Verbo FM

Chamados para fora

por Simon Potter
*Líder do Centro de Oração Verbo da Vida

A nossa jornada saindo para salvar começa no altar.

Queremos levar o altar do Senhor, o fogo santo, essa presença, esse perfume, o incenso. O que acontece por dentro tem que ir para fora. De geração em geração, a misericórdia do Senhor dura para sempre. Ele está levantando uma geração que vai para fora! Fiquemos atentos ao dedo de Deus apontando para nós!

“Também as vestes do leproso, em quem está a praga, serão rasgadas, e a sua cabeça será descoberta, e cobrirá o lábio superior, e clamará: Imundo, imundo. Todos os dias em que a praga houver nele, será imundo; imundo está, habitará só; a sua habitação será fora do arraial” (Levítico 13. 45- 46).

O Senhor gastou tempo no livro de Levítico falando sobre a lepra, mas por quê? Essa doença que atinge os dedos, pés, mãos e todas as extremidades do corpo, distorcendo a imagem de Deus. Até hoje, podemos ver comunidades de leprosos isolados. Na Índia, por exemplo, há muitas dessas comunidades fora do convívio com o resto da população.

Na Indonésia, pudemos ver a igreja dos leprosos. Eles são um povo rejeitado, que vive com vergonha, vivem à parte da sociedade. Lepra funciona como símbolo do pecado. Começa nas extremidades, mas aos poucos vai atingindo mais e mais o corpo.

Podemos ver um mundo imundo fora da igreja, fora do acampamento, do arraial dos santos. Um mundo distorcido pelo pecado, fora da igreja.

Durante muitos anos, a igreja tem ido, mostrado misericórdia, ajudando os leprosos.  Existem crentes que têm recebido ideias divinas para ajudar os leprosos. A igreja fora do arraial está atingindo os doentes, porque a igreja vai em muitos lugares do mundo que estão doentes. Muitos não querem chegar perto, mas a igreja vai! Porque temos algo para aquele povo, que está esperando um toque de amor e esperança, e isso vem de onde? De Cristo!

Só vou lá fora, porque Cristo está lá. Ele tem os Seus olhos voltados para a igreja, dentro das “quatro paredes”, mas Ele vê além, vê um mundo com necessidade, um mundo carente, precisando de um toque, não apenas um toque de simpatia, mas com um toque transformador.

“E aconteceu que, quando estava numa daquelas cidades, eis que um homem cheio de lepra, vendo a Jesus, prostrou-se sobre o rosto, e rogou-lhe, dizendo: Senhor, se quiseres, bem podes limpar-me. E ele, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, sê limpo. E logo a lepra desapareceu dele. E ordenou-lhe que a ninguém o dissesse. Mas vai, disse, mostra-te ao sacerdote, e oferece pela tua purificação, o que Moisés determinou para que lhes sirva de testemunho” (Lucas 5.12-14).

Esse jovem estava doente, mas com o desejo de sair dessa situação.
Eu lembro dos 12 seguindo Jesus e o Mestre ensinando como tocar os leprosos. Posso imaginar Jesus ouvindo o coração desse leproso. Jesus estava sempre pronto para salvar, para estender a mão. Muitas vezes, as doenças vem para abafar a igreja, mas a compaixão do Senhor ferve no nosso coração. Nós conhecemos a vontade do Senhor que é curar.

Eu posso imaginar Pedro, com as suas emoções que iam de “8 ou 80”. Ele olhando Jesus tocando o leproso… Porque Jesus não tem medo do mundo, da impureza do mundo. Maior dentro d’Ele é a santidade, o fogo puro. Há algo dentro d’Ele muito maior e mais poderoso.

Jesus não tinha medo das doenças e tocava nos leprosos com propósito. Esses doentes viviam em comunidades fora da cidade, mas Jesus os tocava. Tem muita gente esperando apenas um toque de amor. Por isso, vamos sair, tocar, resgatar e salvar. Esse toque gera poder e transformação na vida do leproso.

Vamos ver as pessoas com os olhos do pai, ver um mundo perdido, que precisa de Jesus.

“Porque os corpos dos animais, cujo sangue é, pelo pecado, trazido pelo sumo sacerdote para o santuário, são queimados fora do arraial. E por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta. Saiamos, pois, a ele fora do arraial, levando o seu vitupério” (Hebreus 13.11-13).

A cura de Jesus foi para fora dos muros, fora das portas das cidades. Jesus foi para fora, foi crucificado entre dois criminosos, rejeitado como Messias, torturado e morreu para resgatar todos. Ele se identificou com o pecador. E o Senhor nos chama para o mesmo lugar, nos identificando com Ele.

Saiamos para salvar o mundo. Devemos sair da cidade, do acampamento, da zona de conforto. Há milhões de pessoas sem acesso ao Evangelho, apenas 3% dos missionários vão para povos não alcançados.

Como igreja, saíamos! O Senhor está nos esperando entre os budistas, entre as tribos indígenas, entre os Indus…saia da zona de conforto. Tenha seus olhos focados no Senhor. Existe uma vida sobrenatural lá fora nos esperando.

As igrejas existem não por causa dos membros, mas por causa dos não membros e devemos ir até eles, fora do acampamento. Alguns não vão entrar na igreja e, por isso, a igreja tem que sair para salvar.

Estou crendo em novas ideias, ideias brilhantes em nosso meio, que mostrem compaixão pelos povos. Deus vai mostrar caminhos, Ele vai dar parceria, vocês vão encontrar pessoas com uma sintonia e vão se identificar. O Senhor quer mobilizar um exército para salvar.

“Para anunciar o evangelho nos lugares que estão além de vós e não em campo de outrem, para não nos gloriarmos no que estava já preparado” (II Coríntios 10. 16).

O mundo é enorme e só estamos começando o avanço da nossa obra Verbo da Vida nas nações. Seja ousado em ir para lugares fora da zona de conforto, vamos sair com paixão e compaixão. Somos a geração de bombeiros que vão apagar as obras do inimigo, mas também seremos aqueles que vão colocar fogo do Espírito nas nações.

*Trechos da mensagem do dia 21 de julho de 2022, no JPN Brasil.

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