Augusto Sousa
Pastor da Igreja Zoe, em Portugal

Hoje, no ministério, podemos estar em um lugar fazendo determinada coisa e, de repente, podemos ser levados a um lugar para fazer algo que não gostamos de fazer. Mas se expor a isso faz parte do nosso propósito.

O fato de você estar aqui e receber um salário, não quer dizer que isso é um trabalho natural ou você é apenas um funcionário.

Esta visão foi dada por Deus e todas as pessoas que estão envolvidas nela estão envolvidas em um trabalho espiritual.

Servir ao ministério é um chamado e uma vocação. Tudo o que fazemos aqui é espiritual. Você não está trabalhando para um patrão humano, você trabalha para o Senhor. Se as primícias do que vivemos são santas, a massa também é.

“Da mesma forma, jovens, sujeitem‑se aos mais velhos. Sejam todos humildes uns com os outros, porque Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes. Portanto, humilhem‑se debaixo da poderosa mão de Deus, para que Ele os exalte no devido tempo. Lancem sobre Ele toda a sua ansiedade, porque Ele cuida de vocês. Estejam alertas e vigiem. O diabo, o adversário de vocês, ruge como um leão, rondando e procurando a quem devorar. Resistam‑lhe, permanecendo firmes na fé, sabendo que os irmãos que vocês têm em todo o mundo estão passando pelos mesmos sofrimentos” (I Pedro 5.5-9).

Existe um histórico que trouxe você até aqui, mas o seu processo ainda não acabou. Esteja aberto a mudanças! Quando mantemos uma boa atitude nas mudanças, não colocando nosso interesse a frente, isso nos trará crescimento e edificação espiritual.

Até chegarmos à estatura completa de Cristo temos muitas mudanças para enfrentar na vida. Mas se prepare porque nem todas serão do seu agrado, mas todas serão para o seu proveito. Servir ao Reino de Deus é como pôr uma mesa de jantar, onde podemos encontrar pratos rasos, pratos de sopa, facas de peixe e de carne, colheres de sobremesa, copos para água, entre outros. Todos passaram por um processo para estarem ali, mas todos tem algo em comum: foram forjados no fogo.
Nenhum desses objetos está ali por mera decoração, todos têm um propósito, mas nem todos são usados ao mesmo tempo. Cada um tem um tempo específico de uso.

O copo poderia receber a sopa, mas esse não é o seu propósito. A sopa é para ser servida no prato fundo. Os objetos que são usados para as coisas que não deveriam, terão um esforço desnecessário, porque não foram criados para aquilo. Cada objeto precisa esperar o seu tempo para que o seu uso seja correto. E o que devemos fazer quando não estivermos “em uso” no momento? Ficarmos calados e não murmurarmos, nem ficarmos “amuados”.

Precisamos aprender a trabalhar em equipe! Existem coisas que não podemos fazer sozinhos. O outro tem características que precisamos para a nossa vida também e Deus nos junta a pessoas que possuem o que falta em nós. A faca e o garfo trabalham em uma mesma função em conjunto: cortar o bife.

Se você inicia seu trabalho já pensando em suas folgas, esse trabalho não é para você! Servimos a Deus e é d’Ele que receberemos o nosso galardão. Se entendemos que essa vida não é mais nossa, devemos glorificá-lo através da nossa vida. Essa não é nossa casa, nesse lugar estamos de passagem porque nossa casa é no céu. Servimos a Deus de todo o coração enquanto estamos de passagem na terra.

Há coisas que Deus nos pede que necessariamente Ele não quer que façamos, mas que estejamos dispostos a fazer. Porém, há coisas que Deus não nos pede, mas Ele espera que façamos por conta do nosso coração voluntário. Jesus não disse para nenhum dos dez leprosos darem glória a Deus por causa da cura, mas Ele esperava que todos eles fizessem isso e apenas um o fez. Deus não queria que Abraão matasse o seu filho, mas queria que ele estivesse disposto a fazer por obediência.
É em um momento desse que mostramos o nosso coração: estamos dispostos a ir mais uma milha? Demos a nossa vida a Jesus, certo? Deixe ela nas mãos d’Ele. Deus trabalha com tempos e estações. Precisamos estar preparados para mudanças! Tudo o que está vivo, muda e está em movimento.

“Então, Moisés disse aos israelitas: ― Considerem que o Senhor escolheu Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, e o encheu do Espírito de Deus, dando‑lhe sabedoria, habilidade e pleno conhecimento artístico para desenhar e executar trabalhos em ouro, prata e bronze, para talhar e esculpir pedras, para entalhar madeira e executar todo tipo de obra artesanal. Deus concedeu tanto a ele como a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã, a capacidade de ensinar outros. A todos estes deu habilidade para realizar todo tipo de obra como artesãos, projetistas, bordadores de linho fino e de fios de tecidos azul, púrpura e escarlate, e como tecelões. Eram capazes de projetar e executar qualquer trabalho artesanal”. (Êxodo 35.30-35).

A sua capacidade de realizar o seu trabalho não vem de você mesmo. Há uma unção na sua vida para você fazer o que faz. É uma capacitação divina, então não se ensoberbeça! Seja grato a Deus pelo seu nível de unção. Quando você é grato no pouco, você será fiel no muito. Quer que essa sua capacidade aumente? Seja fiel nas pequenas coisas e em tudo o que você faz agora.

Fomos ungidos pelo Espírito Santo para fazermos o que fazemos.

Normalmente o nosso treinamento não vem na área que fomos chamados para cumprir. Se o seu coração não estiver em Jesus e em obedecer a Deus esqueça todo o resto. Jesus é o nosso Senhor! Onde Ele quiser é onde você deve estar. O seu coração deve estar em obedecer a vontade d’Ele para a sua vida.

“Ele nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não por causa das nossas obras, mas por sua própria determinação e graça. Essa graça nos foi dada em Cristo Jesus desde os tempos eternos” (II Timóteo 1.9).

Fomos chamados por Deus antes dos tempos e dos séculos. Em algum lugar, de alguma forma, Deus nos chamou para um determinado propósito, não por causa da nossa capacidade humana. Você faz o que faz, pensando no proveito que você tem por trabalhar no ministério ou porque é a vontade de Deus para a sua vida?

São nos tempos de mudanças que vemos o porque de estarmos onde estamos, e vemos o que está dentro de nós. Em tempo de mudanças somos moldados como barro nas mãos do oleiro. É nesse processo que Deus nos mostra as nossas fraquezas, traz ajustes à nossa alma e nas coisas que não fazem parte do Seu caráter, para nos prepararmos para o cumprimento do propósito d’Ele nas nossas vidas.

Apesar das nossas falhas e como nós as vemos, o nosso Mestre pode fazer algo útil através de nós para ajudarmos outros. Esteja fiel ao que você faz agora como um chamado de Deus para a sua vida. Ele nos mostra um vislumbre do cumprimento do seu propósito divino de tempos em tempos, mas até isso acontecer você precisa se submeter ao processo.

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