Verbo FM

Mulheres de diferentes gerações

Por Dione Alexsandra (Geração X) e Amanda Secco (Geração Y e Z)

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O post de hoje, escrito a quatro mãos, destaca o encontro de gerações. Refiro-me às mulheres da geração X, Z e Y: um só gênero, três gerações. Para ajudar seu entendimento, vamos destacar algumas características de cada geração:

Geração X (mulheres nascidas entre 1961 e 1980)

Para a mulher dessa geração, a carreira é prioridade. A família e os amigos ficam em segundo plano. Todos os relacionamentos estão, de certa forma, permeados pela esfera profissional e, ao mesmo tempo, limitados. O trabalho é fonte de realização e status para ela. Profissionalmente, a mulher é assertiva. A chefe X costuma ser objetiva, comprometida com resultados, competitiva e responsável. Preza pela hierarquia e pela formalidade.

Geração Z (mulheres nascidas na década de 1990)

É uma profissional muito infantilizada e ingênua. Sua vida gira em torno dos pais, que são sua principal referência. Para a mulher dessa geração, trabalho e estudo são um mal necessário. A vida é uma festa. A estagiária Z é a profissional com mais energia em estado bruto. Ansiosa por conhecimento, quer encontrar um caminho na carreira logo e, se possível, nas primeiras experiências profissionais.

Geração Y (mulheres nascidas entre 1995 e 2000)

É o começo do movimento de ascensão da carreira, mas a mulher ainda procura equilibrar o tempo. Deseja manter uma vida social ativa. Família e amigos são importantes, mas a profissional Y tenta dividir bem as tarefas. O trabalho, para ela, é a afirmação da maturidade perante a sociedade. A mulher Y apresenta a faceta mais humana do ambiente coorporativo, mostrando-se acessível, bem informada, flexível e adaptável. Gosta do trabalho em equipe.

Mulheres de diferentes gerações que vivenciam diferentes contextos de vida e, hoje, estão dividindo o mesmo ambiente; e, com isso, estão aprendendo a lidar com os conflitos do dia a dia. A geração X nasceu com o computador; a Y, com a internet; e a Z, com os ambientes virtuais.

As mulheres da geração X são as responsáveis por um salto da participação feminina no mercado de trabalho;as da geração Y, essas são protagonistas de uma revolução feminina no mundo.Essas mulheres da geração Y passaram a assumir posições de liderança; mas, isso certamente não aconteceu da noite para o dia. Essa geração conseguiu, com esforço, mais oportunidades de estudo, trabalho e melhores chances de verem a vida de uma maneira diferente. Muito mais mulheres estão com maior acesso à informação e isso resulta em cada vez mais recursos e conhecimento a seu favor. Essa mudança alcança, também, a família que é beneficiada com mulheres mais maduras e desenvolvidas em todos os aspectos.

Segundo José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e professor titular do mestrado ENCE/IBGE, a pirâmide populacional brasileira mostra que as mulheres já são e serão a maioria no Brasil em 2030; a maior faixa etária feminina será de mulheres entre 35 e 59 anos. Em 2000, o maior grupo era de mulheres entre 15 e 19 anos. As mulheres ainda são minoria no mercado de trabalho brasileiro, mais precisamente 25%, menos do que nos países desenvolvidos; apesar do Brasil apresentar um aumento significativo de 39% para 60% da participação feminina no mercado de trabalho nas últimas décadas.

O estudo “Conte com Elas”, realizado pela Editora Abril e Movimento Habla em agosto de 2012, ressaltou o fato de que as mulheres são o maior mercado emergente do mundo e que compõem 60% da população graduada e 51% da pós-graduada no Brasil. O que as representantes femininas da geração Y querem é que as empresas aceitem que a participação feminina é tão eficiente quanto à masculina.As mulheres da geração Y, nascidas ou criadas em meio ao avanço digital, experimentaram conquistas graduais de liberdade e de autonomia ao longo do tempo.

Todas essas informações precisavam ser inseridas para um melhor entendimento do nosso texto. Eu faço parte da geração X e sei do valor de cada conquista minha adquirida ao longo dos últimos anos. Só aos 40 anos fui para a Universidade e estou concluindo, em dezembro de 2016, os quatro anos de graduação. Essa conquista exigiu de mim muita determinação, já que precisei bancar uma Faculdade particular, e isso se tornou possível por eu ter um trabalho, uma profissão e, com isso, pude custear meus estudos.Ou seja, na vida, acabei fazendo o caminho inverso, primeiro trabalho e só depois voltei a sala de aula. Mas eu desejava essa realização e estou feliz pela conquista.

