Aparentemente todos nós sabemos como gastar o nosso dinheiro, mas na verdade não somos instruídos para gastarmos com responsabilidade e qualidade.
Para gastar bem é preciso ter as prioridades corretas e um planejamento antecipado.
Veja o que a Bíblia diz:
“Porque gastais o vosso dinheiro naquilo que não é pão e o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer?” (Isaías 55:2).
Note que Deus por meio de sua Palavra demonstra interesse em como e em que estamos utilizando os nossos recursos financeiros.
Sei que muitos pensam que isso é algo particular e que o Senhor não tem nada haver com o que fazemos do nosso dinheiro, mas isto é um grande engano.
Aprender a gastar é algo imprescindível para quem deseja uma vida financeira livre de problemas, preocupações e credores a porta.
Na Bíblia encontramos uma Palavra forte para aqueles que gastam tudo o que ganham de forma indiscriminada e sem planejamento
“O homem de bom senso economiza e tem sempre bastante comida e dinheiro em sua casa; o tolo gasta todo o seu dinheiro assim que o recebe” (Provérbios 21:20).
Este é um princípio básico em educação financeira e se encontra na Bíblia. Isto é, gastar menos do que se ganha, mas infelizmente tem gente que gasta até antes de ganhar. Um erro fatal para quem deseja paz financeira.
Também é dito que o planejamento é o que traz prosperidade.
“O que planeja cuidadosamente terá fartura, mas o precipitado (impulsivo) passará necessidade” (Provérbios 21:5).
Bombardeados pelas propagandas e promoções e estimulados a consumir a todo custo e de todo jeito somos levados a desconsiderar as instruções.
O consumismo moderno tem comprometido o futuro de muitas pessoas e é comum no meu dia-a-dia vivenciar o desespero e as tensões que muitos enfrentam por tomarem decisões equivocadas na hora de comprar. Sem falar no sentimento de culpa, nas brigas familiares e no desespero que sente alguém que comprou além do que pode pagar.
Existe uma técnica que sempre ensino quando estou diante de pessoas com tendência compulsiva que consiste em fazer três perguntas antes de comprar qualquer coisa.
Primeiro pergunte a si mesmo: Eu quero realmente isso?
Parece simples, mas muitas vezes adquirimos bens não porque queremos de fato e sim por influência de pessoas próximas.
A segunda pergunta é: Eu preciso disso agora?
Através deste questionamento verificamos a urgência ou não na aquisição de determinado item, pois com frequência antecipamos a compra de bens que poderiam ser consumidos em um momento mais conveniente.
E para finalizar a questão é: Eu posso comprar isto?
Aqui é a hora de ter a certeza se cabe no orçamento aquela compra e se você na verdade tem os recursos necessários.
Este momento é aquele onde muitas pessoas se enveredam pela fascinação do crédito fácil através de empréstimos, financiamentos ou o uso do cartão de crédito.
Mas, o que devemos considerar não é o limite que possuímos e sim a nossa capacidade de pagamento. Temos de fato dinheiro ou folga para assumir esta parcela?
Outro fator a considerar é o juros que embutido nos preços fazem com que, ao final, tenhamos pago, de fato, até duas ou três vezes o valor daquele bem.
O que fazer para fugir das “tentações”?
Acredito que o mais importante é o planejamento e se evitar a precipitação ou tomar decisões sob o impulso inicial.
Com planejamento podemos alcançar nossos objetivos com tranquilidade e sem trazer transtornos para nós mesmos ou nossas famílias.
É lícito gastarmos sim, pois é também para isso que nós trabalhamos. Não creio que devemos viver neuroticamente buscando gastar menos e sim gastar com qualidade e sensatez.
Como anda o seu consumo de bens e serviços?
Você utiliza o crédito com sabedoria?
É daquelas pessoas que sempre se arrependem quando chegam em casa após as compras por ter adquirido o que de fato não precisava?
Assuma um compromisso consigo mesmo de melhorar os critérios para consumir e não ser um manipulado pela mídia ou pela cobiça.
Ser consumista pode até passar para os outros a ideia que você é uma pessoa bem sucedida da área financeira e também pode proporcionar um prazer temporário, porém o que vem depois é a vergonha as pessoas descobrirem que você não é nada do que aparentava e está em problemas financeiros. E o pior é o sentimento de frustração e culpa por causa de decisões de compra precipitadas
Procure planejar antecipadamente suas compras para evitar gastos desnecessários e impulsivos.
Viva de acordo com o seu nível de renda e não de acordo com o potencial econômico de seu vizinho ou de seus colegas, afinal você não ganha o mesmo salário que eles nem tem uma renda igual à deles.
A maneira como você gasta seu dinheiro diz muito sobre quem você é e por isso cuide bem para que sejas reconhecido como alguém que decidiu viver a felicidade financeira que o Reino de Deus nos propõe.
Pense nisso !