Anderson Meireles
Aluno do Rhema Brasil em João Pessoa, PB
O novo nascimento em Cristo se assemelha e muito ao nascimento natural. É um processo de aprendizado e como em nossa vida natural, o que aprendemos na infância, carregamos conosco em nossa vida adulta e velhice. Ao nos encontramos com Cristo, zeramos tudo o que sabíamos com relação à vida presente e também ao porvir.
No entanto, ficamos tão fixados nos “benefícios” pessoais de uma vida em Deus que esquecemos que, apesar de não sermos do mundo, estamos no mundo. O mundo está repleto, ocupado por outras pessoas. Pessoas que precisam provar do fruto-amor. Pessoas famintas diante de um terreno fértil, porém vazio, pois falta quem semeie.
O livro de Atos se chama atos devido a importância das ações praticadas pela igreja (corpo) de Cristo, após receberem o Espírito Santo. Porém, infelizmente, há uma tendência humana, gerada por uma influência maligna, vinda de uma vontade diabólica, a uma apatia social.
Estamos apegados ao pentecostes como um “evento” e não damos o devido valor ao real pentecostes que é a colheita. Mas não há colheita sem plantio.
Quando o autor do livro de Gálatas adverte que andemos no espírito (5.16) e em seguida explica o que é o fruto do espírito (5.22), ficamos expostos a duas realidades: Frutificar e provar do fruto. Se andar no espírito leva ao fruto, permanecer no espírito implica em se alimentar desse fruto.
Então, ao contrário do que previamente pensamos, a constante vida no espírito, buscando manifestar o fruto com todas as suas características, não significa apenas uma vida de sacrifícios e esforços, mas também receber recompensas e favores.
Deus não seria incoerente e injusto ao pedir sacrifícios vãos aos seus filhos. Quando amo, sou pacífico, ando alegre, ajo justamente, espero com paciência, em contrapartida, recebo de quem está em minha volta, a mesma realidade. Se planto amor, não posso colher indiferença, se planto paz, não colherei contenda. Jesus nos garante isso em Lucas 6.43,44.
O que temos colhido? O que temos comido? De que fruto temos nos alimentado?
Se pratico a vontade do Pai, a advertência se torna consolo. A ordem de andar no Espírito se converte em reconhecimento: Vê, está andando em Mim, pois me deixou viver em dentro de você. Colha os frutos! Coma-os. Saboreie-os.