Verbo FM

Carta fora do baralho

Se você é um frequentador assíduo da sua igreja, participante ativo dos eventos, engajado em algum departamento, um membro fervoroso nos cultos, já deve ter notado que muitas e muitas vezes algumas pessoas somem da igreja e ninguém sabe o “paradeiro” do(a) tal irmãozinho(a), não é verdade?

Nos envolvemos tão inteiramente na igreja que, muitas vezes, só conseguimos perceber aquilo que está ao nosso redor, e nisso incluo pessoas, tarefas, departamento, etc.

Eu lhe pergunto: “Quantas irmãos, próximos ou nem tão próximos a você, faltaram alguns cultos e ninguém notou, a não ser quando ele reapareceu?”.

Às vezes, tenho uma sensação que apenas “usamos” as pessoas como se fossem descartáveis, e quando elas somem por qualquer motivo que seja, um erro ou uma necessidade, por exemplos, nem lembramos que uma cadeira ficou vazia no culto.

Mas, nenhuma “carta do baralho de Cristo” deve ser descartada.

“A igreja é como um grande hospital”, alguém disse isso e achei perfeito. Pessoas de todos os tipos, classe social, status, estado emocional e físico vão para a igreja buscando o que todos nós buscamos: apoio, ajuda, encorajamento, solução, dentre outras coisas. Pois este é o lugar que primordialmente não deve fazer qualquer tipo de discriminação, diferenciação, ou qualquer coisa semelhante.

E será que elas encontram o que procuram nos momentos de maiores necessidades? Ou o “exército de Cristo é o único que vê seus companheiros feridos e deixa-os morrer?” (autor desconhecido).

Acredito que valorizar as pessoas, o que elas fazem, quem elas são, de fato, não deve acontecer só quando elas estão ativas e operantes na igreja. Dizer um “muito bem garoto” quando o jovem está ali, entregue na tarefa que lhe foi incumbida, é mais fácil, no entanto, a valorização do ser humano ocorre quando damos a importância devida aos sentimentos, dificuldades, alegrias, ou a qualquer outra coisa que esteja acontecendo na vida do nosso irmão, estando ele dentro ou fora da igreja. Esta é a real consideração que devemos ter uns para com os outros.

Ser IRMÃO EM CRISTO é muito mais do que dar a paz do Senhor,  trocar o cálice da ceia, cantar músicas de união… Ser irmão em Cristo é se importar com o outro (não só com os “chegados”), amando como Cristo nos amou. E se importar é lembrar de que tal irmãozinho não foi ao culto, descobrir o número dele, se ele tem facebook, onde mora, alguma coisa que o faça entrar em contato com ele e demonstrar o quanto se importa e o quanto ele fez falta.

Quando alguém se importa com a gente, com os nossos problemas e realizações, traz alegria ao nosso coração e força para permanecermos firmes.

Como um baralho precisa de todas as cartas, o corpo de Cristo precisa da presença, dom, criatividade de cada um. As cartas de um baralho juntas se completam, assim é no corpo de Cristo: com a diversidade de dons, o corpo funciona bem.

Que sejamos aqueles que vão perceber a ausência dos outros, se importar com o que é importante para o nosso irmão e, assim, ajudar a fortalecer a igreja local e o corpo de Cristo.

E então? Pense agora: tem alguém na sua igreja ou departamento que não esteve no culto passado? Se sua resposta for sim, seja aquele que vai #SairdaRotina e demonstrará, de alguma forma, o quanto Jesus, através de você, se importa com ele.

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