falou: “eu já ia te dizer que Deus me falou que eu deveria te dar as passagens”. Comecei a chorar (sou chorão), mas Deus o fez me abençoar sem ele saber da minha necessidade, mesmo ele sendo meu amigo, ele não sabia de nada. Isso foi Deus me mostrando algumas coisas e que depender dEle é o melhor. Isso nos ajuda a aprender a ser filho.

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Quero honrar algumas pessoas. A Agatha Damacena… Não tem como falar de mim sem falar nela. Ela é amiga de infância que nunca desistiu de mim. Desde pequeno, ela me busca para perto. Sempre me apoiou em tudo, crescemos muito próximos e ela é aquela amiga irmã, a irmã mais nova, a defendo muito.

Também sou grato ao Mateus Chianca, quando cheguei na igreja estava muito quebrado e uma das primeiras coisas que Deus me falou foi: “você tem que renunciar alguns dos seus amigos”. Pensei: como? Na igreja Só tenho a Agatha, o Mateus e o Pedro Bevilaqua se tornaram meus amigos agora. Contudo, quando precisei de apoio eles foram meu apoio. Eles foram aqueles que não desistiram.

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Cheguei na igreja em Setembro, mas só em Novembro me firmei la no Verbo em Pedra de Guaratiba, me lembro como se fosse hoje, porque a história envolve meu pastor Edimilson, ele é outra pessoa que sou extremamente grato.

Ele é uma referência para mim tanto ministerialmente, quanto de caráter. Ele é um exemplo para tudo. Lembro que nesse culto que decidi ficar na igreja a ministração foi toda para mim. Um dia antes, eu tinha conversado com o Pedro, contado boa parte da minha vida para ele e a Roberta Yorio e o Ronalde Borges, o Mateus e o Pedro falaram: “você vai para a igreja amanhã”. Eles ficaram insistindo, eu fui e o pastor falou: “Deus quer que aqueles filhos que eram intensos voltem a ter a mesma intensidade que eles tinham”.

Quando ele falou isso, me tremi por dentro. A carne tremia mesmo eu parado e a partir daquele dia, a minha vida mudou. Sou grato ao pastor Edimilson.

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Quando tive aula de Como ser guiado pelo espirito, com o pastor Edimilson foi outra virada na minha vida. Ele até falou uma vez que teve uma visão que as pessoas chegavam quebradas e passavam inteiras por ele. Eu me vi nessas pessoas… que chegaram quebradas e saíram inteiras.

Quero honrar também meus lideres e pastores de jovens o Carlos e a Fran. Eles me receberam como um filho sem nunca terem me visto. Acreditaram em mim 100%

Lembro que, quando cheguei na igreja, iam fazer um aulão para os jovens que fariam o ENEM, vi todas as matérias mas não vi história e falei: “Agatha que estranho, não tem história”. Eu não conhecia ninguém na igreja.

Acabou o culto e ela foi lá onde estavam fazendo as inscrições e questionou: “por que não tem história nas disciplinas estudadas?”

Eu falei: “menina fica quieta, por favor”.

Ela falou com o Pedro, ele quem estava nas inscrições. E disse: “É que nós estamos chegando agora na igreja e ele (falando de mim) está se formando em história. Eu acho que ele pode ajudar”.

Ai fiquei sem graça em dizer que não podia ajudar.

Três semanas apenas na igreja, eu me vi em sala de aula, servindo, dando aula para vários jovens. Me vi ajudando pessoas 100% de coração e foi engraçado, porque fiquei assustado com a reação do pessoal.

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Eu sou um jovem que tem buscado muito entender o que Deus quer para a minha vida.

Quero ser exato. Não quero vacilar, já perdi tempo.

Tem uma frase da uma música “Até que a Casa Esteja Cheia” do Rodolfo Abrantes que ela grita dentro de mim, diz: “que cada hora perdida me lembre que não é para eu parar”...

O tempo é exato. Não tem como ser exato sem olhar para o tempo.

Tento ser exato, ser cada vez mais sensível a voz de Deus.

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Gosto de estar com todo mundo. Família é algo muito forte em mim.

É da minha criação trazer todo mundo para perto. Por onde passo, busco fazer pelo menos um vínculo de amizade, para não me sentir sozinho mesmo.

Quando eu era criança, era engraçado, porque eu ia para a praia sozinho com meus pais e voltava para casa dizendo: “pai, arrumei três amigos na praia”.

Sempre fui assim, sou de falar muito… sempre estou rindo e brincando e Hugo Henrique é essa mistura toda… (risos)

Sou um jovem que decidiu estudar, viu o que era para ser feito, o que não era para ser feito, e busca ser exato no que tem que fazer!

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