Ninguém gosta de perder o controle. Desde o controle remoto entre as almofadas do sofá, até o controle da própria vida.
Qualquer ser humano, quando pensa na possibilidade de perder o controle, imediatamente fica apreensivo ou até desesperado.
Isso acontece porque, considerando a velocidade com que tudo acontece no mundo, a única coisa que realmente temos por posse é a nossa vida. E entregar o controle dela a outra coisa ou pessoa significaria perder TUDO.
Considerando isso, entendemos o sentido da exortação de Paulo em Efésios 5.18, quando fala sobre embriaguez.
Uma pessoa embriagada entrega o controle de suas vontades, reflexos e atitudes à bebida.
Já não é mais ela quem fala, que age, quem escolhe, que dá a última palavra. E sim a bebida.
Em seguida, Paulo aconselha; “…mas deixem-se encher pelo Espírito…” (NVI).
Algo que me chamou muito a atenção foi a revelação de que, seja para embriagar-se de vinho, seja para encher-se do Espírito, a escolha fica por conta do indivíduo.
O conselho de Paulo é o seguinte: Se você deixar-se “dominar” pelo Espírito, já não mais responderá por si, logo o Espírito falará através de você, o Espírito agirá por seu intermédio.
Nas coisas mais simples, nos momentos mais corriqueiros, nas situações mais comuns.
Sim, estar cheio do Espírito Santo não é somente para momentos “fervorosos” dos cultos. Estar cheio do Espírito implica em ANDAR sob o controle do Espírito, como um bêbado que, cambaleando, vive sua vida dia após dia.
Importa que estejamos cheios do Espírito enquanto estudamos, trabalhamos, namoramos, nos alimentamos, nos relacionamos com qualquer pessoa em qualquer lugar.
E quando nos deixamos dominar pelo poder do Espírito consequentemente revelamos o Fruto do Espírito. E o fruto do espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.
Nem todo aquele que pula demais, grita demais, rodopia demais, dança demais, geme demais, está andando embriagado pelo Espírito.
Mas, inevitavelmente, todo aquele que apresenta em sua vida, as características do fruto do Espírito, está cheio do poder transformador do Espírito.
O capítulo 2 do livro de Atos não deixa dúvidas de que aquelas pessoas que estavam reunidas, foram abundantemente cheias do Espírito e passaram a viver embriagadas pelo poder de Deus. Nessa ocasião podemos notar um “passo-a-passo” do processo de encher-se e viver cheio do Espírito;
1: O Espírito Santo desceu sobre todos e todos foram cheios.
2: Pedro explica a quem não entendeu, que aqueles homens estavam embriagados sim, mas não de vinho, e sim do Espírito de Deus.
3: Eles passaram IMEDIATAMENTE a apresentar na PRÁTICA a evidência do fruto á partir do versículo 42 do capítulo 2.
Enfim, não é aquele arrepio que você sentiu na hora do louvor, nem aquela sensação de estar levitando durante uma ministração, nem a boca que ficou seca de tanto falar em línguas, que determina o quão cheio do Espírito você está. Mas sim, como você age depois que tudo isso acontece. Deus conta conosco para o seu trabalho, e para isso precisamos “perder o controle” sobre nós mesmos e deixar que o Espírito fale por nós, ande por nós e aja por nós.
Beba do Espírito sem moderação! Perca o controle!