Verbo FM

O Cristão e a Política

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Lynneker Assis
Aluno da Escola de Ministros Rhema

Desde a minha a minha infância, sempre ouço pessoas dizendo: “Crente que é Crente não se envolve com política”, que “igreja e política não devem ter proximidade alguma”, que o “meio político é muito sujo e não podemos ficar em um lugar assim”.

Porém, se pararmos para observar a nossa posição na terra e o nosso papel como Igreja de Cristo, perceberemos que na verdade a diferença deve ser feita por nossas vidas, e enquanto estivermos aqui, a lei e a forma natural de governo (política) estabelecida pelos homens com a função de organização social, terá autoridade e interferência sobre nossas vidas terrenas. Por mais que não sejamos do mundo, estamos nele e um dia nos encontremos com o Senhor nos ares.

“Não rogo que os tires do mundo, mas que os protejas do Maligno. Eles não são do mundo, como eu também não sou. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade, assim como me enviaste ao mundo, eu os enviei ao mundo” (João 17:15-17).

A oração de Jesus é para que ficássemos no mundo, e através da Palavra fizéssemos a diferença. Em outros trechos das escrituras, Ele ainda ensina acerca de sermos Sal e Luz (Mt 5:13-15). O Apostolo Paulo também afirma, que devemos ser filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida retendo firme a palavra da verdade (Fp 2:15-16).

Assim, se o propósito é estarmos aqui para fazermos a diferença, então não podemos como Cristãos silenciar a nossa voz, e no que diz respeito à política, manifesta-la de duas maneiras simples: oração e voto.

A oração é nossa primeira ação e possui uma característica de versatilidade, tendo em vista que se aplica a qualquer alvo que queiramos atingir não importando a distancia que estejamos. E sobre oração o Apostolo Paulo ainda nos adverte acerca das autoridades, “antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ação de graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade”    (I Timóteo 2.12).

O nosso Voto deve ser correto, consciente, não por venda, divida, rebeldia, divisão ou fanatismo. Mas atentando para as propostas e histórico do candidato, usando de sabedoria, pois é o nosso papel como cidadãos. Votar corretamente, da maneira e motivação certa, pode ser uma voz de salvação sobre a nossa sociedade, sobre a vizinhança que nos rodeia.

A política é necessária para nossa vida aqui na terra. Pela teoria política de estudo da formação do Estados, pode-se dizer que a política é uma expressão do Estado para que os homens não fiquem entregues a seu “estado de natureza”. Segundo Thomas Hobbes, filósofo político do Século XVII, o “estado de natureza” é algo hipotético que ocorria antes da instituição dos governos, onde todos estavam entregues ao uso da força para alcançar o que se queria por qualquer meio possível, então a violência tornava-se a primeira alternativa levando ao domínio do homem sobre o homem, atingindo a integridade física, mental e de propriedade. Por isso os homens segundo Hobbes, instituíram um “contrato social”, onde cada um abdicaria do seu próprio poder para que uma forma de governo comandasse e garantisse o direito de todos.

Todavia, bem antes de toda essa forma teórica proposta no século XVII pelos estudiosos políticos, as Escrituras já falavam que os cargos de autoridade foram estabelecidos por Deus como uma posição de liderança e responsabilidade mantendo também a ordem onde habitamos, para que possamos não temer a desvirtuação dos homens, sabendo que a autoridade é agente da justiça, julga a todos em terra e faz uso da espada, ao mesmo tempo que exalta aqueles que procedem justamente. Ela é serva de Deus para o nosso bem e a elas devemos ser submissos por causa da nossa consciência assim como entregarmos o nosso tributo. (RM13:1-6)

Como Cristãos e Filhos de Deus, devemos ter uma atitude positiva em meio a um mundo tão negativo, uma posição cidadã verdadeira, honesta, limpa e exemplar para o povo, levará o nome de Jesus a ser Honrado.

Não devemos falar mal dos políticos, espalhar fofocas sobre os mesmos, informações que nem sabemos a procedência ou apoiar comentários de rebeldia, antes devemos evitar se envolver em discussões que não trazem nenhum tipo de edificação (II Tm 2:16). As nossas redes sociais não devem ser uma verdadeira zona de guerra partidária, mas devemos respeitar a opinião dos demais e não sermos fanáticos ou radicais com os candidatos de nossa preferência agindo até mesmo com uma idolatria a estes, pois dessa devemos fugir (ICo10:14). Se agirmos errado estaremos afastando pessoas de nós e impedindo possíveis vínculos de Salvação para elas.

Nós somos um povo forte sobre o Brasil, correspondemos a 25% da população (IBGE2014). Como evangélicos devemos cumprir bem o nosso papel espiritual assim como cidadão e sermos a porta por onde a salvação venha para nossa nação.

1 Comentário

  • sou tolerante ao seu ponto de vista,mais como Deus e Jesus cristo encaram esse assunto

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