Existem muitas mulheres, da minha geração, bem sucedidas; e, quando falo bem sucedidas, não me refiro apenas à questão profissional, mas especialmente por ver mulheres espiritualmente maduras, equilibradas(emocionalmente inclusive) com famílias estruturadas. Alegro-me por perceber, em nosso meio, muitas mulheres determinadas, fortes, perseverantes e determinadas em acertar. Isso é maravilhoso!

Vemos o avanço das mulheres no ministério e sou tão grata ao Verbo da Vida por ter uma liderança que valoriza, acredita e incentiva o avanço das mulheres no ensino, na direção de escolas, nos trabalhos de departamentos femininos, nas igrejas, nos departamentos infantis. Enfim, as mulheres se tornaram imprescindíveis no ministério e isso é perceptível nos Evangelhos quando relatam ações do Ministério de Jesus.

As mulheres não apenas financiavam o ministério do nosso mestre como estavam presentes no apoio, na hora de cuidar de Jesus, no alimento, na oração e até no momento da crucificação e ressurreição. Eram elas que estavam lá, nos bons e maus momentos. Foi uma mulher que derramou perfume nos pés de Jesus, foi uma mulher que deu à luz o filho de Deus e cuidou dele até que chegasse a hora de cumprir o plano de Deus para a humanidade. Mulheres, vocês são muito importantes, não aceitem nada menos que isso.

Ser mulher é essencialmente ser a manifestação do amor de Deus aqui na Terra; porque, cá para nós, só Deus explica o amor de uma mãe.O zelo e o cuidado da mulher são algo divino.Particularmente, reconheço que sou uma mulher da geração X séria, que costumo pensar bem antes de prometer algo, porque é comum para nós cumprirmos a nossa palavra.Na sua geração, você pode fazer a diferença, movendo-se em fé, dando o seu melhor e sendo o que Deus a chamou para ser.

John Wesley certa vez disse: “Senhor, dê-me 100 homens que Te amem de todo coração, alma e entendimento e que odeiam o pecado, e sacudirei essa geração por Jesus Cristo”.

Eu digo: “Senhor, dê me como referência, pelo menos, 10 mulheres que te amem de todo coração e alma, que odeiem o pecado e sacudiremos essa geração por Jesus Cristo.

Recentemente aconteceram as aulas de campo em Campina Grande e, em uma dessas aulas, lembro-me de uma jovem aluna da Escola de Ministros de Campo Grande – MS, bem discreta, que eu não conhecia, mas já no final da aula me aproximei, abracei-a e dei-lhe uma palavra de ânimo. Só depois, vim saber que essa jovem era Amanda Secco, que, com apenas 22 anos, em 2014, casou e teve seu casamento destacado na mídia por uma decisão tomada: a de beijar seu esposo pela primeira vez no altar. E, como estamos em um mês especial para as mulheres, diante da Conferência, resolvi convidar a jovem Amanda Secco para escrever o blog a quatro mãos junto comigo. Amanda é uma jovem que hoje tem apenas 24 anos, ou seja, ela é da geração Y e tem muito que dizer sobre suas experiências.

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Amanda Secco

Aluna da Escola de Ministros Rhema em Campo Grande- MS e advogada 

A felicidade foi grande quando essa maravilhosa mulher de Deus, Dione, veio falar comigo. Eu já estava muito feliz só pelo fato dela ter me mandando uma mensagem via Facebook, porém fiquei mais feliz ainda quando me fez o convite para escrever no blog juntamente com ela. Eu não canso de dizer que foi uma grande honra e privilégio para mim, sou grata a Deus por essa conexão maravilhosa que Ele fez. Tenho aprendido muito com ela, mesmo de longe, sua vida tem me edificado grandemente!

Quando fui cheia do Espírito Santo de Deus, ao aceitar Jesus, Ele derramou Seu amor em meu coração, e desde que nasci de novo eu aprendi a amar pessoas, amo vê-las sendo cheias desse Amor que um dia também me alcançou. Porém, tenho um carinho especial pelas minhas irmãs em Cristo, talvez por eu também ser mulher e entender seus desafios, talvez porque há um propósito nisso.

Como Dione já descreveu, eu faço parte do final da geração Y, e do começo da geração Z, e realmente identifico o que vivi com tais características descritas acima a respeito dessas gerações. Particularmente, posso dizer que a educação que as moças nascidas a partir da década de 1990 receberam, foi totalmente diferente da educação recebida nas gerações anteriores. Antigamente, as mulheres recebiam um tipo de educação voltada para serem excelentes donas de casa, boas esposas, e impecáveis mulheres perante a sociedade. Já na minha geração, as mulheres receberam uma educação para seres apenas excelentes profissionais e independentes do marido.

