Todo mundo percebe quando aquele pequeno olhar para o sucesso do amigo, do vizinho ou de qualquer outra pessoa, passou de uma simples admiração a um interesse pra lá de invejoso, o popular “olho grande”.
Ver os outros subirem na vida, enquanto a nossa segue arrastada, sem perspectivas ou mesmo dando para trás, é o ponto de partida para alimentarmos o que tem de bom ou ruim em nosso interior.
Aquela famosa frase de que “a grama do vizinho é sempre mais verde que a nossa” se aplica a várias áreas de nossas vidas. Como não conhecemos a intimidade do vizinho, o seu casamento, o seu emprego, as suas coisas, sua felicidade parece, muitas vezes, muito melhor que a nossa.
Isso é verdade quando nos apegamos muito ao materialismo, quando nossos sonhos são voltados para o TER coisas e SER alguém de destaque na sociedade. Assim sempre acontece, quando alimentamos a nossa vontade natural de seres carnais. Quanto mais temos ou somos, mais queremos ter e ser. Esses desejos nunca são saciados em sua totalidade. Nesta busca desenfreada, alimentamos um dos sentimentos mais destrutivos: a INVEJA. Queremos sempre ter o que os outros têm, ou pior, o que eles ainda não possuem, para sermos o objeto de sua inveja.
Claro que, na maioria da vezes, queremos justificar que não temos esse sentimento. “Que coisa feia! Inveja, eu?” Até criamos a já tão conhecida “inveja santa”. Pode?
A inveja corrói a nossa alma e termina por provocar dores e doenças no corpo. Se duvidar, ela nos leva à morte, primeiro a espiritual e, em seguida, a física.
Isso é forte, mas é verdadeiro. No livro de Provérbios, está escrito: “O sentimento sadio é vida para o corpo, mas a inveja é podridão para os ossos” (Provérbios 14.30).
E a inveja tem remédio? Tem sim, senhor! O mesmo medicamento indicado para todos os outros pecados. Arrependimento, pedido de perdão e investimento na área que vence o materialismo: o espiritual.
A Bíblia diz: “A boca fala do que está cheio o coração” (Mateus 12.34).
Seguindo essa linha de raciocínio, agimos conforme aquilo que domina a nossa mente. Se alimentamos nossa carne, são os desejos dela que vamos buscar atender. Se alimentamos o espírito, é claro que vamos querer fazer aquilo que o Espírito Santo nos inspira. Simples assim.
É o Espírito quem nos ensina a ter sentimentos sadios. Somos levados a estar felizes com o sucesso dos outros, sempre estar satisfeitos com o crescimento do próximo e amá-lo sem reservas.
Assim, não só buscaremos o nosso desenvolvimento, sem compará-lo com os outros, como também seremos, não as vítimas, mas os destruidores da inveja.