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Flávio Cunha
Pastor da Igreja em Teresópolis- RJ

“Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado.” Gálatas 6:1

Biblicamente a disciplina para um cristão envolve ensino e treinamento. Um novo treinamento na área em que a pessoa errou, desde que ela esteja disposta a mudar.

Uma disciplina dura e fria a um discípulo sem nenhum tipo de ensinamento é apenas uma desaprovação hostil de alguém que se sentiu ferido e ofendido em sua autoridade.

Corrigir produzindo sofrimento e sanções sem ensinar a forma certa de fazer não produzirá crescimento nem mudança real, apenas mágoa, medo e insegurança naqueles que sofrem este tipo de “correção”.

A disciplina sem amor, são só açoites que roubam todo o resto de esperança daqueles que já estão estilhaçados pelo seu próprio erro. Por isso, a disciplina deve partir do princípio da restauração e elevação de uma pessoa a um estado melhor.

Não só de lhe devolver a função que perdeu, mas de dar a ela uma condição superior àquela perdida, em estrutura como pessoa, e na comunhão entre os seus.

Acredito que uma vez que alguém errou a primeira coisa que um líder deve pensar é: “Como posso restaura-la?” E, daí em diante, traçar um plano para que possa ajudá-la na sua condição de erro.

É preciso entender que isto envolverá primeiramente perdão do líder para com esta pessoa, segundo, proteção dele a ela em todo o período difícil que passará, terceiro, um forte comprometimento deste líder com a mesma, investido recursos disponíveis em todos os âmbitos necessários até vê-la restaurada.

Quando alguém que falhou sente por seu erro a primeira coisa que deseja é de consolo e de uma luz no fim do túnel indicando a possibilidade de que dias melhores. E isto ela precisa encontrar na sua liderança, que deve ser fiel e amorosa, uma fonte de segurança para os seus, em dias bons ou maus.

Ao servo do Senhor não convém brigar, mas, sim, ser amável para com todos, apto para ensinar, paciente. Deve corrigir com mansidão os que se lhe opõem, na esperança de que Deus lhes conceda o arrependimento, levando-os ao conhecimento da verdade, para que assim voltem à sobriedade e escapem da armadilha do diabo, que os aprisionou para fazerem a sua vontade. 2 Timóteo 2:24-26

 

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