Lembro-me de ouvir desde muito nova de meus pais que eu deveria ser uma excelente profissional e não depender do meu futuro marido para nada. Recordo-me de ser “poupada”de aprender a ajudar em casa, com as tarefas domésticas, pois minha família preferia que eu dedicasse todo meu tempo estudando, e estagiando.  Tal fato não era realidade apenas em minha vida, observava que minhas colegas recebiam a mesma educação e incentivo.

Fomos criadas para desbravar o mundo, para ter sucesso na carreira profissional, sermos reconhecidas, fomos acostumadas a ter tudo de um modo rápido, e principalmente… Educadas para sermos totalmente independentes. Observo muitas mulheres da minha geração com uma bagagem profissional admirável, mas que não sabe, ao menos, como fritar um ovo e fazer um simples arroz. Afinal, essa geração não foi criada para administrar um lar, e sim para ter condições financeiras suficientes para ter uma secretária do lar para isso, e de modo nenhum ser dependente de um homem, muito menos ser submissa a ele. Quanto mais puderem delegar os trabalhos essenciais de um lar, melhor. Porém se esquecem de que para saber delegar, é necessário primeiramente saber fazer e para poder exigir excelência, deve-se primeiro saber fazer essas mesmas tarefas com excelência.

O diabo deturpou tudo no mundo, e também deturpou a liberdade conquistada pelas mulheres, tal liberdade foi batalhada e recebida entre a década de 60 e 70, e através desse fato, Lúcifer desvirtuou a liberdade feminina e trouxe a mentira da insubmissão. Em minha opinião, aí está a grande explicação para o tipo de educação que as gerações X e Y receberam, uma educação com valores completamente corrompidos e as consequências são gravíssimas.

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Porém, a mulher de Provérbios 31 é a mulher que não se deixou ser deturpada pelas influências malignas de sua época, ela era uma mulher segundo o coração de Deus. Ela sim era uma mulher exemplar, pois ainda que trabalhasse fora, efetuava os afazeres domésticos com excelência, e cuidava de sua família com honra e muito amor. Ainda que soubesse como ser uma ótima dona de casa, não deixava de cuidar de sua carreira profissional, ela era uma comerciante absolutamente ativa. E é esse tipo de mulher que deve continuar sendo o referencial de todas as gerações.

Em relação à insubmissão, lembro-me de uma certa vez que eu estava espirrando muito, por conta de uma alergia que me atacou repentinamente dentro de casa. Para me ajudar, meu marido me deu a orientação de sair um pouco de dentro de casa para respirar um ar fresco fora. Inicialmente, eu resisti à orientação dele, pois eu achava que não adiantaria de nada isso. Ele foi embora para o trabalho dele, e eu então resolvi “testar” aquela orientação apenas para dizer que eu saí, e que não deu certo. Então quando eu fui para fora de casa, instantaneamente, parei de espirrar, e então logo fiquei constrangida e arrependida pela resistência, e o Senhor disse dentro de mim: “Filha, eu uso do Léo para te proteger. Obedecendo a ele você estará obedecendo a Mim, pois eu uso Ele como meu instrumento para te abençoar e resguardar”.

Eu já entendia sobre o princípio da submissão, mas é como se esse fato me fizesse sentir na pele, literalmente, a benção de ser submissa ao marido. Ser submissa é estar de baixo da mesma missão, nem por cima, nem por baixo, mas lado a lado, cooperando para que a missão de Deus seja realizada na terra. Nossos maridos são usados por Deus para nos proteger, e sendo submissas a eles estaremos sendo abrigadas e abençoadas pelo Senhor.

É desafiador viver numa geração tão desvirtuada, mas ao mesmo tempo, sabemos que nosso Deus é poderoso para nos dar força e ousadia suficientes para vivermos segundo o modelo da mulher de Provérbios 31, agradando ao coração de Deus, e consequentemente, sendo extremamente recompensadas e abençoadas por isso.

3 Comentários

  • Que texto plausível!! Que todas as mulheres sejam edificadas com essas genuínas palavras. Amanda e Dione que Deus abençoe a vida de vocês cada vez mais! Amandaa ??

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  • Que texto abençoador!! Que todas as mulheres sejam tocadas por essas genuínas palavras. Amanda você é uma bênção e a Dione também. Deus esteja sempre com vocês!

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  • Que felicidadeeeeeeeeeeee!!! Glórias a Deus!! Que as mulheres desse Brasil possam ser abençoadas com o que o Pai fez em nossas vidas.

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